segunda-feira, 29 de março de 2010

Renato Russo e a Legião Urbana (da qual sou parte)

Há tempos Eu era um lobisomem juvenil. Andava Quase sem querer pela vida. Um adolescente em busca de palavras que mostrassem um caminho bom, de uma vida boa e de paz. Fazia parte da geração que recebia dos USA somente comportamentos que não faziam sentido em nossa sociedade. Chorava os amores que acabavam cedo, via as pessoas se tornarem insensíveis diante da violência da cidade.
Buscava uma voz que representasse toda a indignação diante da nossa insensibilidade, da nossa "normalidade" diante dos absurdos da nossa vida.
Buscava uma voz que cantasse a beleza do amor fraterno, do amor sem espera de volta. Esperava que uma semente de coisas boas brotasse na minha geração. Uma geração que não se rendesse ante ao olho do furacão em que se tornou viver. Viver somente para ganhar dinheiro esquecendo que o melhor é partilhar o que se ganha com trabalho honesto. Queria ao menos uma vez entender porque quem tem mais do que precisa sempre se convence que não tem o bastante, e pisa nos outros para ter mais.
Queria uma voz que bradasse contra os absurdos: Que país é este? - onde os exemplos não existem (e se existem estão escondidos). Este país com sua corja de assassinos, covarde, exploradores e ladrões.
Principalmente, queria uma voz que nos mostrasse que uma geração não pode ser alienada, achando que nada pode fazer.
Queria uma geração que entendesse que pode gerar riqueza, mas sem perder o encanto pela vida, pelas pessoas, pela natureza.
Escutei "Será" em 1985, no início de minha adolescência, aos quinze anos. Aos vinte e seis, Renato Russo morreu. Não sem antes ajudar a plantar em meu coração uma semente de sensibilidade, que não deixa de se encantar com as belezas do mundo, que não deixa de agir para tornar o mundo melhor, mesmo que em pequenas ações. De pouco em pouco, se fizermos pequenos atos, certamente teremos um mundo melhor.

quarta-feira, 3 de março de 2010

...

Grato leitor
Desculpe a falta de jeito
Ou de inspiração
Não é defeito
Nem desconsideração
São os dias cheios de coisas pra fazer
Que estão desconectadas da alma
Alma esta que fica muda
E sem saber o que falar
Acalme
Bons ventos trarão coisas inspiradoras
Que farão a minha alma respirar
Encher seus pulmões de coisas boas
Assim o mundo deverá ganhar
O que de melhor esta alma pode dar