sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Cadeia não humaniza ninguém.

Tem gente que acha que cadeia vai humanizar alguém. Que acha que prisão é para que uma pessoa volte a sociedade melhor.
Temos que largar essa idéia. Cadeia é para punir a pessoa.
Sim. Existe uma lei, e sendo esta lei desrespeitada e causando prejuízo à sociedade, a pessoa que transgrediu deve ser punida. Está claro. Desrespeitou, tem a punição.
Os grupos de "direitos humanos" ficam protegendo marginais ao invés de proteger as pessoas que sofreram com os crimes cometidos. Isso é irracional. Temos que punir os criminosos com prisão, para que todos tenham medo de desrespeitar a lei. A prisão tem que ser um isolamento para punir e não uma escola de crime.
Enquanto o governo querer ressocializar um criminoso, as prisões continuarão sendo escolas do crime, onde advogados fazem o que querem, delegados, policiais e carcereiros mal pagos são subornados e o estágio dos prisioneiros nesta escola somente aprimoram as formas de agredir a sociedade.
Enquanto as prisões forem administradas pelo estado, teremos esta bagunça onde os presos queimam colchões, colocam fogo em celas e depois nós, contribuintes e cidadãos de bem, temos que pagar para repor o prejuízo.
Temos que terceirizar o sistema prisional, para que tenhamos prisões à prova de "facilidades" para os presos e seus advogados. Com estrutura boa, gente qualificada e seriedade, teremos um sistema prisional que não será parte do crime, como é atualmente.
Prisões de verdade no Brasil, para punir quem descumpre a lei e fere a sociedade livre.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Tá bom


Senta aqui que hoje quero te falar
Não tem mistério, não, é só teu coração
Que não te deixa amar,
Você precisa reagir,
Não se entregar assim, como quem nada quer...
Não há mulher, irmão, que goste desta vida.
Ela não quer viver as coisas por você.
Me diz, cadê você aí?
E aí não há sequer um par pra dividir.

Senta aqui, espera que eu não terminei
Por onde você foi, que eu não te vejo mais?
Não há ninguém capaz de ser isso o que você quer.
Vencer a luta vã, e ser o campeão!
Pois se é no não que se descobre de verdade.
O que te sobra além das coisas casuais.
Me diz se assim está em paz.
Achando que sofrer, é amar demais.

(Marcelo Camelo)

Novo mundo novo


Vivi muito tempo sem luz
Sem caminho e direção
Pensava que vagar pelo mundo era o destino
Que sobrava pra mim, neste mundo sem tempo
De olhar, de sentir, de saber do outro.

Agarrado em um passado que não houve
Em um turbilhão de sentimentos ruins que me arrastava
A escuridão era a minha companhia
E a insensibilidade minha resposta
A tudo, a todos, ao mundo

Você veio, tomada de uma fúria que não consegui entender
Me arrancou do abismo escuro
Me levou para o mundo real
Para o mundo possivel,
Para um mundo em que você pode sentir,
Pode amar, pode chorar, pode perder, pode ganhar
Que ninguém tem o direito de ser cruel com o outro

Um mundo que você me mostrou
Um mundo real
Que não é idealizado
Mas que também não é tão ruim
E isto por amor!
O amor que me mostrou
um novo mundo novo.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Transformers


Fim de semana com chuva, sem sinal da TV a cabo (nem consegui contato com eles), fiz a locação de alguns filmes: Pegue dois filmes da Disney para minha filha (na décima vez que ela assistiu ela deixou eu ver os meus filmes), "Zodíaco" (bom, apesar de muito arrastado) e depois assisti "Transformers".
Pura diversão (daquela, sem compromisso de ser sério ou de tirar alguma lição). Bons efeitos visuais, muito legal, para assistir sem culpa.
Nunca fui fã destes brinquedos (sim, a Hasbro que é a detentora dos direitos dos bonecos ajudou no financiamento do filme), mas é legal ver um Camaro antigo se tornar um robô alienígena que luta com um carro de polícia que também vira um robô (uau, isto quando eu era criança seria o máximo).
Bom para um domingo a noite de um fim de semana chato.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Amigos...


Marcelo é um cara legal.
Marcelo sempre batalhou muito.
Trabalhou desde adolescente.
Família pobre, pai ausente.
Marcelo veio morar fora de casa.
Estudava, trabalhava, pagava o aluguel.
Buscava oportunidades, um trabalho melhor,
Um dia conseguiu.
Trabalhou muito, porque sempre trabalhou.
Teve sucesso, casou, ganhou dinheiro.
Teve filho, viajou muito.
Arranjou outras mulheres.
Se perdeu nas armadilhas do sucesso.
Separou, quis esquecer a família.
Viajou para muito longe...
Teve tempo pra pensar.
Pediu perdão, quis voltar.
Voltou, sua mulher perdoou, está com seu filho, está muito feliz...
Marcelo é um cara legal.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Querer o amor que merece.


Sofremos muito às vezes por não ter o amor que desejamos.
Sim, aquele amor desprendido, que quer ficar junto, que releva defeitos.
Queremos o amor idealizado, que muitas vezes a pessoa que está conosco não consegue dar...
Queremos o amor que achamos que merecemos.
Ter o amor que merecemos é o mínimo que temos que ter para sermos dignos de amar.
Mas temos que ver sempre se estamos dando o amor que a outra pessoa merece.
De preferência dar mais amor, para que a percepção do outro consiga te enxergar.
Caso isso não ocorra, é melhor abrir espaço para seu coração buscar o amor.
Fale sempre para a outra pessoa que você precisa de amor, em todas as suas formas.
Porque você tem que ter o amor que merece.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Meu mundo e nada mais


Quando eu fui ferido vi tudo mudar
Das verdades que eu sabia
Só sobraram restos que eu não esqueci
Toda aquela paz que eu tinha

Eu que tinha tudo hoje estou mudo, estou mudado
À meia-noite, à meia luz, pensando
Daria tudo por um modo de esquecer

Eu queria tanto estar no escuro do meu quarto
À meia-noite, à meia luz, sonhando
Daria tudo por meu mundo e nada mais

Não estou bem certo se ainda vou sorrir
Sem um traço de amargura
Como ser mais livre, como ser capaz
De enfrentar um novo dia

Eu que tinha tudo hoje estou mudo, estou mudado
À meia-noite, à meia luz, pensando
Daria tudo por um modo de esquecer

Eu queria tanto estar no escuro do meu quarto
À meia-noite, à meia luz, sonhando
Daria tudo por meu mundo e nada mais
(Guilherme Arantes)

Às vezes nos sentimos assim, mas temos que seguir, como almas fortes que somos.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Voltamos ao horário normal

Voltamos ao horário normal.
O fim do horário de verão é legal, você acorda cedo. "Carpem Diem", aproveite o dia.
Sim, você acorda assustado, mas anda é 6:15 da manhã. Não tem como ficar na cama.
Como aproveitar esta hora a mais? Seguem algumas sugestões:
1 - Leia. Pela manhã é muito mais fácil absorver conteúdo, e ao contrário de ler a noite, você absorve a informação e não fica processando ela durante o sono.
2 - Vá caminhar. Pela manhã é uma ótima maneira de despertar os sentidos para o dia de trabalho.
3 - Brinque com seu filho (caso tenha). É uma boa maneira de rir um pouco e ir trabalhar de bom humor.
4 - Caso não tenha filho, vá brincar com seu cachorro. Eles adoram e você relaxa.
5 - No caso de dias de chuva, aproveite para ficar rolando na cama (de preferência com quem você gosta).
Aproveite, pois logo você se acostuma e passa a acordar "no limite" da hora de tomar banho para ir trabalhar (ao menos no meu caso).

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Clube da Luta

Ontem assisti o filme "Clube da Luta". Sou fã deste filme.
Não, não faço apologia à violência, nem sou adepto do "vale tudo".
O filme tem uma mensagem forte contra o consumismo americano. Ao excesso de mensagens que forçam o ser humano a fazer as coisas que não gosta (a trabalhar em áreas que detesta) para ter dinheiro para comprar as coisas que ele não precisa.
Convenhamos, grande parte dos produtos que nos são oferecidos hoje em dia não tem lá muita utilidade (ao menos, sabemos que viveríamos tranquilamente sem eles). São "astro juicers", "slim belts", "ultimate ladders", "bodygrooms", coisas para substituir os práticos (respectivamente) espremedores de frutas, tábua de abdominais, escadas e o velho barbeador, além de outros nomes esdrúxulos para velhas invenções.
Sim, evoluir os produtos é ótimo, desde que a sua utilização melhore a performance do produto anterior (convenhamos, fazer a barba com navalha não é agradável e é perigoso), mas o apelo que é feito para ter estes produtos é grande.
Parece que você irá morrer se não tiver um produto urgente em sua casa. "Sua vida vai mudar", sim, até parece.
Voltando ao filme, ele propões uma quebra no modelo atual de consumo, que o ser humano rompa com o padrão atual e passe a sentir seu instinto natural de obter aquilo de que fato precisa(por isso a luta), Se pensarmos bem, estamos meio que anestesiados com o consumo em excesso, e a mídia colabora para isto.
São mensagens colocadas a todo instante, forçando o consumo, que não nos faz ver que existe uma camada imensa da população que não tem acesso ao mesmo. O que interessa à mídia é o seu dinheiro, e não a sua pessoa.
A sua pessoa que pensa, que vê a miséria ao lado e que se sensibiliza para ajudar a pessoa a entrar no mundo do consumo consciente.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A Primavera nos dentes

Quem tem consciência para ter coragem,
Quem tem a força de saber que existe.
E no centro da própria engrenagem,
Inventa a contra mola que resiste.

Quem não vacila mesmo derrotado,
Quem já perdido nunca desespera.
E envolto em tempestade, decepado,
Entre os dentes, segura a Primavera.

(João Ricardo - Secos e Molhados)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Canción con todos


Salgo a caminar
Por la cintura cósmica del sur
Piso en la región
Más vegetal del tiempo y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de América en mi piel
Y anda en mi sangre un río
Que libera en mi voz Su caudal.
Sol de alto Perú
Rostro Bolivia, estaño y soledad
Un verde Brasil
besa a mi Chile Cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña América y total
Pura raíz de un grito
Destinado a crecer Y a estallar.
Todas las voces, todas
Todas las manos, todas
Toda la sangre puede
Ser canción en el viento.
Canta conmigo, canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz!
(Violeta Parra)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Eu quero é o amor


Eu quero o amor que liberta
Que me faça sentir bem
Eu quero o amor que me prenda
Que me faça querer ficar preso a alguém
Eu quero o amor que me leve ao êxtase
Que me encha de plenitude de vida
Eu quero o amor que me traga dor
Aquela dor que queima sem consumir
Eu quero o amor
O fogo sagrado do amor
O amor que move o mundo
Que move a poesia
Como o mar que bate na praia
Constante, sereno, às vezes ameaçador,
Mas sempre presente.
Eu quero é o amor
Amor de mãe, amor de pai, amor de mulher, amor de amante, amor de filho, amor de amigo, amor desconhecido, amor de Deus, amor de avô, amor de avó, amor de bicho, amor da natureza...
Eu quero é o amor.

37 Anos


Chegar aos 37 é legal, sim, certamente terei muita coisa pra fazer nesta vida ainda.
É bom acordar todo dia, respirar profundamente e saber que a vida está aí, para desfrutar do encontro com as pessoas, da natureza, do trabalho, dos amores que vivo.
Obrigado ao todo que faz parte do mundo, que me faz feliz todos os dias.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Sabor de Burrice

Veja que beleza
Em diversas cores
Veja que beleza
Em vários sabores
A burrice está na mesa
Ensinada nas escolas
Universidade e principalmente
Nas academias de louros e letras
Ela está presente
E já foi com muita honra
Doutorada honoris causa
Não tem preconceito ou ideologia
Anda na esquerda, anda na direita
Não tem hora, não escolhe causa
E nada rejeita

Veja que beleza
Em diversas cores
Veja que beleza
Em vários sabores
A burrice está na mesa

Refinada, poliglota
Ela é transmitida por jornais e rádios
Mas a consagração
Chegou com o advento da televisão
É amigo da beleza
Gente feia não tem direito
Conferindo rimas com fiel constância
Tu trazes em guarda
Toda concordância gramaticadora
Da língua portuguesa
Eterna defensora

(Tom Zé)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Olhares


Só para divulgar: o site das fotografias que mostro no blog é de Portugal e é muito legal: http://olhares.aeiou.pt/. É um site que reúne o trabalho de fotógrafos profissionais e as fotos são classificadas por motivo. Vale a pena conferir.

Trate criança como criança


Gostei muito da campanha publicitária da Marisol, da linha Zig Zig Zaa, "Trate criança como criança". Vemos uma vontade imensa da mídia em transformar crianças em adultos muito rápido. São cada vez maiores as exigências para que elas estejam preparadas para o mundo. Antes dos 4 anos de idade começam uma rotina de aula / inglês/ natação / piano (ufa!!!), onde está o espaço para brincar, se socializar, andar com outras crianças? Estamos acabando com a infância de nossas crianças em prol de prepará-las para o mundo?
Voltando ao caso Marisol, a indústria da moda infantil (sei porque compro roupas para minha filha), também fabrica produtos para "crescer" nossas crianças antes do tempo. Sandálias com salto alto (!!!), blusas, calças e saias com motivos nada infantis. Não são roupas para brincar, para ser criança. São roupas que buscam uma imagem fora da idade biológica da criança.
Gostei muito da campanha, temos que resgatar a infância, que é tempo de aprender, de curtir a vida, de não ter preocupações a não ser viver o dia. Quem sabe criaremos pessoas mais felizes, que sabem aproveitar a vida e as coisas deste mundo.

Abaixo a "cultura carioca" imposta pela Rede Globo.

Abaixo a "cultura carioca" imposta pela Rede Globo.
Eles pensam que o Brasil deve se guiar pelos modismos ridículos da sociedade carioca.
Pensam que a capital do país ainda é o Rio de Janeiro. E nos empurram coisas ridículas como a música do "créu", Xuxas da vida, Malhação (onde os "jovens" tem cada comportamento que deixa qualquer pai preocupado), funk carioca, além de distorcer qualquer coisa que mostram. Beiram ao ridículo na interpretação de situações cotidianas, exagerando na forma e no texto.
Deve ser por isso que em muitos horários eles já perdem audiência para outras redes.
Falta à Rede Globo ficar próxima do que acontece de fato no Brasil. Não adianta fazer programa jovem olhando somente a sociedade carioca. Não adianta ficar impondo ao Brasil "novidades" de uma sociedade que se diz de vanguarda, mas esquece que boa educação é uma coisa que deve começar em casa, com bons exemplos.
Eles são donos do canal Futura, altamente educacional, mas restrito às antenas parabólicas.
Poderiam melhorar a educação do país, abrindo este canal que mostra o Brasil multicultural que temos, que é tão rico e cheio de bons exemplos.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Tão Longe, tão perto...


Antes eu apenas via...
Observava os seres humanos. Seu caminhar pelo mundo...
Via as coisas boas que eles faziam, bem como as coisas erradas.
Soprava em seus ouvidos meus conselhos (para ajudar o livre arbítrio).
Era apaixonado pela vida deles... pelo querer constante deles... pela busca frenética da felicidade.
Queria ser igual a eles... sentir o gosto das suas comidas, sentir a gravidade em meu corpo, sentir o toque das mãos, a água da chuva.
Deus ouviu meu pedido e quando notei, estava andando com eles, conversando com eles, jantando e bebendo com eles...,
Senti as coisas boas entre eles, o seu amor, sua compaixão, sua felicidade...
Mas pude sentir as coisas más: a violência, o ódio, a fome, a sede, o desamparo, a solidão.
Pude ver porque eles são tão fascinantes e ao mesmo tempo tão perdidos...
Pude sentir por eles a mesma compaixão que Deus tem.
E saber porque Ele nunca condena ninguém.
Os homens são capazes de sempre fazer coisas boas, apesar de todo o mal que fazem...
Conseguem ser amados, pois são tão divinos na forma de ser...
E senti porque eles precisam de nós, anjos.

(veja Tão Longe e Tão Perto - excelente filme alemão/americano, filmado em Berlim) - pura poesia em tela.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Carnaval

"Vamos comemorar como idiotas
a cada fevereiro ou feriado,
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta de hospitais"
(Renato Russo)

Traduzir-se


Uma parte de mim é todo mundo
Outra parte é ninguem, fundo sem fundo
Uma parte de mim é multidão
Outra parte estranheza e solidão
Uma parte de mim pesa, pondera
Outra parte delira
Uma parte de mim
Almoça e janta
Outra parte se espanta
Uma parte de mim é permanente
Outra parte se sabe de repente
Uma parte de mim é só vertigem
Outra parte linguagem
Traduzir uma parte na outra parte
Que é uma questão de vida e morte
Será arte?
(Ferreira Gullar)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Depois da chuva


Hoje quero acordar e andar por aí

Sentindo o sol e o vento no rosto

Vendo o movimento das pessoas, os jardins,

Ouvindo os pássaros

Sentindo o cheiro da cidade

Olhando as pessoas na rua

Quero ser a parada no movimento constante e apressado da vida urbana

A parada que vê, que percebe os sentimentos

Que não se deixa levar pela pressa que torna a vida insípida

Que percebe a grande dádiva que é viver.


Nada como um dia de sol depois de uma temporada de chuva!!!