quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

...




Um dia meu coração se abriu ao amor
E as portas não se fecharam mais.
Ficaram escancaradas...
Para quem quisesse entrar ou sair.
Muitas pessoas entraram
Fixaram morada
Muitas entraram, ficaram
Mas saíram
Algumas sem mágoa...
Foram porque o tempo passa e a vida muda
As pessoas mudam,
E as vezes o coração deixa as pessoas irem
Para arrumar um lugar melhor...
Algumas se foram deixando o vazio no seu lugar
Um vazio que machuca todo dia
E que não sabemos como preencher
Por mais pessoas que entrem em sua vida
Cada lugar vazio continua igual
É a vida, são os amores
Vêm e vão, mas sempre deixam sua marca

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Padrão de Beleza

Achei ridícula uma propaganda que está circulando pelas ruas de Joinville em out-doors, sobre uma determinada academia de ginástica.
A propaganda cita "garanta 90% do seu verão" e mostra uma pessoa em plena forma física, mas dotada de um rosto fora do "padrão de beleza" que vemos estampado na mídia.
Será que existe um padrão de beleza a ser seguido? Como será que ficaram as pessoas que viram esta propaganda mas estão fora do padrão de beleza imposto? Todos tem a obrigação de ter uma boa saúde, um corpo "em cima" e um rosto de padrão angelical?
Na minha opinião, trata-se de uma propaganda que segrega a grande maioria da população. Nem todos seguem o padrão de beleza, e muitos não correm como desesperados para atingí-lo. Um local que preza pela saúde deveria se preocupar em mostrar a imagem de pessoas de bem com a vida, com seu corpo, mas preocupados em ter uma boa saúde, independente de sua imagem ser "bonita" ou "feia". A beleza é uma questão interpretativa, do contrário, quando vira um modelo, passa a ser superficial, sem substância, sem conteúdo. A beleza da pessoa se transparece em seu físico sim, mas principalmente, na sua contribuição para o mundo.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Die Welle

Até onde a ideologia suprime o pensamento individual? Qual o limiar entre conhecer, acreditar em algo e deixar sua individualidade para seguir fielmente as convicções de uma crença?
Assisti o filme alemão "A Onda" - "Die Welle" - uma história sobre um professor do ensino médio que em um estudo sobre formas de governo institui em sua sala a autocracia (enquanto as outras salas se ensinam a anarquia, a democracia).
O que acontece é que recebendo os ensinamentos autocráticos, os alunos começam a acreditar em verdades absolutas, em coisas que beiram ao facismo, violentas e altamente discriminadoras.
Passam a odiar os alunos das outras salas, a tomar atitudes racistas e a acreditar na pureza da turma que vive na "Onda" - nome que denominam a seu grupo.
O filme é uma crítica à falta de valores da juventude atual. Sem valores verdadeiros vindo da família, do governo e da sociedade, os jovem são presa fácil para ideologias que já se mostraram cruéis com a humanidade.
A Europa vive atualmente com medo. O medo da invasão dos islâmicos na sociedade européia está desencadeando uma discussão sobre o mercado comum europeu. A perda do poderio econômico de alguns países (a Alemanha foi o país que mais perdeu na onda do Euro) está fazendo as pessoas questionarem a abertura de mercado feita. Isto é um prato cheio para regimes totalitários e intolerantes. Os jovens são as maiores vítimas destas ideologias, tão facilmente encontrados em sites sobre semitismo e racismo espalhados pela internet, em grupos de neo-nazistas e anti-islâmicos europeus.
O final do filme é previsível, em um arroubo de violência causado pelo fim do grupo, mas nos faz pensar em como podemos preservar valores como respeito, amor e tolerância, em uma sociedade bombardeada por violência, sexo e indiferença.
Assista, vale a pena.

domingo, 1 de agosto de 2010

O que me é essencial nesta vida...

Há mais de dez anos procuro sempre deixar um bilhete para lembrar das coisas mais importantes que tenho que buscar diariamente. Palavras das coisas que tenho de buscar para estar equilibrado com o mundo e comigo. Escrevo as palavras em papéis e deixo junto comigo, para que eu não esqueça de envolver tudo o que faço com elas. Não é um texto de auto-ajuda, mas um lembrete para que tudo que eu faça procure compreender os seguintes coisas:

Felicidade... sim felicidade. É o desejo número um. Primeiro porque é a junção de todos os desejos que tenho. Tudo tem que levar à felicidade. Sentimento de plenitude da vida, onde nada faz falta, onde tenho certeza que qualquer coisa que vir a acontecer será boa. Sim, a felicidade em primeiro lugar.
Depois o Trabalho. Sim, o trabalho. Sem ele o ser humano é incompleto, não escreve a sua história neste mundo. Não deixa nada para o mundo. Não produz, não se satisfaz. O trabalho é que permite trazer todas as coisas boas para nossa vida. Sem ele não conseguimos andar nos caminhos rumo à perfeição.
Sucesso, sim, porque ele é o resultado do trabalho bem feito, das coisas bem planejadas e pensadas no todo. Muita gente quer o sucesso com qualquer trabalho. Isto não acontece, pois todo o trabalho tem que ter um mínimo de chance de sucesso, senão não vale a pena ser feito. Então sucesso é uma das coisas que desejo sempre em minha vida.
Amor, sem ele não acordamos. Por ele nos movimentamos neste mundo. Amar é aprender a doar tudo o que você tem de bom para o mundo. Se não for por amor, para que viver? O amor dado é confortante e faz com que você tenha a certeza da felicidade, sempre. Apesar de muitas vezes ele ser respondido com outras coisas (ódio, indiferença), o amor tem que existir em tudo o que se faz.
Saúde, sem ela não podemos interagir com o mundo. A saúde é essencial para que nós, seres humanos, possamos estar presentes nos momentos da vida com toda a força do corpo e pensamento. Temos que ter saúde sempre, e trabalhar para que ela seja boa, cuidando de nossa alimentação, de nosso físico, de nossa mente.
, com ela vamos em frente, acreditando que todas as coisas são possíveis, que tudo sempre vai dar certo. Sem a fé, independente do seu credo, o homem apenas passeia nesta vida. Tem que haver um propósito para tudo. Deixar o mundo melhor é um ótimo credo. Tento seguir sempre.
Paixão, sim, aquele tesão que faz com que as pessoas amem o fazer as coisas. Tenham prazer em construir suas vidas. Tem que ter paixão nas coisas. Tem que estar apaixonado pelo que faz, sempre. Quando cansar, mude a forma de fazer. A paixão movimenta nosso ser.
Amizade. Os amigos são importantes na caminhada da vida. Uma vida sem amigos é como estar em um lugar maravilhoso e não poder compartilhar com ninguém. As coisas podem se complicar na vida, você pode esquecer de ligar de vez em quando, de enviar um e-mail, mas jamais deixe os amigos de lado. Afinal, amigos são a família que você escolheu.

Quando me sinto meio sem pilha, faço um bilhete destes para me lembrar das coisas que preciso ir atrás. Se avalio que todas as coisas estão acontecendo, me sinto feliz. Sei, para algumas pessoas pode não ser assim tão fácil entender a felicidade, afinal ela não tem forma igual para todos. Mas, na falta de assunto para escrever (é ainda não estou inspirado neste ano) estou falando sobre isto. Comigo funciona, que tal tentar?

domingo, 18 de julho de 2010

Desalento

O mundo está muito cheio... cheio de violência, cheio de corrupção, cheio de pornografia, cheio de notícias irrelevantes.
Falta a este mundo falar de coisas boas. Falta a este mundo noticiar as coisas extraordinárias que somente a mente humana pode fazer.
Esta rotina diária de absurdos que ouvimos nas rádios, televisões, cinema, que banalizam a morte como algo comum. Sim, porque a corrupção é morte (de milhares que não vêem o dinheiro dos impostos serem utilizados para a saúde), a pornografia é morte (morte da dignidade do corpo, da alma), as notícias irrelevantes (o mundo das celebridade) é morte - temos coisas mais importantes para saber e tomar providências.
Não quero censurar desta forma os meios de comunicação. Mas o sangue está correndo diariamente na nossa sala de estar e no quarto de nossos filhos. Porque não criar uma corrente do bem? Porque não noticiar os avanços da medicina, do combate à fome,o crescimento econômico das comunidades carentes, a restituição dos valores humanos.
Porque nossa mídia se rende à este império de morte que apenas retira do ser humano a esperança?
Sim, não podemos a partir de agora esquecer que existem coisas ruins no mundo. Mas temos que dar a ela a reprovação devida, mas não o destaque.
Todos os dias nossos telejornais despejam nas nossas casas o lixo do mundo. Porque não dar vez às coisas boas? O sentimento das pessoas passaria a ser mais positivo ante as misérias do mundo. A imprensa tem que ser menos noticiosa e mais investigativa, cobrando o poder público nas providências, utilizando o seu poder de movimentação de massas para cobrar que as coisas certas aconteçam.
Enquanto isto não ocorre, esqueço os jornais e programas de TV, além de conglomerados de internet. Nada que enriquece a alma está ocorrendo ali (salvo algumas exceções).
Desculpe o desalento, mas o jornal não me deixa esquecer...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

As enchentes no nordeste e a farsa do PAC

Será que os acontecimentos envolvendo as enchentes no Nordeste farão abrir os olhos do povo para a falsidade das obras do PAC?
Onde estão as obras de infraestrutura que foram alardeadas pelo governo federal e que até agora não saíram do papel?
O governo compra votos com suas cestas básicas, permitindo que pessoas que não querem trabalhar fiquem recebendo benefícios, ao invés de estruturar as cidades para receber investimentos privados.
Uma estrada, uma escola, uma ferrovia isto gera desenvolvimento. Cesta básica gera dependência. Isto o governo do PT quer para se perpetuar em nossa nação sem educação.
O que me incomoda é que nossa oposição mole não clama aos quatro ventos este absurdo. Tem que falar da ineficiência do PAC e deste governo incapaz de fazer o que prometeu. Que gasta dinheiro mantendo a dependência das pessoas ao invés de promover as obras que garantem o desenvolvimento de uma região.
Quando vejo as propagandas do governo federal, dizendo que os brasileiros se orgulham do país que se faz presente no mundo, me sinto envergonhado que ser brasileiro e ver um governo que menospreza a inteligência do povo, que engana os mais pobres, e que agora irá aparecer com milhares de cestas básicas emergenciais, que fará barracas definitivas para que as pessoas morem, sobrevivendo na dependência novamente.
Este governo me faz sentir vergonha de ser brasileiro.
E a oposição a este governo também...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Morre Saramago

Até parece que o dia já anunciava algo triste:
- Morreu José Saramago, único prêmio Nobel da Paz de literatura em português.
Vale a pena ler "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", "Todos os Nomes", "Ensaio Sobre a Cegueira" e outros.
Saramago soube como poucos desfraldar a alma humana, despindo-a de todos os pudores, sentimentos de adequação e mentiras, mostrando na essência a necessidade de sobrevivência de nossa pobre espécie.
Vai em paz, homem que se proclamava ateu, mas que mostrava a todos a divindade de ser homem e de definir a existência das coisas neste mundo.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Tempo de recolhimento

Tenho escrito muito pouco, tenho lido muito pouco.
Será uma tristeza causada por estes dias frios, úmidos e sem sol? (que afinal, se estendem desde o final de 2009).
Não sei, parece que estou em um período sem inspiração, ou depressivo, na qual as alegrias não se transformam em palavras (afinal, a felicidade não vai embora nestes dias, só que demora para se demonstrar).
Não sei raros leitores, parece que uma fase de recolhimento se aproxima. Queria mostrar mais alegria, mais espontaneidade, mas a fase está difícil. Muitas coisas para acontecer sem que de fato aconteçam, esta espera me deixa travado.
Desculpe, mas para encerrar, um poeminha curto, para não deixar de crer na palavra fácil em tempos difíceis.

Não sei se amplio a minha tristeza
Pois o mundo não carece disto
O mundo precisa de alegria
Coisa que no momento não posso dar
Quero guardar pra mim todo o instante de felicidade
Toda faísca
Para ver se enxergo o mundo do jeito certo
E faço estas pequenas sementes de alegria
Aparecerem ao mundo como gestos de amor
Ah meu coração, seja terra boa
E guarde para o mundo
O que de melhor posso dar
Meu riso, minha felicidade
Transparecida no que vejo, sinto e faço

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Você é livre?

Conheço muitas pessoas que estão doentes. Doentes pela falta de liberdade que possuem devido a tudo o que tem.

Sim, seus empregos, seus carros, suas contas, mulher, filhos, amigos.
Pessoas que não aprenderam a dar a importância devida a cada coisa, e dão muita importância a tudo.
Ai se sentem presas a tudo que tem que fazer para ter TUDO. Sem saber que energia também é finita, e deve ser bem usada para que não cause estragos.
Assim ficam doentes, porque dar importância a tudo é impossível.

E vemos pessoas fazendo cursos de administração de tempo, e ficando super aflitas por não dar conta de tudo que está sob sua responsabilidade.

Desta forma, é claro que você não pode ter tudo. Até porque tudo deve ter a sua atenção, o seu cuidado.

Só escolhendo de forma criteriosa o que é importante para você, haverá a liberdade em sua vida.

Você conseguirá cuidar das coisas que lhe são caras, dentro do seu tempo. Tempo que deve ser prazeiroso, seja ele com sua família, com seus amigos, com seu trabalho.

Seja livre com as coisas que Deus colocou em sua vida, pois elas estão contigo porque você pode cuidar, mas cuide com a devida atenção.

Não se sinta preso com a coisas que tem. A vida existe para a gente ser feliz, não prisioneiro das coisas.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Renato Russo e a Legião Urbana (da qual sou parte)

Há tempos Eu era um lobisomem juvenil. Andava Quase sem querer pela vida. Um adolescente em busca de palavras que mostrassem um caminho bom, de uma vida boa e de paz. Fazia parte da geração que recebia dos USA somente comportamentos que não faziam sentido em nossa sociedade. Chorava os amores que acabavam cedo, via as pessoas se tornarem insensíveis diante da violência da cidade.
Buscava uma voz que representasse toda a indignação diante da nossa insensibilidade, da nossa "normalidade" diante dos absurdos da nossa vida.
Buscava uma voz que cantasse a beleza do amor fraterno, do amor sem espera de volta. Esperava que uma semente de coisas boas brotasse na minha geração. Uma geração que não se rendesse ante ao olho do furacão em que se tornou viver. Viver somente para ganhar dinheiro esquecendo que o melhor é partilhar o que se ganha com trabalho honesto. Queria ao menos uma vez entender porque quem tem mais do que precisa sempre se convence que não tem o bastante, e pisa nos outros para ter mais.
Queria uma voz que bradasse contra os absurdos: Que país é este? - onde os exemplos não existem (e se existem estão escondidos). Este país com sua corja de assassinos, covarde, exploradores e ladrões.
Principalmente, queria uma voz que nos mostrasse que uma geração não pode ser alienada, achando que nada pode fazer.
Queria uma geração que entendesse que pode gerar riqueza, mas sem perder o encanto pela vida, pelas pessoas, pela natureza.
Escutei "Será" em 1985, no início de minha adolescência, aos quinze anos. Aos vinte e seis, Renato Russo morreu. Não sem antes ajudar a plantar em meu coração uma semente de sensibilidade, que não deixa de se encantar com as belezas do mundo, que não deixa de agir para tornar o mundo melhor, mesmo que em pequenas ações. De pouco em pouco, se fizermos pequenos atos, certamente teremos um mundo melhor.

quarta-feira, 3 de março de 2010

...

Grato leitor
Desculpe a falta de jeito
Ou de inspiração
Não é defeito
Nem desconsideração
São os dias cheios de coisas pra fazer
Que estão desconectadas da alma
Alma esta que fica muda
E sem saber o que falar
Acalme
Bons ventos trarão coisas inspiradoras
Que farão a minha alma respirar
Encher seus pulmões de coisas boas
Assim o mundo deverá ganhar
O que de melhor esta alma pode dar

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A Lista

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

(Oswaldo Montenegro)

Sinal Fechado

– Olá! Como vai?
– Eu vou indo. E você, tudo bem?
– Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro... E você?
– Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranqüilo...Quem sabe?
– Quanto tempo!
– Pois é, quanto tempo!
– Me perdoe a pressa - é a alma dos nossos negócios!
– Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!
– Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!
– Pra semana, prometo, talvez nos vejamos...Quem sabe?
– Quanto tempo!
– Pois é...quanto tempo!
– Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das ruas...
– Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
– Por favor, telefone - Eu preciso beber alguma coisa, rapidamente...
– Pra semana...
– O sinal...
– Eu procuro você...
– Vai abrir, vai abrir...
– Eu prometo, não esqueço, não esqueço...
– Por favor, não esqueça, não esqueça...
– Adeus!
– Adeus!
– Adeus!

(Paulinho da Viola)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Meu mundo é hoje...

Meu mundo é hoje,
Eu não vivo de passado
O passado vive em mim...

Esta frase escutei neste fim de semana em um filme sobre Paulinho da Viola (vejam: Meu mundo é hoje, um tratado sobre música popular brasileira e poesia), e define bem o que eu quero para a minha vida: Não viver mais de passado e estar aberto ao novo. O passado está comigo, mas minha vida acontece agora, já. Tenho que ter consciência disso e estar disposto somente a usar as lições do passado para fazer as coisas agora.

Meu mundo é hoje,
Eu não vivo de passado.
O passado vive em mim.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Aprender a desaprender

Acabo de completar 39 anos.
Todos falam que aniversários são excelentes para repensar como você tem levado a vida, como você lida com as pessoas à sua volta, o que você faz para que as coisas aconteçam com você.
De fato, cada aniversário te traz um turbilhão de coisas que pululam em sua cabeça. Algo do tipo: eu poderia estar melhor; eu tenho que mudar isto; a partir de hoje será assim. Normal.
Este ano coloquei uma coisa na cabeça. - QUERO APRENDER A DESAPRENDER.
Cheguei quase na metade de minha vida. Minha cabeça precisa de coisas novas para se sentir ativa. Quero ligar uma máquina revolucionária e fazer uma verdadeira limpeza em minha cabeça.
Jogar fora os conhecimentos inúteis, jogar fora as pessoas que passaram pela minha vida e por atitudes minhas e delas não ficaram no meu coração (aproveitar e jogar o ressentimento fora). Quero saber mais, e para isto preciso de espaço em minha mente.
Desaprender significa se desapegar. Como quando limpamos o armário para ter espaço para as roupas novas. Como quando deixamos nossos brinquedos de infância para o irmão ou primo mais novo. Temos que aprender a largar o que não nos serve mais. Estar preparado para o novo. E ter novos limites para as coisas. O que sempre foi normal pode ser pouco para este novo momento, em que coisas novas se apresentam.

Na semana passada fiz o curso EMPRETEC do SEBRAE para novos empreendedores. Foi revelador que tenho que deixar velhos conhecimentos, velhas manias e hábitos (que agora viraram vícios), para dar espaço para coisas novas e novas formas de se relacionar com o mudo. O curso trabalha os comportamentos essenciais para os empreendedores. Estes comportamentos se aplicados tanto na vida de negócios como na vida pessoal são transformadores. Como temos um acordo tácito para não revelar o conteúdo do curso, só posso falar isto.
APRENDER A DESAPRENDER. Vou arrumar as gavetas, limpar toda a "sujeira" que está lá dentro pois o meu ano trinta e nova será de muita transformação e realização. Este propósito eu tenho e vou cumprir.
E você, quando vai limpar as suas?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

2010

Dois mil e dez, vinte e dez, chegou o novo ano.
Tirei férias de fato. Relaxei de corpo e mente. Não pensei em nada a não ser na hora seguinte. Fiquei com minha filha na praia, comi, bebi, festejei.
Sem neura de planejar o próximo passo, a meta seguinte.
Nos últimos anos sempre planejei tudo, mas com a inconstância do mundo, planejar é mal negócio.
Preferi neste ano me desarmar de tudo o que pode prever alguma coisa. Só tem me trazido ilusão e desapontamento. O negócio por enquanto é deixar rolar.
Mas espero, como todo ano, só coisas boas: Muito trabalho, sucesso, amizades, viagens, mais conhecimento, muita música e um pouco de poesia. Sim, uma porção de coisas boas, prá todo mundo.