segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Chegamos ao fim de agosto

Uma semana de sol... e o último dia de agosto foi melhor que o mês... é até um pecado achar isto.
Mas em mês de cachorro louco (podemos dizer que no senado foi...) o que vocês queriam?
Vai agosto de 2009 e não volte mais...
Que o sol do teu último dia prevaleça até o resto do ano.,.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O poder do perdão


Terminei de ler o livro "A Cabana", de Willian Young.
Confesso que não gosto de livros de auto-ajuda, ganhei este livro no meu aniversário em fevereiro, mas peguei para ler somente agora (tem muita leitura atrasada).
A tônica do livro é o perdão. O perdão que passa por aceitar Deus na sua vida, não como um Deus distante e punidor. Mas um Deus que cuida de você, que te acompanha em todos os momentos, que te inspira nas suas decisões, que te ama mas para isso precisa que você esteja aberto a ser amado.
Não contarei a história do livro, mas o personagem passa por um processo doloroso demais em sua vida, e se fecha para o amor como se a vida não existisse mais.
A partir daí, nega a existência da vida, do bom que a vida lhe traz todo dia.
Isto vai corroendo seus relacionamentos, suas aspirações, não permitindo que o milagre de estar aqui seja vivido em plenitude.
Tudo porque ele não aprendeu o valor do perdão. Perdoar significa estar aberto a pedir perdão para que seu coração esteja apto a perdoar.
Ele fala uma coisa muito importante: Perdoar não significa criar um relacionamento com a pessoa que se perdoa, até porque relacionamento necessita de confiança. Perdão significa ir em frente, sem mágoa, permitindo que coisas novas aconteçam em sua vida. É deixar que o fluxo da vida siga o caminho sem barreiras, mostrando tudo que ela proporciona a você. Perdoar muitas vezes significa voltar a viver.
Se alguma coisa consegui tirar deste livro, é que perdoar significa se permitir ser amado para prosseguir amando. É tirar a mágoa de dentro de você e deixar a vida acontecer. Perdoe e ame mais.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Jogar para a torcida ...

É incrível como existem pessoas que adoram jogar para a torcida.
Fazem um verdadeiro teatro só para se fazerem de "boazinhas", de "boas praças", de protetoras das boas práticas, quando na hora da ação, tiram a mão da coisa e fazem que não vêem.
Na crise do senado, que foi apagada com um rolo compressor pela ala governista, dois senadores "flanaram" na hora da ação, na hora de defender o código de ética do seu partido (o PT, cujo código de ética foi parar na latrina). Simplesmente nada fizeram para que os senadores envolvidos em denúncias fossem punidos (sim, todos).
Os excelentíssimos senhores Aluísio Merca (como diz meu amigo Marco Chiaretti, chamo de Merca para não colocar o pobre do Dante nesta história) e o senhor Eduardo Suplicy não mexeram uma palha pela ética do senado.
Agora, Merca diz que pediria a sua saída irrevogável do comando do partido, alegando questões éticas, e Suplicy mostra um "cartão vermelho" para o Sarney.
Ridículos, mentirosos, Merca deixou claro o seu jogo para a torcida (tenho que parecer bonitinho para o povo), mas desistiu em menos de quarenta e oito horas (após conversar com o seu jóquei, o presidente Lula), o outro fez papel de rídículo e foi justamente ridicularizado em pleno senado (pelo senador Heráclito Fortes "cusparada"), sendo acusado de nada fazer durante a crise para expulsar Sarney do congresso (nem ao menos buscar apoio para isto).
Uma coisa é certa, este povo que elege estes sanguessugas de nossa paciência e dinheiro público tem que lembrar e não reelegê-los, para nada. Nada mais.
Temos que elegê-los para o esquecimento, a indiferença, o que de pior pode existir aos homens públicos.
Principalmente aos que esquecem que ser homem público é servir.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A Crítica Social em Paraíso...

Costumo não ver novelas. Folhetins de televisão passam longe da minha predilção, mas em tempos de chegar em casa e dar um tempo para minha mulher segurando minha filha, tenho visto a novela global das dezoito horas: "Paraíso".
A novela é um remake de uma antiga novela das seis da Rede Globo, mas agora escrita e dirigida por outro autor (Benedito Ruy Barbosa).É a trama onde uma menina criada por sua mãe para ser uma santa se apaixona pelo filho de um fazendeiro que segundo a lenda, cria um diabinho em uma garrafa. Como era de se esperar, a trama ficaria somente entre os encontros e desencontros desta história e as rodadas de viola dos peões de fazenda.
Mas, no meio de tantos escândalos onde a dita Rede Globo ficou em silêncio na sua crítica (claro, um dos maiores anunciantes da mesma é o governo federal), o autor coloca sua crítica social de forma contundente na trama da novela.
A trama passa por um período eleitoral, no qual todas as conhecidas armas dos candidatos são utilizadas, mas ele utiliza as pessoas mais esclarecidas na trama para explicar ao povo como devem ser conduzida estas situações.
Em um momento, vi a Santinha (desculpe, Maria Rita), como professora, explicando que o material "doado" por um candidato não deveria comprar o voto de ninguém, pois o voto deles, do povo humilde e sem instrução, tem o mesmo valor que o voto do candidato, e eram eles que elegiam o poder na cidade e no país. Este voto é tão importante que não deve se dobrar a este tipo de coisa.
Em outra oportunidade, o autor coloca em um diálogo de um casal novo, cujo futuro marido desejava ter muitos filhos, um aviso sobre o controle de natalidade. A futura noiva infoma que era melhor ter menos filhos, mas com educação para ter um futuro melhor.
O melhor é o padre (não lembro o nome agora), sempre atento às jogadas políticas da eleição fictícia da novela, que sempre orienta as pessoas o melhor caminho quanto às armadilhas que os candidatos (em geral) pregam nos eleitores.
E assim a trama segue, apesar do horário ingrato (deveria ser a novela das oito, para ter maior alcance), colocando sua crítica social de forma leve, divertida, sem a maldade e sacanagem pesada dos outros horários. Isto sim é um passatempo bom, com artifícios, como diziam os antigos, das velhas novelas de Dias Gomes, que colocava uma ácida crítica social em suas tramas, falando sobre o governo militar autoritário dos anos 70.
Enfim, um folhetim da Globo com utilidade não apenas de passar o tempo, mas instruir as pessoas.

domingo, 23 de agosto de 2009

Limón y Sal

Tengo que confesar que a veces
no me gusta tu forma de ser
luego te me desapareces
y no entiendo muy bien por qué

No dices nada romántico
cuando llega el atardecer
te pones de un humor extraño
con cada luna llena al mes

Pero a todo lo demás
le gana lo bueno que me das
solo tenerte cerca
siento que vuelvo a empezar

Yo te quiero con limón y sal,
yo te quiero tal y como estás,
no hace falta cambiarte nada.
Yo te quiero si vienes o si vas,
si subes y si bajas y no estás
seguro de lo que sientes

Tengo que confesarte ahora
nunca creí en la felicidad
a veces algo se le parece
pero es pura casualidad

Luego me vengo a encontrar
con tus ojos me dan algo más
sólo tenerte cerca
siento que vuelvo a empezar

Yo te quiero con limón y sal,
yo te quiero tal y como estás,
no hace falta cambiarte nada.
Yo te quiero si vienes o si vas,
si subes y si bajas y no estás
seguro de lo que sientes

Sólo tenerte cerca
siento que vuelvo a empezar

Julieta Venegas - cantora mexicana - grata surpresa no cenário latino americano.

Sempre tem...

Sempre tem uma tristeza...
Um fundo no copo que tomo todo dia.
Uma falta do que não aconteceu.
Um sentimento sem um porquê.
Talvez porque não haja motivo.
Ou faltou coragem pra que ele existisse.
Uma peça... a hora certa.
E não existiu.
Nao foi.
A única coisa que sobrou foi o que não vivi.
Que martela uma saudade do que não aconteceu.
Coração besta.
Se embriaga com restos de nada.
Só do que poderia ter sido.
Mas sempre tem...
Sempre terá.
A tristeza é o combustível dos poetas.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Toca Raul !!!!


Hoje fazem 20 anos que Raul Seixas morreu...

Nunca fui muito ligado no cantor Raul Seixas, mas o letrista irreverente sempre me intrigou, por fazer letras sinceras e muitas vezes poéticas, como a bonita "Mata Virgem", do disco com o mesmo nome.


Mata Virgem

Você é um pé de planta
Que só dá no interior
No interior da mata
Coração do meu amor
Você é roubar manga
Com os moleques no quintal
É manga rosa, espada
Guardiã no matagal

Qual flor de uma estação
Botão fechado eu sou
Se amadurecendo
Pra se abrir pro meu amor
Úmida de orvalho
Que o sol não enxugou
Você é mata virgem
Pela qual ninguém passou
É capinzal noturno
Escuro e denso protetor
De um lago leve e morno
Teu oásis seu amor

Qual flor de uma estação
Botão fechado eu sou
Se amadurecendo
Pra se abrir pro meu amor
Qual flor de uma estação
Botão fechado eu sou
Se amadurecendo
Pra se abrir pro meu amor

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Desabafo em tempo de censura.


Confesso que tenho me segurado de escrever no blog, mediante ao aterrorizante silêncio da mídia brasileira ante aos horrores que nosso senado e nosso congresso tem afligido ao povo brasileiro.

Chego a questionar a importância do senado e do congresso nacional para o povo brasileiro. Quantas leis foram promulgadas neste ano que de fato tragam as soluções para os problemas estruturais de nosso país (habitação, rede de transporte, saúde)?

O que vemos são duas instituições centralizadoras de poder que não possuem contato com a realidade brasileira. Duas instituições que deveriam discutir e decidir o que fazer para que o país e seu povo tenham melhores condições de vida. E nada fazem.

Quantos dias de trabalho estas duas casas perdem investigando atos de corrupção? É tanta CPI que as prioridades ficam perdidas entre as brigas de poder.

Duas casas corrompidas pelo poder. Inebriadas diante de tanta impunidade (tudo podemos), diante de tanto dinheiro e benefícios que pagamos em troca de nada.

O que me estarrece é que nenhum órgão de imprensa combate isto. Devem estar muito bem pagos ou com interesses muito grandes nestas casas. Nada falam, nem quando um parceiro como o Estado de São Paulo é censurado a mando do Senador José Sarney.

Estou enojado com toda a imprensa brasileira, mas principalmente com os donos das redes de jornal e televisão, que assistem a este espetáculo de impunidade e tempo perdido, enquanto nosso povo padece pela ineficiência e corrupção de nossos políticos

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Um post legal...




Decisões

Numa fria tarde de novembro de 1961, quatro rapazes caminhavam à beira do rio Mersey. Ares preocupados, o vento batendo em suas franjas, de vez em quando olhavam para os navios que entravam pelo porto de Liverpool.
Eles lembravam-se, quem sabe, do tempo em que tinham que tocar oito horas para ganhar uns cobres num clube de Hamburgo. Tempos difíceis, é verdade, mas pelo menos não havia a tensão de se ter que tomar decisões, como naquela hora. Então um deles resolveu falar:
"Vamos encarar a realidade, rapazes, isso não vai dar certo." Era Pete Best (o terceiro aí da foto), um rapaz alto, forte e bem apessoado, o baterista do grupo. "Estamos na estrada há anos e até agora só estamos perdendo tempo. Agora, trabalhar para um empresário bicha é o fim da linha."
"Pode dar certo", murmurou George sem muito entusiasmo.
"Eu não acho que devamos desistir", completou Paul. "Acho que ainda podemos ganhar dinheiro com isso."
"Quem poderia substituir você?", completou John, sempre mais frio e pragmático que os outros.
Pete esperava algum tipo de adulação. A pergunta de John deixou-o um pouco incomodado. Ainda assim, não perdeu a pose:
"Pode ser aquele narigudo, o Starkey".
Ninguém respondeu nada. Continuaram caminhando com os rostos enfiados nos capotes. Best, ainda mais incomodado com o silêncio, resolveu abrir o jogo. Disse que sua mãe lhe havia proposto tomar conta de um bar em Penny Lane e ele estava disposto a aceitar. Os outros talvez tivessem ficado com alguma inveja daquela estabilidade financeira tão precoce, mas nada disseram.
O que é bom para nós, pode não ser para você", sentenciou George com ares de filósofo oriental.
Pete animou-se com a resposta e, com pena dos amigos, procurou encorajá-los. Disse que o rock'n roll estava no fim, que ninguém poderia substituir Elvis e que eles deveriam investir na música italiana, estara é que seria a música dos anos 60. No fim, despede-se dos amigos com um abraço.
"Boa sorte, Pete", disse John.
"É isso aí", falou George.
"Obrigado pelos conselhos, mas vamos ficar mais um pouco", finalizou Paul. "Talvez a gente ainda ganhe algum dinheiro com isso."
Pete soltou um longo suspiro. Estava com uma sincera pena de seus amigos. "Vocês é que sabem, rapazes, mas não vão dizer que eu não avisei..."
2
No outro lado da cidade, um narigudo, dono de de um arrojado topete e com a barba por fazer, espera sua namorada sair da manicure lendo sobre a apertada vitória do Blackburn sobre o Warrington pela segunda divisão do campeonato inglês.
"Esperou muito, Ringo querido?"
"Já lhe disse, Maureen, não gosto que você me chame de Ringo. A última coisa que me lembro quando olho no espelho é de um pistoleiro mexicano."
"OK Rick. E quanto àquele negócio, já decidiu?"
"Mamãe acha melhor eu aceitar aquele o emprego de fiscal de vigilância sanitária. Ela disse que eu sou um cara de muita sorte por conseguir passar nesse concurso."
"E a música, Ringo."
"Rick."
"Está bem. E a música, Rick?"
"Não vamos discutir isso de novo. Eu entendo tanto de música quanto você entende de corrida de cavalos."
"Mas você está ficando melhor. Ontem, em Mr. Moonlight você manteve o compasso até o final."
"Você está falando para me agradar."
"Não acho certo que você desista de um sonho."
Richard estava em dúvida. Se havia algo que ele detestava era decepcionar alguém. Sua mãe queria o emprego público, sua namorada queria a carreira artística. No entanto, Richard planejava levar Maureen a um drive-in naquela noite. Se a desapontasse, poderia ter que ficar em casa ouvindo um concerto da BBC ao lado de sua mãe.
"Está bem, vou tentar mais um pouco na música. Ano que vem vão abrir outro concurso mesmo."
"Eu te amo, Ringo."
"Não me chame assim, eu detesto apelidos ridículos."


Blog do Torero... http://blogdotorero.blog.uol.com.br .