sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O que me deixa triste

Nestes dias, em uma aula de inglês, revendo vocabulário e conversando sobre o mesmo, minha professora me perguntou: O que mais me entristece no povo brasileiro?
Pensei bem e respondi na lata: A falta de educação e bom senso. Chegamos à mesma resposta.
É muito triste ver que o povo brasileiro é sem educação. Não existe no povo brasileiro o respeito pela coisa comum. Ele não cuida e protege as coisas que são para o uso de todos.
Joga papel na rua, dirige mal, não cuida das suas calçadas, picha paredes, destrói pontos de ônibus, cospe na rua, atravessa as ruas fora da faixa de segurança, fura filas, joga lixo em rios, deixa restos de comida na praia, leva o cachorro para passear e não recolhe as "cacas" que seu bicho de estimação deixa na rua, enfim, uma série de pequenos gestos pequenos e esquecidos pela maioria das pessoas, mas que tomam uma dimensão gigantesca quando multiplicados por toda a população.
Isto seria o mínimo que uma população educada teria que fazer para manter o cuidado com o bem público.
Existem outras coisas que poderiam ser feitas para que nossa rua, nosso bairro, nossa cidade e nosso país fossem melhores.
Cuidar do seu quintal, plantar flores no seu jardim (ter um jardim), limpar a calçada em frente a sua casa, distribuir roupas e outras coisas que não servem mais (repartir o excedente), separar o lixo por tipo (orgânico e reciclável), enfim, uma infinidade de outros pequenos gestos, que se multiplicados mudariam o local onde a gente vive para melhor.
O que eu digo que me entristece é que a maioria da população tem acesso a este tipo de conhecimento básico de como cuidar do que é comum. Todos sabem que jogar lixo na rua além de prejudicar visualmente o local onde se passa, entope nossos bueiros e na primeira chuva centenas de pessoas ficam prejudicadas com enchentes e entulhos que na maioria das vezes eles próprios colocaram na rua.
Pequenos gestos para cuidar do que é comum é o primeiro passo para que todos passem a ter orgulho de onde vivem, que passem a zelar pelas ruas, pelas praças, por todas as coisas que todos aproveitam.
É uma questão de civilidade, de estar bem com o mundo onde vive e se relaciona.
Comece por você mesmo, eu já comecei.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Guerreiros ou Brameiros...

Guerreiros ou brameiros

Ugo Giorgetti

Não sei por que ando pensando muito num comercial da Brahma que andou, ou anda, pelas televisões.

De fato ele não me sai da cabeça.

Fiquei tão intrigado que recorri até ao site do Clube de Criação de S.Paulo, onde não só o encontrei na íntegra, como tive a surpresa de encontrar também declarações do diretor de marketing da Brahma que, por sua vez, vieram aumentar meu assombro.

Queria, logo de início, pedir licença ao diretor da empresa para refutar uma de suas declarações.

Diz ele: "Com a campanha não queremos impor nada a ninguém. Queremos apenas ser porta-vozes do povo brasileiro."

Bem, meu porta-voz esse comercial não é, isso eu posso garantir.

E, espero, também não seja de boa parte do povo brasileiro.

Para quem não sabe, o comercial descreve a atitude ideal do torcedor brasileiro em relação à Copa do Mundo que se aproxima.

Consta de uma sucessão de imagens bélicas e melodramáticas, onde supostos torcedores carrancudos, gritam, choram e batem no peito.

Para deixar ainda mais claro a observadores menos atentos que o que se espera realmente são guerras e batalhas, mistura essas cenas com outras, fictícias, devidamente produzidas e filmadas, de um grande exército medieval em ação.

Se as imagens falam por si, o pior é o som.

Vozes jovens alucinadas urrando palavras de ordem num tom ameaçador, histérico, a lembrar manifestações das mais radicais e intolerantes agrupamentos que, infelizmente, existem no interior de qualquer sociedade.

Eu me permito transcrever algumas das frases vociferadas: "Eu queria que a seleção fosse para a Copa, como quem vai para uma batalha!" "Eu quero guerreiros!", "Vamos para a guerra juntos! 180 milhões de guerreiros!" "Sou guerreiro!" No final do filme, num golpe de surrealismo que faria as delícias de Luis Buñuel, o locutor, contrariando o tom anterior de toda a mensagem, recomenda sabiamente: "Beba com moderação."

O diretor de marketing da Brahma, no mesmo site do Clube de Criação continua: "A mensagem que queremos passar ao torcedor é que, além de ser a primeira marca brasileira a patrocinar oficialmente uma Copa do Mundo, o desejo da Brahma é despertar a atitude guerreira da seleção em todos os 190 milhões de brasileiros."

Com todo o respeito que tenho pela Brahma, cuja publicidade acompanho, até por dever de ofício, há mais de quarenta anos, e que me pareceu sempre celebrar a alegria e a irreverência popular, essas declarações inspiram alguns comentários.

O que eu espero da seleção é que jogue bola.

Acho que o que nos derrotou em 2006 não foi a falta de guerreiros, mas foi o Zidane, que não era exatamente um guerreiro.

Quanto aos 190 milhões, espero que honrem nossa tradição de saber perder, como fizemos em 1950 em pleno Maracanã, ou como fizemos em 1982, encantando o mundo.

O resto é apenas apelar para o que há de pior na sociedade brasileira.

Que é o que faz esse equivocado comercial dessa grande empresa.

E de repente, a razão pela qual penso nele com tanta freqüência me aparece claramente: é que, de certo modo, o confundo com as cenas reais que aconteceram no estádio do Curitiba domingo passado.

Ao revê-las me ocorre uma pergunta: os torcedores que, ensandecidos, fizeram o que fizeram no Paraná seriam "guerreiros" ou "brameiros"?

Ou os dois?

Infelizmente não foi possível alertá-los para invadirem e quebrarem tudo "com moderação".

domingo, 13 de dezembro de 2009

Emocionante, como a vida deve ser...


Vi ontem a animação UP - Altas Aventuras, da Pixar.
Confesso que cada vez mais estou ficando emotivo (final de ano, ou a idade mesmo).
Chorei bastante no filme, que une amor, aventura, compromisso, lealdade, enfim, todos os bons sentimentos que ultimamente estamos esquecendo na correria de nossos dias.
Ele fala de aventuras, mas pricipalmente da grande aventura de viver. Sim, de não ver a vida como uma seqüência chata de compromissos ou de convenções onde estamos inseridos, mas em ver a vida como uma grande aventura, onde devemos prestar atenção às coisas, pois afinal de contas somos os protagonistas de nossas histórias.
Recomendo a todos que vejam, pois o filme conta como é interessante nossa vida do jeito que ela se apresenta, sim, sem precisar viajar pelo mundo em busca de aventuras (claro, se tiver oportunidade de conhecer lugares, vá sem pensar), mas mostra principalmente que não precisamos ser aventureiros para gostar e ver nossa vida como uma grande aventura, na qual escrevemos nossa existência neste planetinha.]
UP-Altas Aventuras, não esqueçam. Difícil você não gostar.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Tristeza

Estou triste esta semana.
Estão desmatando a pequena mata que eu tinha atrás de minha casa. Um pedacinho da mata atlântica que ainda sobrevivia, com suas árvores e espécies animais (pássaros e sagüis).
Minha filha pergunta, nos seus seis anos de inocência: - Pai, porque estão derrubando as árvores? Tento esclarecer que certamente para derrubar as árvores eles replantaram outras em outro lugar, que onde está nossa casa também era mata, etc., mas apesar dos meus esclarecimentos, dá uma dor imensa na gente ver toda aquela natureza sendo derrubada.
Perderemos o frescor do vento que vinha da pequena floresta, parte do canto dos pássaros, a visita do sagüi no meu telhado, buscando uma fruta, o barulho do vento nas árvores, enfim, perderemos um pouco de vida pulsante que vinha daquele pequeno viveiro natural.
Sei que o progresso é inevitável, mas quando ele chega perto demais da gente é assustador. Confesso que não é este mundo que gostaria de deixar de herança para minhas filhas. Um mundo onde não temos escolha para crescer a não ser destruindo o que é natural.
Não há inspiração para escrever melhor do que isto. A tristeza me impede de ser lírico ou de buscar palavras rebuscadas para explicar minha revolta com o progresso (mesmo fazendo parte dele, me incluo com os que colaboram com a destruição).
Precisamos urgente de algo com muito impacto, para que paremos com esta loucura de destruição do que é belo. Nosso planeta não aguenta mais este tipo de postura do ser humano.

domingo, 22 de novembro de 2009

Um mundo sem energia elétrica


Ainda na cola do grande sucesso de 2012, vi alguns programas mais educativos sobre a profecia maia, e o que os cientista acham que pode haver.
É unanimidade entre os cientistas que a probabilidade do mundo vir a acabar em 21 de dezembro de 2012, quando houver um perfeito alinhamento cósmico da terra com o sol e outros planetas, é igual ao de acabar daqui a pouco.
Vivemos em um universo caótico, onde somos passageiros deste veículo chamado Terra, que pode vir a encontrar outro corpo celeste a qualquer hora.
Bem, saindo da neura de um fim de mundo explosivo como o do filme, o que pode vir a acontecer(e já aconteceu em uma escala menor em 1993) será uma grande explosão solar o que pode danificar todos os sistemas de reserva e condução de energia do planeta por sobrecarga.
Imagine, de uma hora para outra, tudo que é movido a energia conduzida se desligar, do seu relógio, bateria de automóvel, iluminação elétrica, enfim, tudo o que conhecemos hoje.
De fato, se a profecia maia fala de um mundo modificado depois de 21 de dezembro de 2012. Um blecaute generalizado faria toda a humanidade ser diferente.
Teríamos que ser mais solidários, ou um mundo de cão se instalaria na terra.
Veja, não teríamos energia para buscar a água dos reservatórios, teríamos que buscar nossa água, sem automóveis. Teríamos por algum tempo gás para cozinhar, mais depois, somente lenha e carvão. Não teríamos mais blogs, uma vez que sem energia elétrica, não existiria utilidade para computadores (Bill Gates perderia a Microsoft, ou ela viraria uma exploradora de energia). Todo o mundo que conhecemos hoje modificaria de um jeito assombroso.
Pense no seu dia a dia. Relógio a corda (jogou o seu fora?) para acordar pela manhã (ou buscaríamos galos nos sítios, para nos acordar). Café? Seria raro termos café pela manhã, já que teríamos que fazê-lo a moda antiga: colher, secar, torrar e moer. Ir ao trabalho? Bicicleta. Seu trabalho? Trate de ressuscitar sua máquina de escrever (vá pegar na casa do seu pai ou avô). Por falar nisto, muitas pessoas teriam que aprender alguma profissão, pois sem energia elétrica, coisas que utilizam somente energia ficariam sem sentido (programador de computador, analistas financeiros da bolsa).
Sim, o marketing voltaria para a prancheta de desenho (sempre achei que ver Mad Man me seria útil um dia). Enfim, quem sabe o mundo comece a ver que o tempo é para ser passado sem a pressa de hoje.
Quem sabe sem a TV tenhamos tempo para conversar, para ficar em frente a fogueira falando sobre o nosso dia de hoje, planejando o dia de amanhã, sabendo como cada um se sente.
Bem, aos que ficaram aflitos com a profecia maia e com este meu texto, fiquem tranquilos: a probabilidade de isto acontecer é tanta quanto ao de um cometa se chocar com a Terra, ela existe, mas não é para agora. Mesmo acontecendo, a humanidade demoraria de oito meses a dois anos para recuperar todo o sistema de distribuição de energia.
Poderíamos aproveitar este tempo para reaprender a ser humanos, a ver mais o outro como amigo de viagem.
Porque nosso planeta fica, sempre ficou. O nosso modo de vida não ficará. Nem deve. Ou vemos este planeta como nosso veículo neste cosmo ou ele vai se livrar dos passageiros.
Ops, acabou a lu......

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Walk Hard


Walk hard
Hard
Down life's
Rocky road

Walk bold
Hard
At my creed
My coal

I've been sworn and slandered and ridiculed too
Had to struggle everyday my whole life through
Seen my share of the worse that this world can give
But I still got a dream and a burning rage to live

Walk hard
Hard
When they say
You're all done

Walk bold
Hard
Though they say
You're not the one

Even if you've been told time and time again
That you're always gonna lose and you're never gonna win
Gotta keep that vision in your mind's eye
When you're standing on top of a mountain high

You know when I was a boy
Folks used to say to me
"Slow down boy, don't walk so hard"
And I used to tell them
Life's a race, and I'm in it to win it
And I'll walk as damn hard as I please
How do I walk boys?

{HARD}

When I meet my maker on my dying day
Gonna look him in the eye and by god I'll say
I gave my word and my word was good
I took it in the face and walked as hard as I could

Walk Hard
Walk Hard
Walk Hard
Walk Hard

(Dewey Cox - do filme "Walk Hard - Dewey Cox History"

Caminhar forte, pelos caminhos áridos da vida, sem pestanejar, que a vitória chegará. Mas é preciso caminhar forte.

domingo, 15 de novembro de 2009

Vida simples


Gente, como é complicado hoje em dia ter uma vida simples.
É tanta parafernália na qual estamos ligados que é praticamente impossível se desligar.
Passei a manhã de domingo matutando isto.
Estou vivendo a ânsia de me desligar de tudo (acho que é coisa de quem já passou dos trinta).
Acontece que vivemos plugados o dia inteiro: do noticiário da manhã, do rádio do carro, da internet diária, das informações no celular ou no palmtop, estamos recebendo massivamente informação. O problema é que nosso cérebro não suporta tanta carga de informação. Não temos esta capacidade de processamento de modo que possa transformar informação em conhecimento.
Estive ainda pela manhã no sítio de um amigo, e o mesmo me confessou: Quem dera eu pudesse agora ficar somente aqui. Não ligo TV, não ligo rádio. Só tenho eu e o meu trabalho. Tudo que temos aqui (e olha que o sítio é grande), fomos nós que planejamos e colocamos a mão para fazer.- Uma vida simples requer este desprezo pelas coisas "modernas" que muitas vezes nos atrapalham na vida.
No anseio de tornar a massa informada, temos reportagens cada vez mais descartáveis, informações superficiais, profissionais updates em bobagens sem fundamento, gente que dificilmente tem o desprendimento para ter uma vida simples. Uma vida sem a pressa, onde se pode planejar com tempo e colocar a mão na massa, como fizeram nossos pais, avós, quando forjaram com o trabalho esta nossa cidade.
Preciso dar um jeito de ter uma vida mais simples, até para poder mostrar às minhas filhas que o mundo acontece mesmo sem a TV, a internet. Que estas ferramentas tem que ter hora certa e limitada para acrescentar conhecimento dentro da capacidade que temos de absorção.
E principalmente, temos que ter uma vida simples para recuperar alguns valores que estão esquecidos: o valor da conversa, de caminhar com o pé descalço, de comer uma fruta no pé, de ficar no sol escutando os pássaros e achar graça disto tudo, saboreando a vida não diante de um monitor, mas diante da própria vida.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

viva a SUA vida



Vivemos dias cinzentos...
Onde somente as pequenas alegrias formam um conjunto besta e medíocre que ousamos chamar de felicidade.
Ousadia esta que nos falta e nos é tirada diariamente.
"Siga esta tendência", "a última moda é isto", "fulano agora faz aquilo", todos nos dizem o que fazer, como se nossa capacidade mental estivesse bloqueada.
E nos contentamos com o morno, com a coisa pronta.
Esquecemos de buscar o que nos torna felizes.
Acordamos sobressaltados, engolimos o nosso café, damos beijos rápidos nos filhos, saímos em disparada pelo trânsito, chegamos atrasados no trabalho, damos nosso bom dia frio e nos enterramos entre e-mails, relatórios, reuniões sem sentimento, ligações sem simpatia. Passamos dez horas do nosso tempo sem buscar o que nos faz felizes.
Achamos a vida dos outros melhores, porque esquecemos da nossa (daí o sucesso das notícias sobre "celebridades"). Esquecemos de buscar o que nos traz felicidade.
Estamos vivendo somente das pequenas alegrias.
Sim, elas existem no dia a dia, e são importantes, mas o grande objetivo da vida é buscar aquilo que nos dá significado. Você sabe o que dá significado à sua vida?
Pense em algo que lhe dê paz de espírito, que lhe deixa satisfeito, que lhe faça pedir por repetir cada vez mais.
Viva intensamente aquilo que faz, faça com alegria, com uma vontade incrível.
Faça sua vida ser memorável (a todos que encontrar). Não se conforme se lhe falarem que a vida é assim mesmo, pois você sempre pode ser acima da média.
Não faça parte da paisagem, mas sim seja a pessoa que faz a diferença neste mundo.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Beatriz...


Quero descansar neste azul dos teus olhos
Da tua tranquilidade.
Da tua curiosidade de descobrir o mundo
Quero a inquietação.
Do teu riso fácil quero a espontaneidade.
Da tua face clara, limpa, quero a pureza.
Do teu corpo pequeno e frágil a delicadeza.
Para deixar de ser o homem forte.
E ser o homem que entende, que ouve, que se emociona.
Que chora e ri, que sente raiva e pena.
Que transparece além do seu muro de força.
Obrigado por me fazer mais humano, minha filha.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Eu sei mas não devia

(Marina Colasanti)


Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

(1972)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

(...)

Um pouco de mim largado
Em cada um por quem passei
Que amei, deixei pra trás
Um pouco da saudade de cada um
Que fica comigo, que viaja junto
E espalha pelo mundo
Um pouco do mundo que vivi...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Apressando a Vida...

(Roseli Sayão)

O avião em que viajo finalmente pousa. Cautelosa, espero que a aeronave pare totalmente para relaxar por saber que cheguei sã e salva. Estou sentada numa poltrona do corredor e prefiro esperar as portas se abrirem para levantar. Não consigo: sou atropelada por um senhor, com terno de corte fino, que estava sentado ao lado da janela e tem pressa.

Ele nem sequer pede licença para passar ou espera que eu me levante: simplesmente passa por cima de minhas pernas. Aguardo um pouco e, quando a fila caminha em direção à saída, tento sair. Dura empreitada essa: ninguém está disposto a dar passagem porque isso significa chegar atrás, mais tarde. Segundos apenas, mas mais tarde. Encontro-me com quase todos os companheiros de viagem no ônibus que nos leva até o saguão do aeroporto e enfrento a mesma dificuldade para dele descer e chegar à esteira onde pegarei minha bagagem. Estão lá, os apressados, e vão esperar comigo a mala chegar.

A pressa tomou conta de nossas vidas. Corremos desde que acordamos. O banho é rápido -além de tudo, é preciso economizar água e energia-, o café da manhã é tomado com a leitura do jornal ou outra atividade qualquer, os filhos são empurrados para o carro e, com toda a velocidade, enfrentamos o trânsito emperrado para chegar ao nosso destino. É no trânsito, principalmente, que constatamos a pressa de quase todos: é difícil sair da garagem, já que poucos se dispõem a esperar alguns segundos para dar passagem. Passar de uma pista para outra é tarefa para piloto de Fórmula 1: poucos deixam ser ultrapassados.

As crianças percebem desde cedo a nossa correria e a adotam. Quando bebês, os primeiros passos são dados apressadamente para garantir um equilíbrio ainda em desenvolvimento. Daí em diante, é difícil ver crianças andando: correm sem motivo nenhum. E nós, em nossa pressa, achamos natural que corram dentro de casa, na escola, onde as levamos.

Incentivamos a corrida sem fim dos mais novos: queremos que aprendam tudo rapidamente e cedo, de preferência sem exigir muito de nossa parte para que não atrapalhem a nossa própria corrida. É no futuro deles que pensamos? A justificativa que assumimos foi essa. Mas, pensando bem, ela pode ser uma desculpa que construímos para adequar o papel educativo ao estilo de vida corrido que adotamos. Afinal, estimulando e empurrando os mais novos para essa corrida, tantas vezes desrespeitamos etapas de suas vidas, ritmos pessoais etc.

Aonde precisamos chegar com tanta pressa? Ao pensar nessas questões, ocorre-me o personagem do filme "Forrest Gump", que, em determinado momento de sua vida, decide correr. Ele simplesmente corre: sem motivo, sem destino.

Para que não façamos o mesmo, precisamos nos perguntar diariamente: "Por que estou correndo? Será que poderia realizar a mesma coisa com mais calma e melhor?". Desse modo, certamente poderíamos diminuir nosso alto grau de estresse, dedicar mais tempo aos filhos e, assim, ter uma vida melhor com e para eles.

Changes

I feel unhappy, I feel so sad
I've lost the best friend, that I ever had.
She was my woman, I love her so.
But it's too late now, I've let her go.

I'm going through changes.
I'm going through changes.

We shared the years, we shared each day.
In love together, we found a way.
But soon the world, had it's evil way.
My heart was blinded, love went astray.

I'm going through changes.
I'm going through changes.

It took so long, to realize.
And I can still hear her last goodbyes.
Now all my days, are filled with tears.
Wish I could go back, and change these years.

I'm going through changes.
I'm going through changes.

(Black Sabath)

Escutei esta música na entrada de um casamento. Muito estranho...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Quinta Categoria


Hilariante.
O programa Quinta Categoria, apresentado todas as quintas feiras pela MTV é um dos programas mais impagáveis da televisão brasileira.
Marcos Mion e a equipe de atores (Os Barbixas) fazem um show de teatro de improviso super engraçado e contagiante.
O tempo certo da piada, a mente aberta para achar a palavra certa, a expressão corporal, são utilizadas na mais variadas situações criadas com a participação do público. Um achado nesta época em que humor na televisão brasileira está em baixa.
Ok, é uma versão brasileira do Drew Carrey Show (Whose Line Is It Anyway?), onde atores também faziam teatro de improviso de forma surpreendente, mas esta versão brasileira e "jovem", é o tipo de humor inteligente e rápido.
Assista, toda quinta feira, por volta de 22:30 (após o também engraçado Furo MTV).
Vale a pena ir para a sua sexta feira com o espírito leve.

sábado, 3 de outubro de 2009

Mudan...........................ça

É... mudar não é fácil. Normalmente ficamos acostumados aos luxos de frequentar os mesmos lugares, ir todo dia trabalhar na mesma mesa, com as mesmas pessoas, fazer as mesmas tarefas.Há quem diga que a rotina é chata.-Chato e incômodo é ter que mudar.
A rotina é segura. É dentro daquilo que conhecemos. É um porto seguro.
O grande problema é que ela não nos engrandece. Ela nos esconde do mundo. Com a rotina ficamos acobertados o tempo todo.
Estarei novamente em mudança. Novas coisas para fazer, outros ares para conhecer.
Apesar de ter passado por muitas mudanças na vida, o frio na barriga sempre vem. Insegurança? Medo? Até pode ser. Sem estas coisas o homem não cresce (ou vive pouco).
O que sei é que devo estar preparado para as mudanças. Precisamos estar sempre.
Em época de mudança, do desconhecido aparecendo à sua frente, do que necessitamos? - Olhos abertos, ouvidos sensíveis, cabeça rápida. Neste mundo não se perdoa falha. Por isso que vivemos tão poucas descobertas casuais. Tudo é muito calculado, muito certinho.
Mudança que é mudança tem que ter erro, tem que ter acertos(preferencialmente mais que erros). Mudança tem que ter crescimento. Tem que dar sustos e permitir respirar aliviado.
Em toda mudança temos que ter responsabilidade.
O ato de mudar é crítico, mas é a única coisa que traz o progresso.
O que virá, virá. O que será serei eu que farei.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

...

Que o que eu viva não me deixe indiferente.
Que eu consiga me sensibilizar
Diante dos meus irmãos.
Sem embarcar na leviandade destes dias.
Em que somente o "eu" importa.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Coração Navegante


Este mundo está com tanta pressa
Que não consigo sentir saudade de nada.
É tanta gana atrás de tudo
Que nada se vai...
De nada se sente falta.
Morre um aqui, outro nasce ali.
Assim matamos nossos sonhos.
Correndo sempre atrás do que não temos.
Ah, feliz eram os navegantes.
Que saiam em busca de outras terras.
Enfrentavam os mares desconhecidos.
Tinham a vontade de ver o novo.
Sem sentir o medo do não saber.
Sem calcular milimetricamente cada passo.
Uma cruz no pescoço, uma fé imensa.
E o tempo era seu aliado.
E cada aventura na vida digna de um passado.
Digna de uma saudade.
Ah coração navegante.
Deixe um pingo de saudade para cada paixão vivida.
Deixa um sentimento bom em cada um que conhecer.
Pra que eu possa lembrar com carinho de tudo e de todos.
Que cruzaram meu viver.
Despreza esta pressa insana.
Esta pressa de chegar a lugar nenhum.
Pra que eu possa chegar ao coração de todo mundo.
E lá habitar.

Paciência

Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados. .
Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia.
Por muito pouco a madame que parece uma 'lady' solta palavrões e berros que lembram as antigas 'trabalhadoras do cais'..
E o bem comportado executivo? O 'cavalheiro' se transforma numa 'besta selvagem' no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar...
Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma 'mala sem alça'. Aquela velha amiga uma 'alça sem mala', o emprego uma tortura, a escola uma chatice.
O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela.
Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado...
Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais.
Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus.
A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta.
Pergunte para alguém, que você saiba que é 'ansioso demais' onde ele quer chegar?
Qual é a finalidade de sua vida?
Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.
E você?
Onde você quer chegar?
Está correndo tanto para quê?
Por quem?
Seu coração vai agüentar?
Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar?
A empresa que você trabalha vai acabar?
As pessoas que você ama vão parar?
Será que você conseguiu ler até aqui?
Respire... Acalme-se...
O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência...
NÃO SOMOS SERES HUMANOS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL...
SOMOS SERES ESPIRITUAIS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA HUMANA...

O Destino decide quem Você encontra na vida... Suas atitudes decidem quem fica...
TENHA UM ÓTIMO DIA E COM BASTANTE PACIÊNCIA... A VIDA ESPERA.

(dizem ser do Arnaldo Jabor).

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Palavrinhas...

Por mais que a gente grite
O silêncio é sempre maior...

Palavrinhas...

Quando se anda em círculos
Nunca se é bastante rápido...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Un Vestido un Amor


Te vi
Juntabas margaritas del mantel
Ya sé que te traté bastante mal
No sé si eras un angel o un rubí
O simplemente te vi.

Te vi
Saliste entre la gente a saludar
Los astros se rieron otra vez
La llave de mandala se quebró
O simplemente te vi.

Todo lo que diga está de más,
Las luces siempre encienden en el alma
Y cuando me pierdo en la ciudad
Vos ya sabés comprender
Es solo un rato no más
Tendría que llorar o salir a matar.
Te vi, te vi, te vi
Yo no buscaba nadie y te vi.

Te vi
Fumabas unos chinos en Madrid
Hay cosas que te ayudan a vivir
No hacías otra cosa que escribir
Y yo simplemente te vi.

Me fui
Me voy de vez en cuando a algún lugar
Ya sé, no te hace gracia este país
Tenías un vestido y un amor
Y yo simplemente te vi.

Todo lo que diga está de más,
Las luces siempre encienden en el alma
Y cuando me pierdo en la ciudad
Vos ya sabés comprender
Es solo un rato no más
Tendría que llorar o salir a matar.
Te vi, te vi, te vi
Yo no buscaba nadie y te vi.

(Fito Paez)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Eu tentei
De todas as maneiras
Não querer te ver.
Eu tentei
Tapear o que eu queria
Não ver o que todo mundo via
Meu mundo sem graça
Sem você.
Minha vida transtornada
Sem gana, sem vida.
Eu tentei
Juro que tentei.
Mas o que sobrou
Além do seu rosto em minha mente
Do seu sorriso e tua voz
Foi a vontade imensa
De estar contigo.
Eu tento,
Eu tento...
Não sei se consigo.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O PT é um partido sem civismo

O PT é um partido sem civismo.
Demorei para entender isto. O PT não ama nossa pátria, nossa nação, o Brasil.
Dá inúmeras provas disto. Seja na política, seja nas práticas sociais, seja em fazer a nação gostar do Brasil.
O PT só pensa no poder. O poder inebriante que o faz se aliar a seu inimigo político desde seu nascimento ( o PMDB) para se manter no poder.
O poder econômico que faz a Petrobrás parecer a empresa que todo o brasileiro quer (e nenhum participa) mas que terá na presidência o Lula quando o mesmo sair do poder (vou soltar foguetes). Por isso esta propagando alardeada de nossa estatal como a última maravilha do mundo. Mas nada da Petrobrás é utilizado para alavancar o desenvolvimento da nação.
O PT se esforça em pagar seus marketeiros com a Petrobrás e em plena semana da pátria você não vê uma propaganda falando sobre nosso país, nossa nação, algo que eleve nossa moral e orgulho de fazer parte do Brasil.
Inclusive o governo do PT em Joinville cancelou o desfile público de 07 de setembro.
Evento público, perigo de gripe A, apesar dos jogos de futebol, shoppings, supermercados e outros lugares públicos estarem abertos.
Sou do tempo em que tínhamos sessão cívica nos colégio. Onde falávamos e mostrávamos a todos nosso amor pelo Brasil. Onde desfilávamos nas datas cívicas para mostrar a todos as maravilhas do país que amamos.
Cancelar um desfile em lugar aberto é mais uma prova que o PT não gosta do Brasil. Não gosta dos brasileiros.
O PT gosta do poder. E não quer saber quanto custa para se manter nele.
Eu não gosto do PT. Gosto do Brasil.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A Solidão

A solidão é fera
A solidão devora
É amiga das horas
Prima-irmã do tempo
E faz nossos relógios caminharem lentos
Causando um descompasso no meu coração
A solidão...
A solidão dos astros...
A solidão da lua...
A solidão da noite...
A solidão da rua...

(Alceu Valença)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A canção do senhor da guerra


Existe alguém
Esperando por você
Que vai comprar
A sua juventude
E convencê-lo a vencer...

Mais uma guerra sem razão
Já são tantas as crianças
Com armas na mão
Mas explicam novamente
Que a guerra gera empregos
E aumenta a produção...

Uma guerra sempre avança
A tecnologia
Mesmo sendo guerra santa
Quente, morna ou fria
Prá que exportar comida?
Se as armas dão mais lucros
Na exportação...

Existe alguém
Que está contando com você
Prá lutar em seu lugar
Já que nessa guerra
Não é ele quem vai morrer...

E quando longe de casa
Ferido e com frio
O inimigo você espera
Ele estará com outros velhos
Inventando
Novos jogos de guerra...

Que belíssimas cenas
De destruição
Não teremos mais problemas
Com a superpopulação...

Veja que uniforme lindo
Fizemos prá você
Lembre-se sempre
Que Deus está
Do lado de quem vai vencer...

Existe alguém
Que está contando com você
Prá lutar em seu lugar
Já que nessa guerra
Não é ele quem vai morrer...

E quando longe de casa
Ferido e com frio
O inimigo você espera
Ele estará com outros velhos
Inventando
Novos jogos de guerra...

Que belíssimas cenas
De destruição
Não teremos mais problemas
Com a superpopulação...

Veja que uniforme lindo
Fizemos prá você
Lembre-se sempre
Que Deus está
Do lado de quem vai vencer...

O senhor da guerra
Não gosta de crianças

O SENHOR DA GUERRA NÃO GOSTA DE CRIANÇAS...

(RENATO RUSSO

E que futuro tem as crianças que sobrevivem a uma guerra? Tristes vidas jogadas em um mundo destruído? Que lógica existe em destruir famílias por ódio e dinheiro? Que mundo deixaremos para as nossas crianças?

A pedido: INTOCÁVEIS E INVENCÍVEIS

Não tenho mais nenhuma ilusão de um dia ver algum desses criminosos travestidos de parlamentares atrás das grades e devolvendo o que nos roubou. Eles são muitos, e invenciveis.
Sob fogo cruzado de denúncias, juntam-se para se defender, como fizeram PT e PMDB no Senado, embora digam sempre que é pela instituição, a mesma que eles aviltam e apequenam com seus atos.

O dinheiro roubado de nossos impostos, teoricamente, pode até ser recuperado, mas o crime de desmoralizar uma instituição não tem preço.

O que nos resta? Confiar na Justiça? Na Polícia? No ladrão ? Com Sarney e Renan comandando o Senado e espantados com a descoberta das 181 diretorias? A maior parte foi criada pelos dois. O resto, por Jader Barbalho, ACM e Lobão. E pior. Foram criadas por resoluções da Mesa e ninguém reclamou. E mesmo se reclamasse não adiantaria nada. Tudo dentro da Lei, na liturgia do cargo.

Seria um exagero comparar as disputas pelo poder no Congresso com as guerras de quadrilhas pelos pontos de venda de drogas nas favelas cariocas? Só porque uns vendem crack e cocaína e outros, privilégios e ilegalidades? Guerra é guerra, vale tudo na disputa pelos pontos de poder. Se um tiroteio é de balas, o outro é de números e nomes; mas sempre sobram balas perdidas.

Mas, quando o cerco aperta, os dois bandos acertam um armistício: o verdadeiro inimigo é a Policia. Ou, no caso do Senado, a opinião pública. Porque eles não temem a polícia. Nem a justiça.
Eles só tem medo de perder eleição.

Diante do pacto de não agressão entre os dois bandos, resta-nos confiar nos ódios, nas invejas e nos ressentimentos das legiões de apadrinhados que estão perdendo a boca e se vingando de seus traidores. Que muitas falas perdidas encontrem seus alvos.

Diante da certeza de que eles vencerão, que jamais pagarão por seus crimes, que continuarão ricos e corruptos, e até mesmo respeitáveis, resta-nos ridicularizar suas figuras toscas, seus figurinos grotescos, seus cabelos tingidos, suas caras botocadas. Para que suas esposas e amantes leiam, e seus filhos se envergonhem deles no colégio. Como nós nos envergonhamos todo dia.
(Dizem ser de Nelson Motta, mais preocupado com estes pulhas do governo do que em fazer música boa. Será que até nisto este vermes malditos vão influenciar?)

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Chegamos ao fim de agosto

Uma semana de sol... e o último dia de agosto foi melhor que o mês... é até um pecado achar isto.
Mas em mês de cachorro louco (podemos dizer que no senado foi...) o que vocês queriam?
Vai agosto de 2009 e não volte mais...
Que o sol do teu último dia prevaleça até o resto do ano.,.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O poder do perdão


Terminei de ler o livro "A Cabana", de Willian Young.
Confesso que não gosto de livros de auto-ajuda, ganhei este livro no meu aniversário em fevereiro, mas peguei para ler somente agora (tem muita leitura atrasada).
A tônica do livro é o perdão. O perdão que passa por aceitar Deus na sua vida, não como um Deus distante e punidor. Mas um Deus que cuida de você, que te acompanha em todos os momentos, que te inspira nas suas decisões, que te ama mas para isso precisa que você esteja aberto a ser amado.
Não contarei a história do livro, mas o personagem passa por um processo doloroso demais em sua vida, e se fecha para o amor como se a vida não existisse mais.
A partir daí, nega a existência da vida, do bom que a vida lhe traz todo dia.
Isto vai corroendo seus relacionamentos, suas aspirações, não permitindo que o milagre de estar aqui seja vivido em plenitude.
Tudo porque ele não aprendeu o valor do perdão. Perdoar significa estar aberto a pedir perdão para que seu coração esteja apto a perdoar.
Ele fala uma coisa muito importante: Perdoar não significa criar um relacionamento com a pessoa que se perdoa, até porque relacionamento necessita de confiança. Perdão significa ir em frente, sem mágoa, permitindo que coisas novas aconteçam em sua vida. É deixar que o fluxo da vida siga o caminho sem barreiras, mostrando tudo que ela proporciona a você. Perdoar muitas vezes significa voltar a viver.
Se alguma coisa consegui tirar deste livro, é que perdoar significa se permitir ser amado para prosseguir amando. É tirar a mágoa de dentro de você e deixar a vida acontecer. Perdoe e ame mais.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Jogar para a torcida ...

É incrível como existem pessoas que adoram jogar para a torcida.
Fazem um verdadeiro teatro só para se fazerem de "boazinhas", de "boas praças", de protetoras das boas práticas, quando na hora da ação, tiram a mão da coisa e fazem que não vêem.
Na crise do senado, que foi apagada com um rolo compressor pela ala governista, dois senadores "flanaram" na hora da ação, na hora de defender o código de ética do seu partido (o PT, cujo código de ética foi parar na latrina). Simplesmente nada fizeram para que os senadores envolvidos em denúncias fossem punidos (sim, todos).
Os excelentíssimos senhores Aluísio Merca (como diz meu amigo Marco Chiaretti, chamo de Merca para não colocar o pobre do Dante nesta história) e o senhor Eduardo Suplicy não mexeram uma palha pela ética do senado.
Agora, Merca diz que pediria a sua saída irrevogável do comando do partido, alegando questões éticas, e Suplicy mostra um "cartão vermelho" para o Sarney.
Ridículos, mentirosos, Merca deixou claro o seu jogo para a torcida (tenho que parecer bonitinho para o povo), mas desistiu em menos de quarenta e oito horas (após conversar com o seu jóquei, o presidente Lula), o outro fez papel de rídículo e foi justamente ridicularizado em pleno senado (pelo senador Heráclito Fortes "cusparada"), sendo acusado de nada fazer durante a crise para expulsar Sarney do congresso (nem ao menos buscar apoio para isto).
Uma coisa é certa, este povo que elege estes sanguessugas de nossa paciência e dinheiro público tem que lembrar e não reelegê-los, para nada. Nada mais.
Temos que elegê-los para o esquecimento, a indiferença, o que de pior pode existir aos homens públicos.
Principalmente aos que esquecem que ser homem público é servir.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A Crítica Social em Paraíso...

Costumo não ver novelas. Folhetins de televisão passam longe da minha predilção, mas em tempos de chegar em casa e dar um tempo para minha mulher segurando minha filha, tenho visto a novela global das dezoito horas: "Paraíso".
A novela é um remake de uma antiga novela das seis da Rede Globo, mas agora escrita e dirigida por outro autor (Benedito Ruy Barbosa).É a trama onde uma menina criada por sua mãe para ser uma santa se apaixona pelo filho de um fazendeiro que segundo a lenda, cria um diabinho em uma garrafa. Como era de se esperar, a trama ficaria somente entre os encontros e desencontros desta história e as rodadas de viola dos peões de fazenda.
Mas, no meio de tantos escândalos onde a dita Rede Globo ficou em silêncio na sua crítica (claro, um dos maiores anunciantes da mesma é o governo federal), o autor coloca sua crítica social de forma contundente na trama da novela.
A trama passa por um período eleitoral, no qual todas as conhecidas armas dos candidatos são utilizadas, mas ele utiliza as pessoas mais esclarecidas na trama para explicar ao povo como devem ser conduzida estas situações.
Em um momento, vi a Santinha (desculpe, Maria Rita), como professora, explicando que o material "doado" por um candidato não deveria comprar o voto de ninguém, pois o voto deles, do povo humilde e sem instrução, tem o mesmo valor que o voto do candidato, e eram eles que elegiam o poder na cidade e no país. Este voto é tão importante que não deve se dobrar a este tipo de coisa.
Em outra oportunidade, o autor coloca em um diálogo de um casal novo, cujo futuro marido desejava ter muitos filhos, um aviso sobre o controle de natalidade. A futura noiva infoma que era melhor ter menos filhos, mas com educação para ter um futuro melhor.
O melhor é o padre (não lembro o nome agora), sempre atento às jogadas políticas da eleição fictícia da novela, que sempre orienta as pessoas o melhor caminho quanto às armadilhas que os candidatos (em geral) pregam nos eleitores.
E assim a trama segue, apesar do horário ingrato (deveria ser a novela das oito, para ter maior alcance), colocando sua crítica social de forma leve, divertida, sem a maldade e sacanagem pesada dos outros horários. Isto sim é um passatempo bom, com artifícios, como diziam os antigos, das velhas novelas de Dias Gomes, que colocava uma ácida crítica social em suas tramas, falando sobre o governo militar autoritário dos anos 70.
Enfim, um folhetim da Globo com utilidade não apenas de passar o tempo, mas instruir as pessoas.

domingo, 23 de agosto de 2009

Limón y Sal

Tengo que confesar que a veces
no me gusta tu forma de ser
luego te me desapareces
y no entiendo muy bien por qué

No dices nada romántico
cuando llega el atardecer
te pones de un humor extraño
con cada luna llena al mes

Pero a todo lo demás
le gana lo bueno que me das
solo tenerte cerca
siento que vuelvo a empezar

Yo te quiero con limón y sal,
yo te quiero tal y como estás,
no hace falta cambiarte nada.
Yo te quiero si vienes o si vas,
si subes y si bajas y no estás
seguro de lo que sientes

Tengo que confesarte ahora
nunca creí en la felicidad
a veces algo se le parece
pero es pura casualidad

Luego me vengo a encontrar
con tus ojos me dan algo más
sólo tenerte cerca
siento que vuelvo a empezar

Yo te quiero con limón y sal,
yo te quiero tal y como estás,
no hace falta cambiarte nada.
Yo te quiero si vienes o si vas,
si subes y si bajas y no estás
seguro de lo que sientes

Sólo tenerte cerca
siento que vuelvo a empezar

Julieta Venegas - cantora mexicana - grata surpresa no cenário latino americano.

Sempre tem...

Sempre tem uma tristeza...
Um fundo no copo que tomo todo dia.
Uma falta do que não aconteceu.
Um sentimento sem um porquê.
Talvez porque não haja motivo.
Ou faltou coragem pra que ele existisse.
Uma peça... a hora certa.
E não existiu.
Nao foi.
A única coisa que sobrou foi o que não vivi.
Que martela uma saudade do que não aconteceu.
Coração besta.
Se embriaga com restos de nada.
Só do que poderia ter sido.
Mas sempre tem...
Sempre terá.
A tristeza é o combustível dos poetas.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Toca Raul !!!!


Hoje fazem 20 anos que Raul Seixas morreu...

Nunca fui muito ligado no cantor Raul Seixas, mas o letrista irreverente sempre me intrigou, por fazer letras sinceras e muitas vezes poéticas, como a bonita "Mata Virgem", do disco com o mesmo nome.


Mata Virgem

Você é um pé de planta
Que só dá no interior
No interior da mata
Coração do meu amor
Você é roubar manga
Com os moleques no quintal
É manga rosa, espada
Guardiã no matagal

Qual flor de uma estação
Botão fechado eu sou
Se amadurecendo
Pra se abrir pro meu amor
Úmida de orvalho
Que o sol não enxugou
Você é mata virgem
Pela qual ninguém passou
É capinzal noturno
Escuro e denso protetor
De um lago leve e morno
Teu oásis seu amor

Qual flor de uma estação
Botão fechado eu sou
Se amadurecendo
Pra se abrir pro meu amor
Qual flor de uma estação
Botão fechado eu sou
Se amadurecendo
Pra se abrir pro meu amor

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Desabafo em tempo de censura.


Confesso que tenho me segurado de escrever no blog, mediante ao aterrorizante silêncio da mídia brasileira ante aos horrores que nosso senado e nosso congresso tem afligido ao povo brasileiro.

Chego a questionar a importância do senado e do congresso nacional para o povo brasileiro. Quantas leis foram promulgadas neste ano que de fato tragam as soluções para os problemas estruturais de nosso país (habitação, rede de transporte, saúde)?

O que vemos são duas instituições centralizadoras de poder que não possuem contato com a realidade brasileira. Duas instituições que deveriam discutir e decidir o que fazer para que o país e seu povo tenham melhores condições de vida. E nada fazem.

Quantos dias de trabalho estas duas casas perdem investigando atos de corrupção? É tanta CPI que as prioridades ficam perdidas entre as brigas de poder.

Duas casas corrompidas pelo poder. Inebriadas diante de tanta impunidade (tudo podemos), diante de tanto dinheiro e benefícios que pagamos em troca de nada.

O que me estarrece é que nenhum órgão de imprensa combate isto. Devem estar muito bem pagos ou com interesses muito grandes nestas casas. Nada falam, nem quando um parceiro como o Estado de São Paulo é censurado a mando do Senador José Sarney.

Estou enojado com toda a imprensa brasileira, mas principalmente com os donos das redes de jornal e televisão, que assistem a este espetáculo de impunidade e tempo perdido, enquanto nosso povo padece pela ineficiência e corrupção de nossos políticos

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Um post legal...




Decisões

Numa fria tarde de novembro de 1961, quatro rapazes caminhavam à beira do rio Mersey. Ares preocupados, o vento batendo em suas franjas, de vez em quando olhavam para os navios que entravam pelo porto de Liverpool.
Eles lembravam-se, quem sabe, do tempo em que tinham que tocar oito horas para ganhar uns cobres num clube de Hamburgo. Tempos difíceis, é verdade, mas pelo menos não havia a tensão de se ter que tomar decisões, como naquela hora. Então um deles resolveu falar:
"Vamos encarar a realidade, rapazes, isso não vai dar certo." Era Pete Best (o terceiro aí da foto), um rapaz alto, forte e bem apessoado, o baterista do grupo. "Estamos na estrada há anos e até agora só estamos perdendo tempo. Agora, trabalhar para um empresário bicha é o fim da linha."
"Pode dar certo", murmurou George sem muito entusiasmo.
"Eu não acho que devamos desistir", completou Paul. "Acho que ainda podemos ganhar dinheiro com isso."
"Quem poderia substituir você?", completou John, sempre mais frio e pragmático que os outros.
Pete esperava algum tipo de adulação. A pergunta de John deixou-o um pouco incomodado. Ainda assim, não perdeu a pose:
"Pode ser aquele narigudo, o Starkey".
Ninguém respondeu nada. Continuaram caminhando com os rostos enfiados nos capotes. Best, ainda mais incomodado com o silêncio, resolveu abrir o jogo. Disse que sua mãe lhe havia proposto tomar conta de um bar em Penny Lane e ele estava disposto a aceitar. Os outros talvez tivessem ficado com alguma inveja daquela estabilidade financeira tão precoce, mas nada disseram.
O que é bom para nós, pode não ser para você", sentenciou George com ares de filósofo oriental.
Pete animou-se com a resposta e, com pena dos amigos, procurou encorajá-los. Disse que o rock'n roll estava no fim, que ninguém poderia substituir Elvis e que eles deveriam investir na música italiana, estara é que seria a música dos anos 60. No fim, despede-se dos amigos com um abraço.
"Boa sorte, Pete", disse John.
"É isso aí", falou George.
"Obrigado pelos conselhos, mas vamos ficar mais um pouco", finalizou Paul. "Talvez a gente ainda ganhe algum dinheiro com isso."
Pete soltou um longo suspiro. Estava com uma sincera pena de seus amigos. "Vocês é que sabem, rapazes, mas não vão dizer que eu não avisei..."
2
No outro lado da cidade, um narigudo, dono de de um arrojado topete e com a barba por fazer, espera sua namorada sair da manicure lendo sobre a apertada vitória do Blackburn sobre o Warrington pela segunda divisão do campeonato inglês.
"Esperou muito, Ringo querido?"
"Já lhe disse, Maureen, não gosto que você me chame de Ringo. A última coisa que me lembro quando olho no espelho é de um pistoleiro mexicano."
"OK Rick. E quanto àquele negócio, já decidiu?"
"Mamãe acha melhor eu aceitar aquele o emprego de fiscal de vigilância sanitária. Ela disse que eu sou um cara de muita sorte por conseguir passar nesse concurso."
"E a música, Ringo."
"Rick."
"Está bem. E a música, Rick?"
"Não vamos discutir isso de novo. Eu entendo tanto de música quanto você entende de corrida de cavalos."
"Mas você está ficando melhor. Ontem, em Mr. Moonlight você manteve o compasso até o final."
"Você está falando para me agradar."
"Não acho certo que você desista de um sonho."
Richard estava em dúvida. Se havia algo que ele detestava era decepcionar alguém. Sua mãe queria o emprego público, sua namorada queria a carreira artística. No entanto, Richard planejava levar Maureen a um drive-in naquela noite. Se a desapontasse, poderia ter que ficar em casa ouvindo um concerto da BBC ao lado de sua mãe.
"Está bem, vou tentar mais um pouco na música. Ano que vem vão abrir outro concurso mesmo."
"Eu te amo, Ringo."
"Não me chame assim, eu detesto apelidos ridículos."


Blog do Torero... http://blogdotorero.blog.uol.com.br .

quinta-feira, 30 de julho de 2009

...

Por mais que a gente grite,
O silêncio é sempre maior .

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Aos meus amigos.


Hoje é comemorado o dia do amigo.

Aquela pessoa que você escolhe, ou que escolhe você.

O amigo de verdade está sempre com você, mas respeita seu espaço e sua vontade de ficar só (sim, a solidão é necessária).

Ele não precisa necessariamente estar junto com você. O amigo é aquela presença constante na nossa cabeça para as horas em que precisamos de alguém, e é aquela pessoa pela qual você larga imediatamente o que está fazendo para ajudá-la, porque ela é importante para você.

O amigo sempre tem os seus segredos, é isto que o deixa interessante (afinal, dizer que a vida é um livro aberto é coisa para pessoas chatas, que não tem nada de novo para contar).O amigo te respeita, e você respeita ele.

Ele te fala a verdade, por pior que seja, e você nem fica zangado com ele (pode ser até que momentaneamente), mas você perdoa porque na amizade não deve haver espaço para briga e indiferença.

O amigo pode esquecer seu aniversário, mas nunca deixa de ser um presente em sua vida. Ele é o irmão que você escolheu.

E toda escolha só se mantém se for boa para a pessoa. Assim como os amigos.

Aos meus amigos, de todas as horas, que estão próximos, que estão distantes, de todas as épocas de minha vida (sim, foram tantos), feliz dia do amigo.

Posso não estar perto, mas vocês estão nas minhas orações, nos meus desejos de felicidade diário.

Para vocês não há dia, não há hora, há o sempre.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Problemas


Pessoas fogem de problemas. A natureza humana é assim.

Ao primeiro sinal de problemas nós fugimos. Procuramos formas de protelar a hora, o momento, em que a situação desagradável ou pessoa estará em nossa frente para ser enfrentada.

Quantas horas perdemos do dia fazendo isso, ao invés de enfrentar a situação e colocar as coisas em pratos limpos. Nestas horas, ser direto é a melhor coisa a fazer.

Os problemas aparecem sempre. A vida não é uma estrada reta, sem oscilações. Não podemos fugir da realidade. O mundo ideal que se dobra às nossas vontades não existe porque desta forma jamais crescemos.

Enfrente seus problemas rapidamente. Ao enfrentá-lo você cresce e após eles passarem você sentirá uma sensação de paz e confiança. Quem evita os problemas fica angustiado, porque eles vêm de qualquer maneira (algumas vezes maiores do que eram a princípio).

Já evitou algum problema hoje? Enfrente-o (escrevi isso para me inspirar e enfrentar o dia de hoje).

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Filmes de Guerra, Canções de Amor

Os dias parecem séculos
quando a gente anda em círculos
seguindo ideais ridículos
de querer, lutar & poder
as roupas na lavanderia...
o analista passeando na Europa...
as encomendas na Bolívia...
nas fotos um sorriso idiota
os dias parecem séculos
e se parecem uns com os outros
como enfermeiras em filmes de guerra
e violinos em canções de amor
a seguir cenas obcenas
do próximo capítulo
é só virar a página
e o futuro virá...
filmes de guerra, canções de amor
manchetes de jornal, ou seja lá o que for
há sempre uma estória infeliz
esperando uma atriz e um ator
há vida na terra, há rumores no ar
dizendo que tudo vai acabar
(mais uma estória infeliz esperando um ator e uma atriz)
não tenho medo de perder a guerra
pois no fim da guerra todos perdem
no fim das contas as nações unidas
'tão sempre prontas pra desunião
não tenho medo de perder você
desde o início eu sabia
era só questão de dias
um dia iria acontecer
preciso beber qualquer coisa
não me lembre que eu não bebo
o que só nós dois sabemos
nós sabemos que é segredo
há um guarda em cada esquina esperando o sinal
pra transformar um banho de piscina numa batalha naval
agora sinto um medo infantil
mas na hora certa afundaremos o navio
então dê um copo de aguardente
para um corpo sentindo frio
preciso beber qualquer coisa
você sabe que eu preciso
e o que só nós dois sabemos
já não é mais segredos
e alguém, seja lá quem for
tiver que morrer, na guerra ou no amor,
não me peça pra entender
não me peça pra esquecer
não me peça para entender
não me peça pra escolher
entre o fio ciumento da navalha
e o frio de um campo de batalha
chegamos ao fim do dia
chegamos, quem diria?
ninguém é bastante lúcido
pra andar tão rápido
chegamos ao fim do século
voltamos enfim ao início
quando se anda em círculos
nunca se é bastante rápido
(Humberto Gessinger)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Livros para a vida...


Ontem chegaram alguns livros que comprei para a minha filha.


Tenho este hábito de sempre comprar livros, embora ela ainda não leia, mas para que ela saiba da importância da leitura. E no futuro tome gosto pela coisa.


Leio para ela sempre, antes de dormir ou para cortar a televisão, e fazê-la navegar com a imaginação em todos os cenários, situações e diálogos dos livros. Fazer com que ela seja menos visual e que aguce os outros sentidos, a audição, o olfato (sim, com a imaginação os aromas dos lugares, das pessoas aparecem), para que possa desenvolver-se totalmente em seus sentidos.


Outra coisa é compartilhar horas com ela. Hoje cada vez mais estamos delegando para a babá eletrônica (TV) a tarefa de ficar com os filhos. Não quero isto para os meus. Quero estar mais junto. Quero repartir histórias, personagens, lugares, quero criar laços daqueles indissolúveis com minhas filhas.


Mas voltando aos livros, chegaram agora "O gato malhado e a Andorinha Sinhá", de Jorge Amado, uma história de amor entre um gato e uma andorinha - único conto infantil do grande escritor brasileiro, e "O Pequeno Principe", de Antoine de Saint-Exupéry. Histórias que eu gostaria que lessem para mim. Embora um tanto complicadas para uma menina de seis anos.


Quem sabe daqui há alguns anos ela pegue estes livros, e deles tire lições sobre amizade, afeto e dê às pessoas a importância que cada um como indivíduo merece.


Que tal dar um livro a quem você ama?


01 de julho - um dia de sol

Não há tristeza
Nem desencanto com a vida,
Com o mundo e com as pessoas
Que resista à beleza de um dia de sol como hoje.
Fixe na minha alma,
Combata a escuridão destes tempos ruins
E mostre sempre no que eu faça
A força da tua claridade, do teu calor.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Michel Jackson

Não queria falar nada sobre o Michael Jackson.

Não queria falar nada sobre alguém que desde criança foi exposto a fúria incessante da mídia.

Que sofria violência do pai para buscar a excelência no que fazia, apesar de ter pouquíssima idade para assumir responsabilidades.

Que teve a única forma de expressão neste mundo tratada como uma obrigação, excluindo psicológicamente o prazer de fazer arte (que ele fazia com dedicação e primor).

Depois vieram as conseqüências. As acusações de abuso de menores, as esquisitices e excentricidades, as dívidas gigantescas para manter isto tudo, uma multidão de pessoas à volta e uma solidão tratada a base de medicamentos.

A arte foi vencida pela mídia, por esta sanha incessante de ter notícia, de ter o que vender.

E Michael morreu, só, como todo ser humano morre só. A mídia não entende isto, e continua especulando sobre o morto, o que fez, quem ficará com o espólio.

Não queria falar sobre o Michael, só respeitar com o silêncio que todos os mortos merecem. O silêncio da paz que ele sempre buscou, mas que nunca teve.

...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A cultura do mal

Vivemos a cultura do mal.
O papa João Paulo II já falava em suas cartas, sobre a cultura do mal que está se instalando no mundo.
Uma cultura calcada na exploração do ser humano.
Seja na exploração da alma humana que tem que correr atrás do "mais, melhor e maior".
O homem passam a explorar o outro, porque a mídia lhe impõe os ideais de ter.
Sucesso na vida é ter. Ser bem sucedido é ser melhor que o outro. Sempre.
Para isso pessoas se exploram. Passam a suportar pressões terríveis para ser "bem sucedidas". Esquecem do casamento, dos filhos, dos pais, esquecem de si próprio. Tudo para ter.
Esquecem até do prazer de usufruir do que compra. Porque o conseguir é mais importante.
O que isso tem haver com a cultura do mal?
Para satisfazer o ego de possuir do ser humano, empresas exploram os recursos naturais de forma irresponsável, sem pensar em renovação dos mesmos.
Para satisfazer a sanha de ter do ser humano, pessoas são escravizadas economicamente nas regiões mais esquecidas do planeta, onde trabalham a salários baixíssimos sem garantias legais.
Tudo para satisfazer a sede de ter do ser humano.
Pessoas são escravizadas com a exploração do corpo, porque sexo vende mais fácil. Pessoas são escravas sexuais, e são vendidas para este fim. Tudo em nome do prazer pessoal (sexo é bom quando é bom para duas pessoas).
O ser humano está perdendo a noção do prazer pelo ser.
Do prazer de compartilhar o que se consegue com o trabalho limpo, sem exploração desnecessária.
Está se entregando a esta cultura do mal, que gera milhares de infelizes no planeta.
Uma multidão que não consegue os ideais inatingíveis de mais, melhor e maior.
Que se revoltam com isso e seguem o caminho do mal.
E a falta de respeito ao ser humano só faz aumentar.
E as horas parecem voar, na roda viva de conseguir, conseguir, conseguir.
Combata a cultura do mal.
Curta o que você conseguiu com seu trabalho.
Adore o seu trabalho, aproveite as horas do seu dia.
Compartilhe as coisas que você tem. O maior prazer da vida é proporcionar felicidade.
Felicidade é construir uma família, é ter amigos, é aproveitar tudo o que se tem com quem se ama.
Você não é o que possui, mas tudo aquilo que proporciona com o que possui.
Isto não exclui você. Se doe à vida, às pessoas que ama.
É um bom caminho para a felicidade.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Gripe A

O Brasil assustado com a Gripe A? Somente no ano passado tivemos mais de 80 mortes por casos de dengue, de um total de 75 mil casos diagnosticados.
Gripe suína é ficha perto desta desgraça social que é nosso país...

terça-feira, 23 de junho de 2009

Ame

Ame
Seja como for
Sem medo de sofrer
Pintou desilusão
Não tenha medo não
O tempo poderá lhe dizer
Que tudo
Traz alguma dor
E o bem de revelar
Que tal felicidade
Sempre tão fugaz
A gente tem que conquistar
Por que se negar?
Com tanto querer?
Por que não se dar
Por quê?
Por que recusar
A luz em você
Deixar pra depois
Chorar... pra quê?

(Paulinho da Viola)
Mais uma vez José Sarney e o senado brasileiro está envolvido em outro escândalo.
Na torre inabalável do poder estabelecido em Brasília, eles fazem a farra de gasto de dinheiro público com salários escaradamente altos para as funções que são desempenhadas.
Ontem, vi um absurdo deste cidadão falando que um motorista de 25 anos de casa ganha R$ 12.000,00 mensais.
É... motorista do senado com PHD em física não é uma coisa muito normal (este deve ter).
Gente, 12 mil reais é um salário muito bom (nada contra o motorista, deve ser eficiente, trabalhador e deve ter qualidades), mas é um salário alto demais. Nosso país não pode conviver com gastos acima dos serviços oferecidos pelo governo.
Os funcionários públicos devem estar putos da vida com este governo. De um lado uma multidão que ganha salários de fome e de outro cidadãos com salários avantajados em relação aos serviços que prestam.
É preciso repensar a forma de remuneração dos funcionários públicos. Afinal, eles decidiram pelo patrão que querem ter. Fizeram concurso, sabem das regras.
O que não se pode admitir é que eles procurem ganhar mais do que na iniciativa privada, sem apresentar resultados. Nosso governo se especializou em remunerar bem a mediocridade do funcionário público.
Não equipa a máquina pública bem o suficiente para gerar resultados, e não quer gerar resultados para a população. Isto gera uma multidão de pessoas que trabalham na área pública e acham normal fazer sua função sem gerar resultado e ficar brigando para ter um salário melhor que a iniciativa privada.
Não que inexistam exemplos de funcionários públicos. Uma grande parte é trabalhadora e briga mesmo para gerar um serviço bom. Mas na média nacional, o que reina é a mediocridade para baixo, mas com salários altos para o que fazem.
Reflexo dos altos escalões do governo, que acha melhor gastar com salários do que com serviços que beneficiem a população. Com obras que dariam progresso para o Brasil.
Pode ser controverso falar disto, muitos funcionários públicos podem até se revoltar, mas olhando para o cenário atual, é isto que se vê. Prefeituras, órgãos públicos, governos estaduais e federal cheios de pessoas apadrinhadas, concursados e outros empregados que nada fazem para melhorar o serviço público, estão lá pela garantia de retirada de salário.
É a vida como ela é, como dizia um grande dramaturgo brasileiro.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Canto do Povo de Algum Lugar

Todo dia
o sol se levanta
E a gente canta ao sol de todo dia
Finda a tarde a terra cora
E a gente chora porque finda a tarde
Quando a noite
a lua mansa
E a gente dança venerando a noite

(Caetano Veloso)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Cala boca palhaço !!!

Nelson Jobim é um palhaço... de longa data.
É o imbecil que promulgou a lei que permite que presidiários possam passar o dia das mães, natal, dia dos pais, aniversário da cidade, dia da pipoca, qualquer data fora do presídio (mais de 50% não retornam e viram foragidos).
Este mesmo imbecil em plena crise aérea veste-se de militar (rapaz, o ministro é civil), para dar ordens em assuntos dos quais ele é completamente leigo (parece uma criança grande brincando de soldado).
E este imbecil é o mesmo que sem saber ao certo se os destroços do vôo 447 da Air France foram achados, reúne as famílias para falar sobre o encontro dos mesmos.
" A nossa indignação é uma mosca sem asas, não ultrapassa as janelas de nossas casas. Indignação, indigna, indigna nação".
Somente o povo brasileiro (no qual me incluo) para aguentar um governo que tem um idiota destes como ministro da defesa.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Vitória, Espírito Santo

Vitória é uma cidade legal. Sempre gosto de vir aqui. Geralmente fico a beira mar em Camburi, onde a prefeitura colocou uma infra estrutura de tirar o fôlego. Campos de futebol de areia, quadras de vôlei, abrigos grandes com o nome dos postos para localização, enfim, tudo o que é certo para que a praia seja um lugar confortável e com prática sadia de esporte para os cidadãos. Além disso, possui uma ampla área para ciclismo e caminhada, coisa que os capixabas aproveitam durante todo o dia.
É bom quando o dinheiro público é bem gasto em benefício da população. Quando vemos isto, temos é que falar.
Gosto mesmo de Vitória e região, o último reduto de litoral parecido com o litoral catarinense. Depois sobe-se ao nordeste e vemos apenas falésias em frente ao mar, sem as grandes formações de pedras que vemos até aqui.

Um litoral ,muito bonito mesmo.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

"No Brasil, direitos humanos é coisa pra bandido"


Incrível o comentário da Anistia Internacional sobre como o Brasil trata das questões de direitos humanos.

Vemos na mídia sempre os grupos de direitos humanos trabalhando quando o estado trata das pessoas com posições repressivas.

É que o estado brasileiro tem somente esta preocupação. Reprimir. Reprimir as pessoas que não possuem o mínimo de condições para viver e ter uma ocupação lícita.

O estado brasileiro não fornece devidamente nada que nossos direitos humanos necessitam. Educação, saúde, habitação, saneamento básico, transporte, programas para geração de renda, estrutura para que empresas possam gerar empregos e desenvolvimento.

O estado brasileiro, a estrutura do governo brasileiro é inepta para gerenciar seus recursos e prover o mínimo para que os direitos humanos sejam gozados em plenitude.

O resultado desta ineficiência do estado brasileiro é uma multidão de abandonados. Pessoas sem estrutura de moradia, de educação, de condições de saúde e sem renda, com gerações de marginalizados que trangridem as leis impostas pelo estado, gerando criminosos e pessoas que nunca enxergaram os limites entre o moralmente aceito ou não.

Para estas pessoas, a repressão.

Para estas pessoas, que estão na mídia, os grupos defensores dos direitos humanos.

Daí falarem que os grupos de direitos humanos defendem apenas os bandidos. É onde eles aparecem para a mídia.

Vocês já viram grupos de direitos humanos brigando no congresso ou no senado federal por melhores condições para a população?

Nunca vi (pode ser até ignorância minha). Mas eles deveriam ser notícias também trabalhando em projetos de saneamento, de educação, de transporte público, de geração de renda, para evitar que pessoas só tenham como condição de vida transgredir as leis.

Não defendendo marginais na televisão.

Por isso, o relatório da Anistia Internacional não é de todo errado.

É o que é visto.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Para pensar...


Nunca faça parte da paisagem...
Se você está em algum lugar, em alguma empresa, em algum grupo, fazer parte da paisagem é continuar com a mesmice da coisa.
Você tem que fazer a diferença, fazer o diferente. Claro que não precisa ser todo o dia, toda a hora, mas pensar e fazer diferente pode ser o que te faz se destacar ante a mediocridade do mundo.
Vivemos em mundo onde a mediocridade (diga-se aqui, ser na média) é o padrão. O problema é que se vivermos em um mundo medíocre, que inovações teremos? Para onde irão todos os anos de preparação em escolas, faculdades, pós-graduações, enfim, todo o estudo que investimos? Nos preparamos para sair do normal.
Temos que em algum momento fugir da mediocridade e fazer algo diferente.

Porque fazer parte da paisagem é ser apenas mais um.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

O mundo sem mulheres


Concordo plenamente...


O mundo sem mulheres!

O cara faz um esforço desgraçado para ficar rico pra quê?
O sujeito quer ficar famoso pra quê?
O indivíduo malha, faz exercícios pra quê?
A verdade é que é a mulher o objetivo do homem.
Tudo que eu quis dizer é que o homem vive em função da mulher.
Vivem e pensam em mulher o dia inteiro, a vida inteira.
Se a mulher não existisse, o mundo não teria ido pra frente.
Homem algum iria fazer alguma coisa na vida para impressionar outro homem, para conquistar sujeito igual a ele, de bigode e tudo.
Um mundo só de homens seria o grande erro da criação.
Já dizia a velha frase que 'atrás de todo homem bem-sucedido existe uma grande mulher'. O dito está envelhecido. Hoje eu diria que 'na frente de todo homem bem-sucedido existe uma grande mulher'.
É você, mulher, quem impulsiona o mundo.
É você quem tem o poder, e não o homem
É você quem decide a compra do apartamento, a cor do carro, o filme a ser visto, o local das férias.
Bendita a hora em que você saiu da cozinha e, bem-sucedida, ficou na frente de todos os homens.
E, se você que está lendo isto aqui for um homem, tente imaginar a sua vida sem nenhuma mulher.
Aí na sua casa, onde você trabalha, na rua. Só homens.
Já pensou?
Um casamento sem noiva?
Um mundo sem sogras?
Enfim, um mundo sem metas.


ALGUNS MOTIVOS PELOS QUAIS OS HOMENS GOSTAM TANTO DE MULHERES:
1- O cheirinho delas é sempre gostoso, mesmo que seja só xampu.
2- O jeitinho que elas têm de sempre encontrar o lugarzinho certo em nosso ombro, nosso peito.
3- A facilidade com a qual cabem em nossos braços.
4- O jeito que tem de nos beijar e, de repente, fazer o mundo ficar perfeito...
5- Como são encantadoras quando comem.
6- Elas levam horas para se vestir, mas no final vale a pena.
7- Porque estão sempre quentinhas, mesmo que esteja fazendo trinta graus abaixo de zero lá fora.
8- Como sempre ficam bonitas, mesmo de jeans com camiseta e rabo-de-cavalo.
9- Aquele jeitinho sutil de pedir um elogio.
10- O modo que tem de sempre encontrar a nossa mão.
11- O brilho nos olhos quando sorriem.
12- O jeito que tem de dizer 'Não vamos brigar mais, não..'
13- A ternura com que nos beijam quando lhes fazemos uma delicadeza.
14- O modo de nos beijarem quando dizemos 'eu te amo'.
15- Pensando bem, só o modo de nos beijarem já basta.
16- O modo que têm de se atirar em nossos braços quando choram.
17- O fato de nos darem um tapa achando que vai doer.
18- O jeitinho de dizerem 'estou com saudades'.
19- As saudades que sentimos delas.
20- A maneira que suas lágrimas tem de nos fazer querer mudar o mundo para que mais nada lhes cause dor.


(Apócrifo, mas dizem que é do Arnaldo Jabor)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Tudo novo de novo

Vamos começar
Colocando um ponto final
Pelo menos já é um sinal
De que tudo na vida tem fim

Vamos acordar
Hoje tem um sol diferente no céu
Gargalhando no seu carrossel
Gritando nada é tão triste assim

É tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos

Vamos celebrar
Nossa própria maneira de ser
Essa luz que acabou de nascer
Quando aquela de trás apagou

E vamos terminar
Inventando uma nova canção
Nem que seja uma outra versão
Pra tentar entender que acabou

Mas é tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos

(Paulinho Moska)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sobre responsabilidade...

Domingo vi na televisão o depoimento da mãe do deputado Fernando Carli Ribas Filho falando sobre o acidente que seu filho causou em Curitiba, vitimando duas pessoas. O deputado estava em estado de embriaguez e dirigia em alta velocidade, vindo a colidir na traseira do carro das vítimas, destruindo completamente o carro e matando duas pessoas.

Ela estava sem palavras " A gente não sabe o que dizer. Criamos os filhos com carinho, boa educação, dando todos os bons caminhos para seguir, e vem a vida e nos tira o chão quando eles fazem tudo ao contrário do que ensinamos".

Confesso que ao contrário dos que falam os céticos, que foi uma conversa encaminhada pelos advogados da família, acho que ela foi sincera.

Com nossos filhos só podemos fazer isto. Encaminhar, dar o bom exemplo, educar, prepará-los para aproveitar as oportunidades da vida. Além disso, devemos sempre falar que para tudo nesta vida devemos ter responsabilidade.

O deputado que era solteiro, tinha 26 anos, sabia da responsabilidade de seus atos. Dirigir em alta velocidade totalmente embriagado é um ato irresponsável, que merece punição. A imprensa, ávida por sensacionalismo, colocou a pobre mãe deste jovem para falar, esperando uma declaração em defesa do filho.

A declaração dela foi reveladora, "criei meu filho, encaminhei o melhor da educação, carinho e conselhos, mas ele tem que assumir as coisas que faz".

O que ela fez foi de relevante valor para a sociedade. Temos que criar pessoas capazes, inteligentes, bem sucedidas, mas que assumam a responsabilidade pelo que fazem.

É uma pena que muitos pais apenas provêem os filhos das coisas, sem criar neles a responsabilidade. Então temos crianças grandes, que somente conseguem as coisas, mas não possuem responsabilidade alguma.

Que saibamos seguir o exemplo desta mãe, e colocar para nossos filhos que a responsabilidade existe para tudo neste mundo.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Cadernos de Saramago

Um blog interessante para os que amam literatura e gostam, como eu, de José Saramago.

http://caderno.josesaramago.org/

Doído

As vezes
O coração fica tão doído
Como se a felicidade nunca fosse plena
E em total normalidade da vida
Onde tudo corre às mil maravilhas
Ele fica doendo
Como um dente em dia de frio
Lembrando de uma dor que não existe

É a insatisfação desse coração
Que toma conta de mim as vezes
Sem se ligar em toda a grandeza
Da vida de hoje
Como se faltasse na completude do momento
Alguma coisa que nunca se teve
Um amor a mais
Um olhar perdido
Um quem sabe... um talvez
Que sabota esta felicidade

É... a dor é uma constante em meu coração
Que sangra em verso
Que derramo no universo.

Uma dor que sinto sem sentir
Como o amor é dor que dói sem doer

O homem só

Ele é um homem só
Contra todo mundo
O seu coração está um caco.
Sem ter esperanças
Será que algum dia encontrará a paz?
Que nunca encontrou.
Ele vai a praia
Se isolar da realidade
Mergulhar no alto mar
E lá do fundo se perguntar:
(-Onde estão meus amigos?)

...Olhe para mim.
Eu tenho amor pra dar
Não sou tão ruim
Não quero ser um só, somente um
Quero me expandir,
Me multiplicar.
Quero me espalhar
Como a areia se espalha pelo mar...

(Edgard Scandurra)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Cléo Pires, seis quilos mais magra, e agora feia

(Concordo plenamente)


Quando Cléo Pires apareceu, decidi que era uma das coisinhas mais deliciosas que já agraciaram meu televisor. Uma mistura muito exótica de cabocla brejeira e carioca convidativa, lânguida e pequerrucha. A última coisa que quero é ver Cléo com barriga tábua, sem bochechas e sem curvas na capa da “Boa Forma” deste mês.

Triste, mas previsível. Não tem erro. Mulher bonita tem que enfeiar para virar assunto. A única pauta de revista feminina é magreza. E quão rápido dona mocinha perdeu x quilos. Os adjetivos são engraçados, “poderosa”, “linda” e invariavelmente “supersexy”.

Na minha experiência, homem acha mais frequentemente sexy mulher com curvas e carne. Vai ver que nos milhões de anos de evolução as mulheres mais rolicinhas tinham mais chance de serem boas parideiras, ou talvez isso seja uma explicação simplista? Machista? Burra?

De qualquer forma, não precisa ter as coxas da ninja do funk. Basta parecer saudável e, uhn, gostosa.

Nem isso quer dizer que uma mulher não possa ser magra e sexy, gorda e sexy, velha e sexy, preta ou amarela ou banguela ou perneta e sexy. Ou criança e sexy, falando nisso; e é só ter filho pra ficar chocantemente claro como eles são serezinhos com sexualidade, e sensualidade, muito próprias.

Tem moças que são e sempre foram magruças e belas, e continuam magruças e belas. Ótimo. O ponto que me chateia é a padronização da gostosura. E a padronização seguindo parâmetros que não me falam aos hormônios.

Não digo nem o padrão famélico e odioso das modelos de passarela. Falo das celebridades do mainstream mesmo, e das brasileiras que vão atrás dessas matérias idiotas dessas revistas idiotas. Cléo Pires não tem DNA para ser Kate Moss. Quanto tenta, fica esquisita, feinha e pouco sensual.

Relaxem, garotas. Mesmo que estejam com uns quilinhos a mais que o padrão maluco deste mês. Melhor umas curvas a mais que a menos. E não esqueçam as palavras imortais de Xico Sá: homem que é homem não sabe a diferença entre estria e celulite.

(André Forastieri)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Beatriz

Como poderia não te amar
Você veio como um sopro de suavidade
Em uma vida que insistia em ser árida
Em um coração que sangrava demais, a ponto de estar seco
Você veio sem nada falar
Somente mirando seus olhos azuis
E mostrando suas necessidades
Tão frágil, tão desprotegida
Mas tão forte, a ponto de me fazer chorar de felicidade
De me fazer conversar contigo
Como se você entendesse cada palavra
Que respondes com um bocejo, com um sorriso involuntário
De inocência, de tanto amor
E assim te embalo, te faço dormir
E assim projeto meus sonhos
Com a tranquilidade com que o mundo passa para você
Minha flor,
Meu amor,
Beatriz.

(tão nova e tão bonita, com 11 dias, Beatriz, minha segunda filha)

quinta-feira, 30 de abril de 2009

(...)

Corri para o mundo
Sem medo de ser o primeiro
Sem vergonha do que viam
Sentindo o vento em meu rosto
E a felicidade de estar em movimento.
Corri para o mundo
Com a vontade de encontrar
Com o fôlego quase esgotado de tanta vontade
De chegar a algum lugar
E daí partir

Ah, esta vontade que não acaba
Esta pressa insaciável
Que não me faz aproveitar

O encontro, o beijo, o carinho,
O estar junto.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Olhos Profundos

Muito bom...


Feito um menino que permite ao coração
Sair correndo sem destino ou direção
Que vire vento e sopre feito um furacão
Que nesse fogo por amor eu ponho a mão
E até permito as cantorias da paixão

O velho barco toda vez que vê o mar
Fica confuso, com vontade de zarpar
E ver o mar às vezes bem que é preciso
Pra ter certeza de ainda estar-se vivo
Mesmo que o casco esteja velho e corroído

Como uma estrada que vai dar não sei aonde
Por meu destino o coração é quem responde
Braços abertos pra se ver a luz do peito
Com grande amor que seja puro amor refeito
Olhos profundos não me olhem desse jeito

(Renato Teixeira)

quarta-feira, 8 de abril de 2009

(...)

Ah coração, por que insistes em contrariar o bom senso?
Por que viajas em devaneios quando o certo é outra coisa?
Por que martelas tão fortemente tua vontade a cada instante, a cada batida?
Desvias meus pensamentos certos, para caminhos desconhecidos.
Fico perdido, entre a lógica e o querer incessante de teus desejos.
Te aquieta, cala-te, me deixe seguir o caminho acertado.
Não me faça ter dúvida, a eterna dúvida que me faz perder o hoje
E me faz viver a eterna dúvida do não vivido...

Eterna dúvida de teus desejos levianos...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Pessoas, Processos e Cultura

Existem gestores que ignoram regras básicas de administração de empresas. Acham que podem chegar ditando mudanças sem observar os pilares básicos presentes em qualquer organização. As pessoas, os processos e a cultura.
Ditam novas normas, fazem mudanças no ambiente de trabalho, e depois se questionam do porque que as coisas não dão o resultado esperado.
Mudar dentro de uma empresa tem que ser entendido como um mudar pessoal. Cada mudança em nossa vida requer adaptações na gente e nos nossos pares, no nosso agir e no nosso pensar. É uma coisa complexa. Mudar dentro da empresa tem a mesma complexidade, já que uma empresa é basicamente uma extensão de nossa vida. Em nossa vida pessoal queremos manter ou elevar a forma como interagimos com o mundo. As empresas sempre querem manter ou elevar suas relações com o mercado, obter lucro, aumentar vendas, ser reconhecida positivamente pelo mercado e pela comunidade.
Então porque muitos pensam que as mudanças por decreto funcionam?
Pessoas podem até ser mudadas na empresa, mas se os processos e a cultura não forem respeitados e alterados paulatinamente, é quase cem por cento que uma mudança de pessoas não surte o efeito desejado para a empresa.
Os processos podem ser alterados, mas se as pessoas e a cultura da empresa não estiverem preparadas e conscientes do porque da mudança, também tem efeito nulo ou negativo no resultado da companhia.
E a cultura empresarial? Esta é a de maior importância pois define a forma como a empresa se apresenta. Mudar a cultura empresarial é uma fase que demanda muito tempo. Anos e anos com avanço tímido, mas possível. É difícil pois as pessoas e os processos são moldados dentro de uma cultura, de uma identidade empresarial que transforma a empresa no que ela é, na forma como é vista pelo mercado.
Por isso mudanças nas organizações tem que observar estes três pilares, para que sejam efetivas e conquistem um lugar na cultura da empresa. Você tem que treinar as pessoas e mostrar o porque das mudanças, os problemas que levam à mesma e as vantagens de efetuar as alterações propostas. Você tem que mexer em processos para que as pessoas conheçam o caminho a trilhar no seu dia a dia. Desta forma, com consciência das pessoas e estabelecimento de processos que respeitem a cultura da empresa, modificando-a paulatinamente, certamente os caminhos propostos pelos gestores são seguidos e alcançam os resultados propostos.