domingo, 28 de outubro de 2007

Tão longe e tão perto...

Antes eu apenas via...
Observava os seres humanos. Seu caminhar pelo mundo...
Via as coisas boas que eles faziam, bem como as coisas erradas.
Soprava em seus ouvidos meus conselhos (para ajudar o livre arbítrio).
Era apaixonado pela vida deles... pelo querer constante deles... pela busca frenética da felicidade.
Queria ser igual a eles... sentir o gosto das suas comidas, sentir a gravidade em meu corpo, sentir o toque das mãos, a água da chuva.
O Senhor ouviu meu pedido, quando notei, estava andando com eles, conversando com eles, jantando e bebendo com eles...,
Senti as coisas boas entre eles, o seu amor, sua compaixão, sua felicidade...
Mas pude sentir as coisas más: a violência, o ódio, a fome, a sede, o desamparo... a solidão.
Pude ver porque eles são tão fascinantes e ao mesmo tempo tão desamparados...
Pude sentir por eles a mesma compaixão que Deus tem.
E saber porque Ele nunca condena ninguém.
Os homens são capazes de sempre fazer coisas boas, apesar de todo o mal que fazem...
Conseguem ser amados, pois são tão divinos na forma de ser...
E senti porque ele precisa de nós, anjos.

(veja Tão Longe e Tão Perto - excelente filme alemão/americano, filmado em Berlim) - pura poesia em tela.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Manhãs de Domingo

Nas manhãs de domingo parece que todos olham prá você
Atravessando as ruas sem olhar pro farol, nas manhãs de domingo
Parece que a noite valeu a pena...
Nas manhãs de domingo, conversando com os amigos invisíveis
Seu rosto ainda reflete a noite que passou...
Você chega em casa, com a cabeça em outro lugar
Seu rosto ainda reflete, uma grande felicidade
Sua família o esperava, já é hora do almoço
Todos lhe olham, mas você não vê ninguém,
Sua cabeça está em outro lugar...
Parece que realmente a noite valeu a pena....

Manhãs de domingo, da recém falecida banda Ira! - 1988 - no auge dos meus 17 anos, nada representa melhor esta época !!!

Sobre estar só...

"Sobre estar só... eu sei... nos mares por onde andei..." canta Marcelo Camelo, enquanto leio minha Piauí na sala...
Penso em quantas vezes nos sentimos sós, mesmo no meio de multidões...
Em meio a reuniões, no trabalho, em casa, morando com outra pessoa, a solidão é mais do que estar só fisicamente.
Seu pensamento fica isolado do mundo... você quer se abrir, mas a crença que o mundo não pode lhe ajudar mantém você no casulo do silêncio...
As pessoas lhe falam, mas a atenção está em outro lugar...
Será que é depressão? Pode ser que sim, pode ser que não... Pode ser apenas comodismo com a solidão... pode ser uma fase de recolhimento... falar com outras pessoas pode ser complicado...
Melhor mudar a música !!!