domingo, 28 de outubro de 2007

Tão longe e tão perto...

Antes eu apenas via...
Observava os seres humanos. Seu caminhar pelo mundo...
Via as coisas boas que eles faziam, bem como as coisas erradas.
Soprava em seus ouvidos meus conselhos (para ajudar o livre arbítrio).
Era apaixonado pela vida deles... pelo querer constante deles... pela busca frenética da felicidade.
Queria ser igual a eles... sentir o gosto das suas comidas, sentir a gravidade em meu corpo, sentir o toque das mãos, a água da chuva.
O Senhor ouviu meu pedido, quando notei, estava andando com eles, conversando com eles, jantando e bebendo com eles...,
Senti as coisas boas entre eles, o seu amor, sua compaixão, sua felicidade...
Mas pude sentir as coisas más: a violência, o ódio, a fome, a sede, o desamparo... a solidão.
Pude ver porque eles são tão fascinantes e ao mesmo tempo tão desamparados...
Pude sentir por eles a mesma compaixão que Deus tem.
E saber porque Ele nunca condena ninguém.
Os homens são capazes de sempre fazer coisas boas, apesar de todo o mal que fazem...
Conseguem ser amados, pois são tão divinos na forma de ser...
E senti porque ele precisa de nós, anjos.

(veja Tão Longe e Tão Perto - excelente filme alemão/americano, filmado em Berlim) - pura poesia em tela.

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