sábado, 3 de novembro de 2007

Muitas formas e nenhuma voz!!!

Estou prestes a perder minha avó. Ela não mora próximo, mas no interior do Paraná.
Fico pensando na possibilidade (que é real e existe), de perder as pessoas próximas.
Fico pensando em quantas possibilidades criamos de se comunicar, mas não o fazemos.
Neste instante eu poderia estar ligando prá você, pra outra pessoa que um dia fez parte da minha vida. Ligando para um irmão, para meus pais.
Não fazemos, não nos comunicamos, e temos satélites, celulares, telefones, orkuts, e-mails mil, e nunca nos falamos.
Os tambores, as cartas, os encontros, os abraços ficaram fora de moda.
Nas horas em que estamos para nunca, nunca mais ver uma pessoa, ficamos pensando nas possibilidades que tivemos de estar presente, mas não ficamos.
O mundo da facilidade da comunicação roubou, na sua forma, a vontade que temos de comunicar.
Nisto perdemos a sensibilidade de saber do outro, de encontrar o outro.
E ficamos nos penitenciando na hora do adeus, em que não haverá outra possibilidade de contato.
Perdão minha avó, por não ter ligado, obrigado pelo pouco contato que tivemos, que foi da melhor ternura, do amor de avó que mesmo distante, nunca foi abalado.
Ciao ragazza!!

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