quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Água na Areia


todo tempo é passado
todo amigo é maré
vai e vem
igual chuva no telhado

escorre a tempo
e pois é
na areia
água na areia

(Oswaldo Montenegro)

Pois é, mais um ano se vai... amigos vem, amigos vão, como ondas na praia, insistindo sempre em sua vida, e modificando um pouco a cada dia quem você é.
Que mais anos venham, com novas coisas para sentir, realizar, amigos novos e os da vida toda para compartilhar tudo de bom que há de vir.

Obrigado aos amigos de todas as horas.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Das coisas que aprendi com minha filha

Acreditar, sem ver as barreiras para se fazer o que quer.
Falar, sem filtrar muito as palavras.
Imaginar, contando histórias para me distrair.
Aprender, sem o muro de tudo que já vi.
Rezar, crer que alguém muito grande está nos escutando e dormir no meio da oração.
Amar, sem razão, até quem é duro com você as vezes.
Brincar, sem ter tempo para acabar.
Viver sem pressa, até porque não há muitos lugares para ir além de nós mesmos.
Ser amigo, sem ver a quem, sem reserva.

Por isso que sou apaixonado por ela. Por tudo isso que reaprendi.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Fim de ano...

Que rápido... já estamos em 2009. Que mania ridícula que temos de fatiar a vida em pedaços que contamos para o fim...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Pensar em Você


É só pensar em você
Que muda o dia
Minha alegria dá pra ver
Não dá pra esconder
Nem quero pensar se é certo querer
O que vou lhe dizer
Um beijo seu
E eu vou só pensar em você
Se a chuva cai e o sol não sai
Penso em você
vontade de viver mais
Em paz com o mundo e comigo
Se a chuva cai e o sol não sai
Penso em você
Vontade de viver mais
Em paz com o mundo e consigo

(Chico César)

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Da dor de perder...


Vendo uma reportagem na televisão, sobre a enchente na cidade de Jaraguá do Sul, fiquei realmente comovido com o drama de um homem, que em um desmoronamento de encosta perdeu a mulher e três filhas.
Sinceramente, não sou de ficar comovido com dramas que vejo na televisão (até porque nossos telejornais viraram um reporte de desgraças, como se somente a podridão da alma humana fosse digna de notícia), mas esta reportagem em especial me comoveu pois este homem chorava copiosamente e eu, como pai de uma menina, me imaginei na mesma situação.
Ele tentou desesperadamente salvar sua mulher e suas filhas, mas o desmoronamento foi rápido demais, sem dar tempo para que ele pudesse socorrer as filhas e sua mulher no quarto onde estavam.
A dor estampada no choro diante das câmeras foi real. Foi o choro desesperado de quem perdeu tudo: sua casa, sua família, o amor que havia entre eles, toda a base que um homem precisa para se equilibrar e viver.
Chorei com ele. Uma dor que passa adiante é uma coisa impressionante. Derruba todos os muros de indiferença que possamos ter. Tira nossa casca de força (só os fortes sobrevivem neste mundo) e nos faz ter empatia. Se colocar no lugar do outro.
Que Deus (ou uma força superior para os descrentes) esteja junto a este homem. Que a família, seus irmãos e amigos dêem a ele o apoio necessário para que a vida possa seguir, e novas alegrias possam chegar.
Que a desgraça do mundo não seja a única coisa que nos faça ter sensibilidade, e sim a beleza, a poesia e a alegria de viver neste mundo.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Coração de Todo Mundo


Batendo pernas
Correr mundo afora
Vitrine do mundo
Lugares à mão
Ir onde seus olhos forem
Seguindo as palavras secretas do seu coração
Descer os rios da vida.
Pegar avenidas, escadas,
Ladeiras, metrôs
Conhecer tudo que é esquina
Nas águas das linhas estreitas de um ferry-boat
Coração de um mundo inteiro
Um abraço estrangeiro e tão familiar
Até se encontrar
Vestir estampas de Bali
As jóias da Itália
E o xale das moças de avis
Sentir no ar o perfume barato
Dos becos escuros da Velha Paris
Pegar um barco de junco
Um cesto de vime
Deixando pra sempre Xangai
Tomar os mares de Espanha
"No creio en las brujas
Pero que Las Hay, Las Hay"
Coração de um mundo inteiro
Um abraço estrangeiro e tão familiar
Até se encontrar

(Oswaldo Montenegro)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Estou em Salvador, que pena!


Estou em Salvador, na Bahia.
Estou hospedado bem na cidade histórica, com suas igrejas ornadas com ouro (todo lugar que você mira o olhar tem uma igreja).
O problema é que como em todo centro de toda cidade brasileira, a insegurança ronda a todos. Moradores, turistas e trabalhadores sempre tem que tomar cuidado redobrado com os bandidos que não param de rondar.
O mais incrível é ter esta sensação de insegurança a cem metros do palácio do governo, junto ao Elevador Lacerda, em uma das mais bonitas vistas da cidade, a baía de todos os santos, perto do Pelourinho, em frente ao Mercado Modelo.
Mas não consigo andar tranquilo para apreciar a vista, preocupado e importunado por dezenas de pessoas querendo vender alguma coisa, ou ainda pessoas mal encaradas (nada de preconceito, mas a quantidade é muito grande).
Sem falar no lixo nas ruas. Uma população que deveria lucrar muito com o turismo mas tropeça nas suas próprias mazelas, como a falta de educação e percepção da grandeza de dinheiro que o turismo levado a sério traria para a cidade.
Imagino o centro histórico de Salvador como um lugar com igrejas restauradas, ruas limpas, barracas de souvenir organizadas, guias autorizados para levar as pessoas aos passeios, barracas de comidas típicas com condições de fazer alimentos saudáveis, policiamento ostensivo (como vi em Santiago do Chile), que deixam qualquer turista seguro em sua estadia. Isto sim traria riqueza formal para a cidade, e tornaria o centro histórico de Salvador um lugar que certamente iria voltar a visitar.
Tudo é muito bonito, mas não é seguro para visitar. Que pena.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Trecho de "O Pequeno Principe"


- Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.
E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...
A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principe, mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me!
Os homens esqueceram a verdade, disse a raposa.
Mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
(Antoine de Saint-Exupéry)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Em tempo


Mesmo que já fosse muito tarde
Pus a sombra da minha vida
Sobre as linhas de suas mãos

Tantos desacertos e disfarces
Coisas do meu coração

E engraçado é que eu não tinha medo
Que você me revelasse
Desenhasse os meus segredos
Sobre as linhas de outras mãos

Mesmo que já fosse muito tarde
Fiz silêncio em minha vida
Quando a gente se calou

Hoje evito ruas e olhares
Cruzamentos que se andou

Porque agora, eu juro, tenho medo
Que em tormento pelos bares
Você conte assim nos dedos
O que sonho e como sou

(Oswaldo Montenegro

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Tudo passa...


Tudo passa... tudo passará...
A vida vem em ondas como o mar
No ir e vir do infinito

Sim, grandes verdades nesta vida.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Nada acontece


Nada acontece a meu coração
O fogo da paixão foi embora
Nenhuma fagulha acende e ascende meu ser
Monotonia mórbida
Que escuta o som do tempo passando
A morte que se aproxima a cada avanço dos ponteiros do relógio
Socorra-me coração
Vida, apareça para que eu não perca o tesão por estar aqui
Fora preguiça e indiferença
Exulte de prazer, infle de coisas novas coração
Viva.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O mau humor nosso de cada dia


Existem pessoas especialistas em estar de mal humor.
Diariamente destilam seu mal humor contra tudo e contra todos. Vivem a reclamar das pessoas e a desferir palavras ofensivas, como se todos estivessem errados.
Qual o motivo deste mal humor sem necessidade? Estar mal humorado ou zangado com alguma coisa é normal, o anormal é transformar isto em uma nuvem negra que impregna todo o ambiente de trabalho.
As pessoas devem direcionar sua raiva para as situações que causam seu mal humor. Não contaminar o ambiente com ele. Isto passa para todos que estão à volta.
O melhor é resolver estas situações, para evitar que todos sejam influenciados pelo mal humor.
Afinal de contas, tudo passa, tudo é superável, inclusive as situações que não nos deixam felizes. O que vai indicar em quanto tempo passa nosso mal humor, é a nossa ATITUDE diante dos problemas.Quanto antes resolvermos, mais rapidamente nosso humor volta a ser melhor.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Finados


Nunca gostei de cemitérios, a não ser pelo silêncio que geralmente você tem quando está neles.
Raramente (muito raramente) visito meus mortos. As pessoas tem que ser vistas, lembradas e vividas enquanto estão conosco. Depois de mortas, elas merecem o descanso e a lembrança viva em nosso coração.
Já muita gente adora ir ao cemitério. Conversam com seus mortos, limpam e decoram seus túmulos. Passam manhãs entre cruzes e lápides de pedra. Venerando a memória de quem fez parte de sua vida e se foi. Pedem desculpas, reclamam do que deixou de ser feito em comum, choram de arrependimento ou contam do seu dia. Como uma terapia onde extravasam tudo o que não podem contar para os vivos.
Penso que as pessoas que morrem e são queridas nunca estão em seus esquifes. Estão sempre vivas na lembrança, no coração. Em tudo de bom que fizeram nesta vida. Depois que morrem, dificilmente receberão minha visita. Meu mundo é hoje. O que passou deixa felicidade e esta fica comigo.
Pois a vida é viver o máximo que se pode, sem deixar de amar quem está com você. O que sobra da gente é somente a morada no coração de quem nos ama.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Janta


Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
Pode ser cruel a eternidade
Eu ando em frente por sentir vontade

Eu quis te convencer mas chega de insistir
Caberá ao nosso amor o que há de vir
Pode ser a eternidade má
Caminho em frente pra sentir saudade

Paper clips and crayons in my bed
Everybody thinks that i'm sad
I'll take a ride in melodies and bees and birds
Will hear my words
Will be both us and you and them together

Cause i can forget about myself, trying to be everybody else
I feel allright that we can go away
And please my day
I let you stay with me if you surrender

Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar
(I can forget about myself trying to be everybody else)
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
(I feel all right that we can go away)
Pode ser a eternidade má
(And please my Day)
Eu ando sempre pra sentir vontade.
(I'll let you stay with me if you surrender)

(Marcelo Camelo)

domingo, 26 de outubro de 2008

Estou com saudade...

Estou com saudade da minha sombra... faz tempo que não a vejo!!!
11 fins de semana com chuva !!!!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Os retardados continuam no governo

Em uma época de crise financeira mundial, os retardados do nosso governo vem com esta "O governo autoriza a Caixa Econômica e o Banco do Brasil a socorrer qualquer banco brasileiro em dificuldade". Não é a toa que o mercado caiu de novo. Isto é similar a você ir fazer uma consulta médica e já comprar um terreno no cemitério "para garantir".
Os retardados continuam em nosso governo federal.
E assim caminha a falta de bom senso...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Que país é este?

Que país é este?
Um sequestro, duas reféns, um sequestrador fora de controle, um país ligado em toda a história, a mídia acompanhando 24 horas e um desfecho horrível para uma história horrível.
Onde se viu vários programas de TV ligando para o sequestrador enquanto a polícia não conseguia falar com ele para negociar?
Tudo isto para vender audiência, a camêra digital anunciada na hora do programa tem mais valor que a vida das vítimas.
Onde já se viu uma polícia mole que nem esta de SP? Fica negociando 5 dias com um bandido. Esta moral católica do Brasil é a ruína de muitas instituições. Com bandido a tolerância tem que ser zero, e sem ter que justificar para a mídia. O "modus operandi" de nossa polícia neste caso foi ridículo.
As pessoas tem que entender que existe lei e seu descumprimento acarreta pena. Como o estado tem o direito do uso da violência, ele tem que valer deste direito quando a vida de terceiros está em risco. Não se valer deste direito para se justificar perante a imprensa, igreja, comunidade, é abrir mão dele para que o traficante, o bandido faça uso.
O estado tem que fazer valer sua força, com o risco de cometer erros, mas a conseqüência destes erros é menor perante a população do que abrir mão dele em favor dos criminosos.
Temos que compreender que os criminosos deste país tem que ter medo de ser presos, pois enquanto o estado não aplicar as leis, eles vão sempre achar (e com razão), que o crime no Brasil não tem pena.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Qual o sentido da vida?


Qual o sentido da vida?


Tudo o que vive não vive sozinho, nem pra si mesmo.

"Dizem que a vida é curta, mas não é verdade. A vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades. E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança traquina brincando de esconde-esconde.

Infelizmente às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando nãos: a viagem que não fizemos, o presente que não demos, a festa que não fomos, o amor que não vivemos, o perfume que não sentimos.

A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador; quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, cavaleiro e não montaria.
E como ela é feita de instantes, não pode nem deve ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos. Esta mensagem é um tributo ao tempo.Tanto àquele tempo que você soube aproveitar no passado quanto àquele tempo que você não vai desperdiçar no futuro. Porque a vida é agora..."

"Não tenha medo do futuro, apenas lute e se esforce ao máximo para que ele seja do jeito que você sempre desejou"

"A morte não é a maior perda da vida.
A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos."

(texto de Norman Cuisins)

A mais bonita



Não, solidão, hoje não quero me retocar
Nesse salão de tristeza onde as outras penteiam mágoas
Deixo que as águas invadam meu rosto
Gosto de me ver chorar
Finjo que estão me vendo
Eu preciso me mostrar

Bonita
Pra que os olhos do meu bem
Não olhem mais ninguém
Quando eu me revelar
Da forma mais bonita
Pra saber como levar todos
Os desejos que ele tem
Ao me ver passar
Bonita
Hoje eu arrasei
Na casa de espelhos
Espalho os meus rostos
E finjo que finjo que finjo
Que não sei

(Chico Buarque)

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Recomeçar


Serei pai novamente.
Recomeçar uma obra para o mundo. Moldar o caráter de uma pessoa é uma das mais gratificantes tarefas que um ser humano pode ter.
Primeiramente a gravidez. Suportar toda a mudança do corpo e seus reflexos (sim, a mulher muda muito), e eu como marido, tenho que compreender o cansaço, o enjôo e outros sintomas (vontades, mau humor, etc.).
Após o nascimento (momento mágico) existe toda a adaptação em casa (horários, quarto, comida, mercado - sim vai muita fralda, como vai sair de casa (parece uma mudança), como administrar a atenção para a nova criança e minha filha), e outras rotinas que são alteradas.
Noites mal dormidas, trocas de fraldas, resfriados, vacinas e coisas do gênero são ínfimas perto das alegrias que acompanham os filhos.
A alegria do ver crescer, das primeiras palavras faladas, do primeiro sorriso quando te reconhece, do colo quente e de todo o carinho que é trocado entre pais e filhos.
Uma obra de amor para ter um ser humano melhor. Um ser humano melhor para um mundo melhor.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Canteiros


Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade

Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento

Pode ser até manhã
Cedo, claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria

Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ...
E deixemos de coisa, cuidemos da vida
Senão chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida

(Cecília Meireles)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Novos gostos


Estou fazendo um curso de comida japonesa (Sushi e Sashimi).
Sempre gostei da cultura oriental. A calma, a paciência e o capricho são virtudes que preciso desenvolver na minha vida. A cultura japonesa possui estas qualidades (além da disciplina). Na culinária japonesa isso é levado a sério em todas as etapas.
No preparo do tempero (Asami), onde o vinagre é aquecido com açúcar e sal (até não ficar nenhum cristal, para que tenha o gosto exato), no preparo do shari (o arroz japonês, com mais amido, portanto não pode cozinhar fora do ponto, tem que acertar a quantidade de água, alga e saquê para que o cozimento seja perfeito). Shari que depois é temperado com asami e resfriado com leque para que não continue cozinhando após sair do fogo.
Mas é no preparo e montagem que a culinária japonesa mostra toda a face de sua cultura.
O corte dos peixes destinados para cada preparo, requer técnica e facas (muito, muito afiadas). Cada corte tem que ser na textura e coloração corretas, para não comprometer o gosto e a estética de cada peça. Cortar o pescado é uma arte.
Montar as peças de sashimi é uma atividade simples (a preparação dos ingredientes é o mais complicado). Cortar camarões (cozidos por dois minutos para não perder cor e textura), polvo, alga, moldar arroz para encaixar nas peças, todo este ritual torna a prática da cozinha japonesa uma terapia da qual eu não havia participado em toda a minha vida.
Montar as barcas, as pontes e os pratos (com nabo e cenoura ralada), colocando artisticamente as peças para aprimorar o visual (e o paladar) é um livre exercício de criatividade, que mostra toda a nossa capacidade de tornar algo que muitos vêem como trivial (o alimento), em uma forma de tornar o mundo mais belo.
O gosto, sim, o gosto da comida oriental é algo especial. Tudo é preparado de modo a nenhum sabor sobrepujar o outro. Cada prato tem a textura, o sabor para se fazer presente no paladar. Uma combinação equilibrada em que cada parte de cada peça tem o seu papel.
Certamente irei fazer bastante pratos em casa, pois além de muito bom é uma terapia que ajuda a relaxar e rever a importância de todas as coisas no trabalho final. Além de exercitar a atenção aos detalhes, coisa que nestes tempos de pressa sem causa, estamos esquecendo.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O pouco que sobrou

Eu cansei de ser assim
Não posso mais levar
Se tudo é tão ruim
Por onde eu devo ir?
A vida vai seguir
Ninguém vai reparar
Aqui neste lugar
Eu acho que acabou
Mas vou cantar
Pra não cair
Fingindo ser alguém
Que vive assim de bem

Eu não sei por onde foi
Só resta eu me entregar
Cansei de procurar
O pouco que sobrou
Eu tinha algum amor
Eu era bem melhor
Mas tudo deu um nó
E a vida se perdeu
Se existe Deus em agonia
Manda essa cavalaria
Que hoje a fé
Me abandonou


Marcelo Camelo

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O Clube das Cartas

Em minha última viagem, visitei um cliente que tem por costume escrever cartas.
Sim, este cliente pega uma folha de papel, escreve uma carta contando as novidades, coloca no correio e envia a outra pessoa. Ele faz isto constantemente.
Isto trouxe à minha cabeça um assunto que estive matutando à muito tempo. Com a vinda dos recursos de tecnologia, perdemos o encantamento de escrever. Tudo fica rápido, não temos mais o cuidado de colocar as palavras. Escrevemos rapidamente, e se não der certo, apagamos até achar a forma exata.
Quando escrevemos um texto, uma carta no papel, tomamos o devido cuidado de colocar as palavras, de caprichar a letra, apreciamos o ato de colocar acontecimentos, impressões, sentimentos em uma folha, pensando na forma como será recebida a mensagem pela outra pessoa.
No momento em que escrevemos, temos o devido carinho com a mensagem a ser colocada. Pensamos mais no que vamos falar (erramos menos). Fazemos com que a carta tenha um valor sentimental maior, pois cuidamos do que estamos falando.
Em uma carta, não há rompantes de ira sem a devida reflexão (uma ofensa em uma carta deve doer muito, pois é feita somente após o assunto ser muito bem discutido internamente pela pessoa), bem como em uma carta, uma declaração de amor pode ser eterna (ainda lembro que minha mãe guardava as cartas de meu pai para ela em um baú que ninguém tinha a chave).
Sim, uma simples carta. Você parou para pensar quanto tempo faz que um carteiro não lhe entrega uma carta que não seja uma cobrança, ou uma propaganda?
Por isso vou fundar o clube da carta. Sim, vou passar a escrever cartas para as pessoas que gosto. Quem sabe passo a ter um carinho melhor pelo que falo, pelo que coloco para as pessoas. Este cuidado que o mundo tanto precisa, mas a pressa (de ir não sei onde) está tirando dos relacionamentos.
Se quiser participar,é só falar.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

doce solidão

posso estar só mas sou de todo mundo
por eu ser só um
a nem
a não
a nem dá solidão
foge que eu te encontro que eu já tenho asa
isso lá é bom
doce solidão?

(Marcelo Camelo)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Caras

Não sei se a mídia não tem medo da superexposição de assuntos idiotas que ela leva ao público. Vejo uma centena de revistas de fofocas, sites com assuntos inúteis, o mundo das "celebridades" sendo escarrados diariamente na infovia.
Sinceramente, até quando daremos ouvidos a este festival de besteiras, ou até quando as pessoas irão querer se expostas ao desvario de repórteres e fotógrafos, ávidos por saciar nossa "curiosidade" atiçada por eles próprios.
Decidi, nunca mais compro "Caras" (até parece).

Já dizia o anúncio de uma revista: "Quem tem bunda aparece em Caras, quem tem cara aparece em "Bundas" (publicação que já deixou de ser feita).

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Milonga para Jacinto Chiclana

Me acuerdo, fue en Balvanera,
en una noche lejana,
que alguien dejó caer el nombre
de un tal Jacinto Chiclana.

Algo se dijo también
de una esquina y un cuchillo.
Los años no dejan ver
el entrevero y el brillo.

¡Quién sabe por qué razón
me anda buscando ese nombre!
Me gustaría saber
cómo habrá sido aquel hombre.

Alto lo veo y cabal,
con el alma comedida;
capaz de no alzar la voz
y de jugarse la vida.

(Recitado)

Nadie con paso más firme
habrá pisado la tierra.
Nadie habrá habido como él
en el amor y en la guerra.

Sobre la huerta y el patio
las torres de Balvanera
y aquella muerte casual
en una esquina cualquiera.

No veo los rasgos. Veo,
Bajo el farol amarillo,
El choque de hombres o sombras
Y esa víbora, el cuchillo.

Acaso en aquel momento
En que le entraba la herida,
Pensó que a un varón le cuadra
No demorar la partida.

Sólo Dios puede saber
la laya fiel de aquel hombre.
Señores, yo estoy cantando
lo que se cifra en el nombre.

Entre las cosas hay una
De la que no se arrepiente
Nadie en la tierra. Esa cosa
Es haber sido valiente.

Siempre el coraje es mejor.
La esperanza nunca es vana.
Vaya, pues, esta milonga
para Jacinto Chiclana.

(homenagem ao Coral Universitário de Joinville, com o qual passei oito bons anos, e ao maestro Luiz Fernando Melara, ao compositor mestre Astor Piazolla e ao autor da poesia Jorge Luis Borges)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Eleições

Não sei se rio ou se choro... quem são estes estranhos seres (não parecem humanos), que tentam se vender diariamente na TV, no rádio e ao vivo, com promessas que sabemos que não irão se concretizar?
Tortura ou circo para o povo?
Dizem para não vender o voto, por causa dos maus políticos, mas permitem que os políticos de ficha suja concorram.
Decidi... é tortura mesmo.

De onde vem a calma

De onde vem a calma daquele cara?
Ele não sabe ser melhor, viu?
Como não entende de ser valente
Ele não saber ser mais viril
Ele não sabe não, viu?
Às vezes dá como um frio
É o mundo que anda hostil
O mundo todo é hostil

De onde vem o jeito tão sem defeito
Que esse rapaz consegue fingir?
Olha esse sorriso tão indeciso
Tá se exibindo pra solidão
Não vão embora daqui
Eu sou o que vocês são
Não solta da minha mão
Não solta da minha mão

Eu não vou mudar não
Eu vou ficar são
Mesmo se for só não vou ceder
Deus vai dar aval sim
O mal vai ter fim
E no final assim calado
Eu sei que vou ser coroado rei de mim.

(Marcelo Camelo)

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Eu creio em você

Eu creio na decência humana
Na solidariedade
Na consciência de que temos um mundo para cuidar

Eu creio no infinito amor
Que nos fez estar neste mundo
Para cuidarmos uns dos outros (e do planeta também)

Eu creio no prazer de viver
De viver seu tempo
Com toda a beleza que cada tempo tem na existência do homem

Eu creio em você

Que é a força que luta contra um mundo adverso
Que resiste com suavidade,
Com gentileza
Com o que de melhor existe na humanidade
E faz meu mundo ser melhor

Eu creio em você

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Venha ser


Venha ser a luz
Na escuridão dos meus dias
Venha ser o bálsamo
Da dor contínua de meu coração
Venha ser a água
No deserto que minha existência têm sido
Venha ser o fio de esperança
Nesta árdua trajetória
Onde só a dor é companheira
Venha ser o que preciso
Só desta vez
Faça feliz meu coração
Me faça sentir menos só

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Interior

Estive na semana passada viajando pelo interior paulista.
Cidades pequenas, pessoas amistosas, um certo quê do gosto da infância.
Dos tempos que meus pais compravam anotando no caderninho.
Tempo em que eu ia para a aula pela manhã e passava as tardes na rua brincando.
Meus pais nem sabiam onde estávamos, mas sabiam que estávamos bem(hoje meu vizinho tem duas crianças que nunca bricaram com a minha filha).
Nestas cidades pequenas (Itararé, Itaporanga, Avaré, Itapetininga, entre outras) as pessoas conversam, falam da sua vida sem reservas, apesar de lhe conhecer a poucos minutos.
As pessoas das cidades do interior podem estar perdendo o uso da tecnologia, da comunicação rápida, da moda vigente nas grandes cidades.
Mas não perdem o jeito humano de viver. De se interessar genuinamente por você, de ter prazer em criar seus filhos sem a pressa e a exigência de ser melhor que o outro (sim, hoje tratamos os amigos de nossos filhos como concorrentes).
Visitar lugares como este é parar para analisar como vivo hoje. Preciso dar um novo foco na minha vida e na forma como estou criando minha filha. Quem sabe fazê-la buscar mais as coisas, não ter todos os brinquedos que pede, desligar a televisão para que ela procure brincar de outras coisas (brincar com ela também), convidar as crianças de meu vizinho para brincar lá em casa com minha filha, buscar um gosto de infância que não vejo na infância dela.

E quanto a mim, quem sabe voltar a este tempo onde eu conversava com as pessoas sem a pressão de ser o melhor, de ser bem sucedido, onde eu era apenas um amigo, uma pessoa sem o interesse de mostrar o que tenho, o que represento, mas sim o ser humano que sou.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Entre pensar e falar...

Quando você me vê calado
Espera que eu fale
Mas guardo tudo comigo
Tristeza, alegria, ansiedade, euforia
Você entende, mas quer que eu solte
Que grite, que saia de minha casa
Meu lar, meu refúgio
Onde só o pensamento se solta
Sem contar nada ao mundo
Me entenda
Se soltar tudo o que penso
Posso até te magoar
Melhor deixar que os pensamentos amadureçam
Para que eu possa soltá-los aos poucos
Quando a loucura me deixar de lado
E o amor e respeito que tenho por ti
Não sejam machucados
Me entenda

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Presença



Juntando os pedaços
Do que vai seguir adiante.
A razão espera.
O meu coração distante daqui, em lugar desconhecido.
As pernas, no hemisfério sul.
Meus braços, em torno da África.
Meu olho esquerdo na India.
Minha orelha, esquecida em alguma vila em Portugal.
Para seguir junto
Cabeça-corpo-coração
Para viver por inteiro
Sentir e saber o que sente
Estar presente.
E ao final desta viagem em busca de mim mesmo
Te amar como você merece.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

A Internet no Brasil

A internet banalizou as notícias.
Você pode olhar site por site e verá a mesma noticia em todos. Tudo com uma cobertura superficial. Não existe na imprensa focada na internet o cuidado de pesquisa e texto que deve permear a boa imprensa. Tudo é focado na velocidade em que a notícia deve estar no ar (preferencialmente antes do site concorrente). O que acontece (ao menos comigo) é um desinteresse geral pelos sites como Terra, Uol, IG.
Eles apresentam notícias totalmente sem conteúdo. O que certamente irá acarretar numa diminuição dos anunciantes devido à baixa qualidade do que é mostrado.
Isto deve ser também uma tendência dos sites. Com mais pessoas de baixo nível cultural entrando na "grande rede" - visto o produto do momento ser os micro-computadores - os conteúdos devem ser curtos e diretos, sem muita profundidade e bem voltado para notícias sem importância, algo como "Tal celebridade pode estar grávida" - ou não.
Claro que os sites devem apresentar notícias curtas, mas também deve ter o cuidado de colocar no ar um conteúdo mais completo sobre os fatos, para que o interesse do internauta aumente e assim ele possa também ficar mais tempo acessando o site.
Isto certamente aumentaria os page views, bem como a exposição dos anunciantes.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

A Barca dos Amantes

Sim, sou de origem portuguesa (Pereira e Ferreira), com traços de italianos e alemães. Sim, vim de várias origens e de várias línguas. Cada qual com sua beleza e sonoridade. O português, com todas as suas nuances e formas, é uma lingua linda. Ontem vi em um programa de TV chineses cantando em português. Me perdoem os admiradores do mandarim, mas o som de nosso idioma é lindo demais. Para homenagear os patrícios portugueses deixo aqui uma poesia de Sérgio Godinho, "A barca dos Amantes", que foi musicada e interpretada por Milton Nascimento.

" Ah, quanto eu queria navegar
Pra sempre a Barca dos Amantes
Onde o que eu sei deixei de ser
Onde ao que eu vou não ia dantes

Ah, quanto eu queria conseguir
Trazer a Barca à madrugada
E desfraldar o pano branco
Na que for terra mais amada

E que em toda a parte o teu corpo
Seja o meu porta-estandarte
Plantado no céu mais fundo
Possa agitar-me no vento
E mostrar a cor ao mundo

Ah, quanto eu queria navegar
Pra sempre a Barca dos Amantes
Onde o que eu vi me fez vagar
De rumos meus, a cais errantes

Ah, quanto eu queria me espraiar
Fazer a trança à calmaria
Avistar terra e não saber
Se ainda o é quando for dia

E que em toda a parte o teu corpo
Seja o meu porta-estandarte
Plantado no seu mais fundo
Possa agitar-me no vento
E mostrar a cor ao mundo

Ah, quanto eu queria navegar
Pra sempre a Barca dos Amantes
Onde o que eu sei deixei de ser
Onde ao que eu vou não ia dantes

Ah, quanto eu queria me espraiar
Fazer a trança à calmaria
Avistar terra e não saber
Se ainda o é quando for dia "

Poético, romântico, emocionante, bonito demais.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

O dom de perturbar a vida da gente.

Existem pessoas e instituições que possuem o dom de perturbar a vida da gente. Órgãos do governo, empresas de telefonia, prestadores de serviços, bancos, entre outras pessoas que parecem ter o dom que acabar com sua vida pacata.
Você está quieto no seu canto e de repente: cabum!! Eles vêm com uma carta, uma conta, um telefone ou uma conversa que tem o encanto de acabar com seu dia.
As empresas de telefonia são as primeiras neste assunto. Passam despesas que você não fez, cobrança de serviços que você não pediu. Tudo para que você ligue, caia nos "zerooitocentos da vida", se irrite e não consiga resolver seus problemas.
O que é isso? Em que mundo vivemos? Empresas se acham no direito de invadir o seu mundo com ofertas que você não pediu, enviando lixo para sua casa além de depois pedirem sua atenção à força.
Tenho vontade de cancelar meu CPF, não trabalhar mais com bancos, ir morar num fim de mundo e pedir que me esqueçam. Parece que quanto mais você ajuda a economia (sim, você consome), com seu dinheiro honesto, mais estes perturbadores da ordem normal da sua vida aparecem, para acabar com sua paz.
Me esqueçam.

domingo, 27 de julho de 2008

(...)

Sem grandes inspirações para falar faz tempo
Meu coração espera o tempo passar
Quem sabe a dor passa
O dia está lindo
A praia está demais, apesar do inverno
Oh meu coração... escute a voz que te chama
De volta... à sua volta.
Aos seus
Aos que te querem.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Top Top

Estive assistindo o Top Top, programa da MTV na segunda feira, e vi as 10 maiores canções mais melosas da parada mundial. Grande parte é dos anos 70 e 80, época em que íamos para a balada para dar uns pegas nas meninas. É claro que não havia o bate estaca de hoje em dia, mas músicas para dançar rápido e também as lentas. A seleção da MTV é batata, exatamente aquelas músicas que fizeram parte dos grandes momentos românticos dos meus 15, 16 anos. Começa com Bryan Adams, pega Phil Collins, Lionel Ritchie e outros mais. Só para lembrar: Heaven, do Bryam Adams.

Heaven
Bryan Adams


Oh!! Thinking about all our younger years
There was only you and me
We were young and wild and free

Now nothing can take you away from me
We've been down that road before
But that's over now
You keep me coming back for more

Baby you're all that I want
When you're lying here in my arms
I'm finding it hard to believe
We're in heaven
And love is all that I need
And I found it there in your heart
Isn't too hard to see?
We're in heaven

Oh!! Once in your life you find someone
Who will turn your world around
Bring you up when you're feeling down

Yeah!! Nothing could change what you mean to me
Oh there's lots that I could say
But just hold me now
'Cause our love will light the way

(Chorus)
And, baby you're all that I want
When you're lying here in my arms
I'm finding it hard to believe
We're in heaven
Yeah! And love is all that I need
And I found it there in your heart
Isn't too hard to see?
We're in heaven

I've been waiting for so long
For something to arrive
For love to come along
Now our dreams are coming true
Through the good times and the bad
Yeah!!! I'll be standing there by you

(Chorus)
And, baby you're all that I want
When you're lying here in my arms
I'm finding it hard to believe
We're in heaven
And love is all that I need
And I found it there in your heart
Isn't too hard to see?
We're in heaven

Heaven...
Oh

You're all that I want!
You're all that I need!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

A mídia na criação do fantasma da inflação.

A mídia está criando o fantasma da inflação.
Tivemos nos últimos anos safra recorde de alimentos, e agora que o Brasil desponta como potência energética. Com a vinda do Biodiesel, a indústria do petróleo planta a idéia de que fazer biodiesel irá restringir a oferta de alimentos. E pagam os nossos "jornalistas" e profissionais de mídia para espalhar esta idéia, enquanto eles aumentam o preço do petróleo a níveis estratosféricos.
É incrível como a mídia se presta a este tipo de serviço, ao invés de analisar de forma crítica e conhecer a fundo os fatos para dar uma notícia. É mais fácil e rentável se vender e levar as pessoas à crença de que está faltando alimentos, que a procura é muita e a oferta é pouca.
Como nossa população é totalmente manipulável, a crise certamente virá, pois a crença do povo faz as coisas acontecerem.
A solução é comprar o estritamente necessário para fazer a oferta aparecer, assim a indústria terá que baixar preços, já que alimentos são perecíveis.
Quanto ao Brasil, o mesmo tem que tomar uma posição contra às notícias mundiais. Em nosso país não há crise de alimentos, o que ocorre é que seguimos uma onda que não precisamos. Somos autosuficientes na maioria das coisas que consumimos, não precisamos estar nesta neura mundial criada pela mídia. O petróleo não está faltando, está sendo especulado pelas bolsas mundiais.
A mídia ao invés de ser a voz consciente da intelectualidade brasileira, se põe a serviço de grupos econômicos e faz eficientemente seu papel.
Desligue a TV, não leia jornais, faça a sua parte e consuma de acordo com sua necessidade, o planeta e o Brasil agradecem.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Marianne

I've been working all day
I've been thinking a lot
I've been doing some things
That are not quite right
I've been thinking about you
I've been thinking about you
When will you return?

I've been working all day
I've been thinking a lot
I've been lost in the morning
I don't know what it costs
Will you find me there?

And I don't know where I'm going
And I guess it's just a phase

I've been working all day
I've been thinking a lot
I've been lost in the morning
I don't know what it costs
I don't think about you
I will be able to do
Will you let me be?

And I don't know where I'm going
I guess it's just a phase
And I don't know where I'm going
I guess it's just a phase

(Renato Russo)

segunda-feira, 30 de junho de 2008

A cabeça nas alturas, os pés no chão

Algumas pessoas perdem a noção de serem humanos. Nos momentos em que estão em uma boa posição seja em uma empresa, corporação, governo, se esquecem da condição terrena de efemeridade e se despregam do chão. Não percebem o quão vago é o nosso tempo de vida diante da imensidão e do tamanho da existência do planeta. Diz a lenda de Júlio Cesar, quando foi coroado ditador de Roma, pediu a um escravo que dissesse a todo momento: "Lembras de que és um homem", diante do medo de se transformar em algo que fosse além do que podia controlar (algo que acabou acontecendo).
Sim, o poder corrompe, as pessoas perdem seus parâmetros de humanidade e a percepção de fazerem parte da construção do mundo. Acham que obtém a condição de deuses dos destinos do mundo (quando somos apenas deuses da nossa condição terrena, condutores das coisas que nos acontecem, esta pequena construção que é nossa existência junto com a construção de todos faz o mundo mudar e evoluir).
Temos que ter a cabeça nas alturas (sim, ousar, pensar diferente, pensar grande e fazer grandes coisas), mas temos que ter os pés no chão, para que não percamos nossa humanidade, nossa capacidade de ver e entender o outro, de sentir a maneira do outro olhar o mundo com a capacidade de pegar o que cada um tem de bom e fazer o melhor para todos.
A cabeça nas alturas, os pés no chão.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Tive Razão

Tive razão
Posso falar
Não foi legal, não pegou bem
Que vontade de chorar dói
Em pensar que ela não vem, só dói
Mais pra mim tá tranquilo, eu vou zoar
O clima é de partida, vou dar sequência na minha vida
E de bobeira é que eu não estou,
E você sabe como é que é, eu vou
Mais poderei voltar quando você quiser.
ô ô ô ô ô ô ô ô, lá lá lá...
Demorô vai ser melhor...

(Seu Jorge)

terça-feira, 17 de junho de 2008

Sobre as pequenas alegrias

Cansei da busca da alegria plena.
Sim, aquela alegria plena e felicidade infindável tão proclamada pelos autores de livros de auto-ajuda.
Aquela singela história de satisfação plena, de estar plenamente ligado ao mundo, à natureza, aos seres que estão em volta, isto é uma ilusão.
A dor é inevitável, o sofrimento não, fala Buda em seu livro da Sabedoria.
Se encaramos o mundo desta forma, as chances de vivermos em sofrimento são mínimas, as chances de ficarmos contentes com as pequenas alegrias são imensas.
Se qualidade é melhor que quantidade, então mais vale um mundo frio com algum calor, do que uma atmosfera morna a vida inteira.
Sim, porque queremos marcas em nossa vida. Marcas que nos façam lembrar momentos exultantes de felicidade. Felicidade que lembramos a vida toda: O nascimento de seu filho, a alegria da formatura, o primeiro beijo na pessoa de sua vida, a emoção de ganhar um prêmio ou ser reconhecido. Momentos efêmeros no contínuo correr de sua vida, mas lembranças que marcam para sempre.
Então quero pequenas alegrias todos os dias, pois uma vida de felicidade plena certamente iria ser uma vida sem momentos inesquecíveis, em que nos conectamos com nossa natureza divina de seres realizadores. A dor é a condição necessária para que as pequenas alegrias se tornem importantes.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Sobre Dunga e outros fantoches

As vezes nos deparamos com pessoas em cargos em que vemos o descarado favorecimento ou jogo político realizado.
São pessoas sem capacidade, ou sem o traquejo com a área, que simplesmente são colocadas em posições de destaque, sem ao menos se situarem com os objetivos ou missões que tem pela frente.
No caso de nossa seleção de futebol, colocaram um ex-jogador que nunca dirigiu um time, não possui formação oficial como técnico, nem ao menos o curso superior em educação física, e querem que ele treine uma equipe, onde egos inflamados pelos salários em euros devem ser colocados a serviço de um time. Tarefa mais psicológica do que física. Ordenar, definir funções e cobrar disciplina tática é função de um técnico, além de criar o inesperado, a centelha que faz a diferença em um jogo. Aquilo que está além da obviedade que certamente Dunga não sabe, até porque como jogador ele nunca fez nada além do óbvio.
Ainda temos muitos exemplos (no governo Lula possui exemplos, desculpem o termo, ululantes). Nelson Jobim como ministro da defesa? Este imbecil que permitiu que presos sejam soltos na páscoa, no natal, nos feriados (mais de 60% não retornam)... ministro da defesa? O que ele entende sobre forças armadas? E os outros ministros então? Sem a mínima intimidade com suas áreas. Dizem que quem monta uma boa equipe não necessita saber das coisas, mas gente, é o nosso dinheiro que está em jogo, são vidas de milhares de brasileiros que são influenciadas por esta gente sem formação mínima para administrar orçamentos gigantes, onde a falta de organização e prioridade fazem a diferença entre instalar por exemplo, um aparelho sofisticado em um hospital e faltar soro fisiológico numa emergencia de hospital. Tem que ter formação e experiência, além da centelha mágica que faz a diferença. Enquanto tivermos fantoches partidários com funções importantes no governo, vamos continuar tendo um estado que só consome recursos e não presta serviços.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Hai kai 3

O amor cresce
Descobre, como erva
Cada canto, cada fresta
Para se fazer presente

Hai Kai 2

O amor é maior
Não queima, acalenta
E lentamente consome
E vê outras formas de amar

Hai-kai

Paixão
O fogo que queima rápido
Como um Hai-Kai
Curto, seco, intenso
Marca

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Canção pra você viver mais

Nunca pensei um dia chegar
E te ouvir dizer:
Não é por mal
Mas vou te fazer chorar
Hoje vou te fazer chorar

Não tenho muito tempo
Tenho medo de ser um só
Tenho medo de ser só um
Alguém pra se lembrar
Alguém pra se lembrar
Alguém pra se lembrar

Faz um tempo eu quis
Fazer uma canção
Pra você viver mais
Faz um tempo que eu quis
Fazer uma canção
Pra você viver mais

Deixei que tudo desaparecesse
E perto do fim
Não pude mais encontrar
O amor ainda estava lá
O amor ainda estava lá

Faz um tempo eu quis
Fazer uma canção
Pra você viver mais

Faz um tempo eu quis
Fazer uma canção
Pra você viver mais

(Fernanda Takai - Pato Fu)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Go to "Gemba"

Go to "Gemba". Esta é uma expressão japonesa muito utilizada nas capacitações de manufatura que significa "vá para onde as coisas acontecem".
Tenho vistos muitas empresas abdicarem desta prática de saber o que está acontecendo no lugar onde elas acontecem.
Tomam decisões dentro de seus casulos empresariais, bonitas sedes com boa estrutura, bem diferentes dos locais onde seu produto e serviço é utilizado.
Já vi muitos gerentes de desenvolvimento de produtos reclamarem dos seus clientes quando estes apresentam queixas sobre produtos e serviços. Frases como: "este cliente é encrenqueiro mesmo", "é um cliente burro, não entende do produto", como se a verdade sempre estivesse do lado de quem presta ou faz um produto, e não fosse algo compartilhado entre produtor e usuário.
As empresas prestam pouca atenção e dedicam pouco tempo em visitar clientes, ver como eles utilizam seus serviços, como revendem seus produtos, qual a carga de impostos que caem sobre as transações comerciais, como é o modelo de venda ou revenda de um produto, como os usuários dos clientes são treinados para usar ou vender um produto.
Go to "Gemba" senhores, tirem o traseiro da cadeira de ouçam seus clientes, vejam como seus produtos são utilizados e vendidos onde as coisas acontecem. Depois revejam a forma de oferecer e desenvolver seus produtos, isto só traz benefícios a seu negócio, além de aproximar a empresa do mundo real.

Lá vem mais um festival de mentiras

É com tristeza que vejo mais uma vez aproximar-se as eleições no Brasil. Mais um festival de mentiras e um jogo de cartas marcadas. Empreiteiros, prestadores de serviços e grupos econômicos "ajudam" nas campanhas dos candidatos, e podemos ter a certeza de quem vai pagar as contas: nós eleitores.
O problema é que depois das eleições, estas mesmas empresas serão os prestadores de serviço para o poder público. Como são várias no mesmo segmento, temos que fazer uma alternância entre elas. Daí temos contratos que irão nos garantir asfaltos de baixa qualidade (sempre tem que ter uma empreiteira fazendo um novo), prédios públicos mal construídos, que certamente precisarão de manutenção (ou reconstrução) rápida, empresas de limpeza pública que jogam lixo nos esgotos (sim, a empresa que limpa os esgotos é do mesmo dono) e por aí vai.
Por causa destas coisas que acredito no financiamento de campanhas feito pelo governo. As mesmas condições economicas para que um partido possa passar suas idéias de governo por meio de seus candidatos. Assim o poder de empresas privadas fica diminuido, pois não há promessas de campanha financiadas com nosso dinheiro.
Bem, o que nos resta é rezar e cobrar de forma mais veemente o que precisamos em nossas comunidades, pois é lá que um governo faz diferença.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Na Natureza Selvagem


Li o livro, vi o filme, estou relendo o livro.
Na Natureza Selvagem é um livro de Jon Krakauer (do excelente "No ar rarefeito"), que conta a história de Christopher McCandless (ou Alexander Supertramp), um jovem que após se formar com louvor na faculdade, abandona a família e todas as pretensões do mundo americano para rodar pelo mundo como andarilho. Leitor fanático de Trotski e principalmente Jack London (Caninos Brancos), ele percorre o oeste americano até ir para o Alasca, onde encontra a morte por inanição.
A história é simples e beira ao ridículo (sim, ir para uma área inóspita e cheia de perigos sem equipamentos adequados e preparo é para loucos), mas possui um valor inestimável. O valor que Christopher queria alcançar. O valor do ser humano pelo que ele é e não por aquilo que possui de bens.
Ele não conseguia viver em uma sociedade que valoriza mais o seu papel do que você.
Ele deu adeus a todas as pretensões de seus pais sobre seu futuro, carreira. Doou sua poupança de R$ 25 mil dólares, queimou o seu dinheiro, abandonou o seu carro no deserto e nunca mais falou com sua família (isto por ter desavenças ideológicas com seu pai) e viajou sozinho pelos Estados Unidos, arranjando bicos para sobreviver e se equipar para sua aventura alasquiana.
Nos lugares por onde andou como "Alexander Supertramp", Christopher McCandless pôde achar pessoas que gostaram dele pelo que ele era, não por sua aparência e posses. Gostaram dele por suas idéias e sua forma de ver o mundo. Nos relatos das pessoas que conheceram e viveram com ele, pode-se notar uma paixão e um pouco de estranheza ao ver uma pessoa tão articulada viver como um andarilho, alheio as regras da sociedade e sem perspectivas de futuro (na sociedade americana isto é um crime).
De fato é estranho, mas penso que ele deveria estar buscando relacionamentos autênticos, tipo daqueles que temos com colegas de infância (os que nos acompanham durante a vida). Relacionamentos baseados na confiança e na amizade sincera. Que não vêem aparências, títulos, posses, mas a essência de cada um.
Ele teria voltado do Alasca como um homem melhor, mas a natureza seguiu o seu caminho, ele não conseguiu voltar do Alasca antes do inverno acabar e morreu dentro do onibus onde se instalara, por intoxicação alimentar causada pelas plantas que comera na região.
Uma história triste mas com pontos positivos, como a de nos lembrar que valemos mais do que temos, e que as pessoas podem gostar uma das outras se passarem a ver o indivíduo além do seu papel na sociedade, sua essência, a delicadeza da alma de cada um.
Na sua história, há um relato em que ele fala que a vida sem incertezas seria muito ruim. Pois a graça da vida é aproveitar todo nosso potencial neste mundo e no que ele nos oferece, sejam coisas boas ou adversidades.No fundo, viver na certeza pode ser seguro, mas para quê segurança quando o que vale é o viver coisas novas. A alma humana se alimenta de novas experiências, com isso cresce e transforma o ambiente onde vive.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Pensar em você

É só pensar em você
Que muda o dia
Minha alegria dá pra ver
Não dá pra esconder
Nem quero pensar se é certo querer
O que vou lhe dizer
Um beijo seu
E eu vou só pensar em você
Se a chuva cai e o sol não sai
Penso em você
vontade de viver mais
Em paz com o mundo e comigo
Se a chuva cai e o sol não sai
Penso em você
Vontade de viver mais
Em paz com o mundo e consigo
(Chico Cesar)

Viagem ao Chile


Estive há duas semanas no Chile com a família.
Um país muito legal, de costumes diferentes.
Como já falei neste blog, viajar é demais. Você vê outro modo de encarar a vida, outra lingua, outra comida, outra forma de organizar a cidade e outros costumes, o que lhe traz uma visão diferente do mundo, acrescida do que você observa fora do seu lugar.
Os chilenos são bons observadores da lei, gostei da segurança das ruas, da organização do sistema de transporte (metrô que funciona é demais), dos cafés e da preocupação com o lazer (tem muitos parques), além da educação das pessoas.
Ficamos oito dias, visitando o centro (museus, igrejas), o Valle Nevado (pegamos a primeira neve do inverno, para quem nunca havia visto neve foi demais), o Museu Interativo Mirador (uma excelente aula de princípios de física, mecânica e fenômenos naturais para as crianças interagirem - e os adultos também).
Fomos ao litoral (San Antonio, Isla Negra, Viña del Mar), conhecer o oceano Pacífico (frio demais)e a casa de Pablo Neruda, além das tradicionais visitas ao Cerro San Cristóbal, Zoológico, e a vinícola Concha Y Toro, e claro, compras. Um país com incentivo para consumo (sem impostos) é um paraíso para os compradores. Roupas e eletrônicos muito em conta (sem falar nos carros, mas isso não dá pra trazer ao Brasil)
Voltei melhor do que fui, minha família adorou, enfim, uma excelente forma de conhecer o mundo e respirar ares novos.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Sapato novo

(...) – bem, como vai você? levo assim, calado
de lado do que sonhei um dia
como se a alegria recolhesse a mão
pra não me alcançar

poderia até pensar que foi tudo sonho
ponho meu sapato novo e vou passear
sozinho, como der, eu vou até a beira
besteira qualquer nem choro mais
só levo a saudade morena
e é tudo que vale a pena

(Marcelo Camelo)

Lugar diferente...

Vou para um lugar diferente
Onde eu quero esquecer a tristeza
e a amargura que vivo
Quero aprender a viver mais leve
Sem as correntes que me prendem a esta realidade
Dura, triste, que distorce o quanto a vida é boa
Que me faz tenso, como se o peso do mundo estivesse em minhas costas
Preciso respirar um ar novo
Novas pessoas, nova cidade, novas plantas
Novos cheiros, novos gostos
Pra lembrar que a vida se renova
E que também posso reaprender a viver
Como uma criança que cresce, e possui a alegria
De conhecer cada coisa por vez
Não posso estar tão conhecedor das coisas do mundo
Ao ponto de perder o encanto de conhecer
Este encanto que torna a vida mais leve
Mais tranquila e única.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Vou viajar.

Além dos dias que se arrastam, nada de novo. O trabalho caminha bem, a família vai bem. O coração na eterna busca da satisfação (o que não é fácil).
Vou viajar. Iremos ao Chile, conhecer coisas novas.
Sim. Outra cultura, outra comida, outra língua. Uma forma de alimentar o espírito com coisas novas. Trazer para o dia a dia um novo jeito de ver o mundo. Sim, porque cada lugar que você conhece te traz uma nova forma de enxergar as coisas. Pelo meu trabalho visito muitos lugares, e aprendi a ver tudo com olhos de primeira vez. Inclusive a minha cidade. Penso que assim valorizo muito minha Joinville.
Vamos ver o que Santiago pode me trazer de novo. Novos cheiros, novos gostos, novo clima.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Todo Cambia

Cambia lo superficial
Cambia también lo profundo
Cambia el modo de pensar
Cambia todo en este mundo

Cambia el clima con los años
Cambia el pastor su rebaño
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño

Cambia el mas fino brillante
De mano en mano su brillo
Cambia el nido el pajarillo
Cambia el sentir un amante

Cambia el rumbo el caminante
Aúnque esto le cause daño
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño

Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia

Cambia el sol en su carrera
Cuando la noche subsiste
Cambia la planta y se viste
De verde en la primavera

Cambia el pelaje la fiera
Cambia el cabello el anciano
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño

Pero no cambia mi amor
Por mas lejo que me encuentre
Ni el recuerdo ni el dolor
De mi pueblo y de mi gente

Lo que cambió ayer
Tendrá que cambiar mañana
Así como cambio yo
En esta tierra lejana

Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
(Mercedes Sosa)

sexta-feira, 2 de maio de 2008

What if

What if there was no light
Nothing wrong, nothing right
What if there was no time
And no reason or rhyme
What if you should decide
That you don't want me there by your side
That you don't want me there in your life

What if I got it wrong
And no poem or song
Could put right what I got wrong
Or make you feel I belong
What if you should decide
That you don't want me there by your side
That you don't want me there in your life

Oooh, that's right
Let's take a breath, try to hold it inside
Oooh, that's right
How can you know it if you don't even try
Oooh, that's right

Every step that you take
Could be your biggest mistake
It could bend or it could break
That's the risk that you take
What if you should decide
That you don't want me there by your side
That you don't want me there in your life

Oooh, that's right
Let's take a breath, try to hold it inside
Oooh, that's right
How can you know it if you don't even try

Oooh, that's right
Oooh, that's right
Let's take a breath, try to hold it inside
Oooh, that's right
you know the darkness always turns into light
Oooh, that's right

(Coldplay -

terça-feira, 29 de abril de 2008

Rota das Cachoeiras


Finalmente convenci minha mulher a ir na Rota das Cachoeiras.
A última vez que fui, ficamos na quarta cachoeira (tinha uma pinguela para atravessar e ela ficou com medo).
Agora a rota está uma beleza... corrimão para os caminhos mais difíceis, estrado para onde o chão não está seguro, além delas, das cachoeiras de beleza indescritível.
Cada minuto é um encanto diferente, que faz o cansaço da subida (e de levar minha filha praticamente todo o caminho no colo) suportável.
No mais, um lugar encantador que visitarei mais vezes, porque além de relaxante, faz a gente ver a energia da natureza.
Uma boa dica de passeio, para fugir da TV e internet.

domingo, 27 de abril de 2008

Encontros e Despedidas

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar quando quero
Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai querer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim chegar e partir
São só dois lados da mesma viagem
O trem que chega é o mesmo trem da partida
A hora do encontro é também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar,
É a vida
(Milton Nascimento/Fernando Brandt)
Si, és la vida que anda siempre cambiando personas e fechas en nuestra existencia.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Remoer o passado

Para que remoer o passado.
Já passou e o que interessa é o agora!
Lembrar do que foi bom, aprender com as pedras que tiveram no caminho, para que não apareçam de novo, isto vale.
Pensar no que passou, no que você deveria ter feito diferente, de nada adianta.
O importante é o agora, é o já!
Já fiquei muito tempo pensando no passado, no que fiz, tentando justificar uma atitude, uma ausência, uma omissão. Isto é muito ruim, nada construtivo.
A única conclusão positiva que cheguei é que sempre me arrependi dos momentos em que fui omisso.
Sim, a omissão e a preguiça é o maior pecado do ser humano. Sempre que ele se omite ou cai no comodismo (fica sem fazer nada por que não lhe diz respeito) mais tem chance de ficar arrependido e remoendo seu passado.
Viva já, agora, hoje, neste instante.
Porque o passado já foi, o futuro vem, e o agora é o presente. Presente que tem que ser vivido.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Canção do Senhor da Guerra

Existe alguém
Esperando por você
Que vai comprar
A sua juventude
E convencê-lo a vencer...

Mais uma guerra sem razão
Já são tantas as crianças
Com armas na mão
Mas explicam novamente
Que a guerra gera empregos
Aumenta a produção...

Uma guerra sempre avança
A tecnologia
Mesmo sendo guerra santa
Quente, morna ou fria
Prá que exportar comida?
Se as armas dão mais lucros
Na exportação...

Existe alguém
Que está contando com você
Prá lutar em seu lugar
Já que nessa guerra
Não é ele quem vai morrer...

E quando longe de casa
Ferido e com frio
O inimigo você espera
Ele estará com outros velhos
Inventando
Novos jogos de guerra...

Que belíssimas cenas
De destruição
Não teremos mais problemas
Com a superpopulação...

Veja que uniforme lindo
Fizemos prá você
Lembre-se sempre
Que Deus está
Do lado de quem vai vencer...

Existe alguém
Que está contando com você
Prá lutar em seu lugar
Já que nessa guerra
Não é ele quem vai morrer...

E quando longe de casa
Ferido e com frio
O inimigo você espera
Ele estará com outros velhos
Inventando
Novos jogos de guerra...

Que belíssimas cenas
De destruição
Não teremos mais problemas
Com a superpopulação...

Veja que uniforme lindo
Fizemos prá você
Lembre-se sempre
Que Deus está
Do lado de quem vai vencer...

O senhor da guerra
Não gosta de crianças...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Viver uma outra estação.

Ás vezes, o melhor é abandonar uma estação.
Sim, comparando sua vida com as estações do ano, você sempre está em um estado de espírito que representa uma estação.
Há fases em que você está recolhido, pensando tristemente no que lhe acontece e tendo pena de si mesmo. Pensamos nisto como sendo o inverno da vida. Fase em que os dias são curtos e a escuridão toma conta dos seus pensamentos e ações.
Mas esta fase passa (a não ser se você quer viver amargurado a vida toda), e a partir daí tudo passa a ser novo, a ter um gosto diferente, você passa a ver mais cor em cada coisa que acontece. Existe um perfume novo no ar, uma mágica presente em cada encontro, em cada pessoa. Digamos que a primavera sempre surge na vida das pessoas. O renascimento da alegria, o bem estar com as pessoas, a renovação necessária para tocar a vida, para viver (afinal, se vive uma vez apenas).
E há fases plenas de vida, onde o principal é estar bem. São fases em que estamos expansivos, plenos de energia, abertos às pessoas e situações novas. São dias em que o sol comanda nossos dias. Nosso verão que traz plenitude e enche a todos de uma vontade incrível de aproveitar tudo.
E temos fases em que repensamos nossa vida, nos livramos das coisas que não servem mais. Jogamos fora as pessoas e situações que passaram em nossas vidas. Jogar fora não no sentido pejorativo, mas no sentido de dar a devida importância a tudo que passa em nossa vida. Nos preparamos para épocas de mudanças, que não são necessariamente fáceis, mas que são necessárias para continuar a viver.
Sim, temos sempre uma estação em nossa vida. O que define a mudança de estação não é o tempo, como em nosso planeta, mas a nossa maturidade e disposição em mudar.
Qual a sua estação neste momento? Lembre que todas passam em nossa vida, e deixam lições que ajudam a melhorar, sempre, sempre, sempre.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Notícia Boa

Eu queria que alguém
Me dissesse alguma coisa que eu ainda não sei
Que alguma coisa boa vai acontecer
Não custa esperar prá ver

Por favor me traga uma noticia boa
Por favor me traga uma noticia, mas que seja boa

Um telefonema, uma carta
Um programa de tv, pode lhe trazer
O que você mais deseja
Eu sei que pode parecer besteira
Mas tem gente que espera uma vida inteira
Até ela chegar

Por favor me traga uma noticia boa
Por favor me traga uma noticia, mas que seja boa.

(Teddy Corrêa)

PRECISO URGENTE DE UMA NOTICIA BOA !!!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Rio de Janeiro

Viajei na semana passada para o Rio de Janeiro. Visitei a capital e as cidades do interior.
Como a cidade está horrível, para se ter uma idéia, a melhor visão da cidade são duas: do avião e de Niterói, do outro lado da baía de Guanabara (águas poluídas, por sinal).
Um dos cartões postais do país (o mais conhecido) tem ruas horríveis, esburacadas, prédios históricos caindo aos pedaços, pessoas andando em calçadas sem condições de tráfego, além do medo das pessoas na rua com a criminalidade assustadora.
O pior que a população nada faz para protestar e melhorar a situação da cidade.
Jogam lixo nas ruas, desrespeitam o transito, quebram lixeiras, não conservam suas calçadas e o pior, votam nos mesmos políticos que deixaram o Rio de Janeiro neste estado lastimável.
É uma pena que a população já tenha incorporado o espírito de derrota e de que nada pode mudar, assumindo um comportamento de descaso com esta cidade, que possui muita riqueza cultural, arquitetônica e natural.
É uma pena que nós, brasileiros, tenhamos que sentir vergonha de um dos cartões postais do país.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Dica de Leitura

Um boa dica de leitura, sem compromisso, mas que fala de assuntos que não estamos acostumados a falar em nosso dia a dia corrido é ler a revista "Vida Simples". Com excelentes jornalistas, fazem matérias que focam mais simplicidade em nossa vida. Em repararmos quão fantástica é a natureza e o homem. E quanto desperdiçamos em não admirar com todos os nossos sentidos este mundo fantástico em que vivemos (e que insistimos em destruir).
Vida Simples, uma excelente dica.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Páscoa


Sim, estamos na semana santa dos cristãos.
Época de viver a páscoa do senhor, de relembrar os últimos momentos da história de Jesus Cristo, o filho de Deus.
Independente de credo religioso, a figura de Jesus Cristo é alvo de muito mistério criado pelas igrejas.
Na minha opinião, Jesus Cristo era uma pessoa simples, que mostrou a uma comunidade judaica extremamente dura e irrascível (principalmente com crianças, mulheres e doentes) que Deus está mais próximo do homem do que se imaginava.
Deus não estava nas escrituras, nos templos, nos guardiães das leis. Deus estava no coração do homem que trazia a paz, a solidariedade, o conforto aos mais necessitados.
Ele nunca falou que era o filho de Deus, mas que era o filho do homem. Sim, do homem que é imagem e semelhança de Deus. Do homem que vive a verdade, que compartilha o que consegue com os outros, que colhe de seus talentos os frutos e os transforma em benefício de todos. Este é o reino de Deus tão proclamado.
A figura de mártir de Jesus Cristo, criado pelos primeiros cristãos, pode até não ter acontecido de fato. Mas foi a forma encontrada para mostrar ao mundo cada vez mais intolerante que apesar dele punir com a morte quem fala a verdade e vive de maneira diferente (trazendo a paz e tratando a todos como iguais), o que fica é mais forte que morte. E o legado de Jesus Cristo está aí há mais de dois milênios.
Sim, nesta Páscoa quero relembrar do amor de Cristo, da pessoa de Cristo, tão divino ao mostrar ao homem quão divino ele é. E que Deus está tão próximo de nós quanto o nosso coração, e as nossas atitudes, querem.
Uma boa dica de leitura: "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" de José Saramago. Livro muito bem escrito, sem pontuações (como o aramaico - lingua da época de Jesus Cristo - que mostra o quão humano e divino somos).
Feliz Páscoa.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Ninguém precisa da guerra

Como se fosse fácil entender
Uma pessoa tão cheia de vida
Já não sei se te entendo
Já não sei se me entende
Não quero nada
Você espera algo
Não fuja do bom humor
De pessoas tolas
Como se fosse fácil entender
Porque preciso de paz
Não preciso da guerra
Ninguém precisa da guerra
Jovem pode levantar cedo
Com sorriso toda manhã

(Edgard Scandurra - Ira!)

terça-feira, 11 de março de 2008

Pensem na África


Pensem na África
Um continente em constante guerra
Onde famílias são dizimadas
Onde cidades são arrasadas
Onde toda a ajuda é pouca
Onde a irracionalidade humana aflora
Onde cada ser humano não tem valor
Mulheres são estupradas
Crianças morrem de fome
A riqueza aflora da terra
Pedras, petróleo, fauna, flora
E o povo não vê este valor.
Pensem na África
Onde ninguém mais pensa.
Pense em toda miséria
Pense...
Onde a exuberância da natureza
É apagada diante de tanto terror
De existências humanas fadadas à morte estúpida
Vítimas da nossa estupidez
Em não reparar o horror da guerra
Em não reparar o horror da nossa indiferença
Pense na África

sexta-feira, 7 de março de 2008

Quem sabe...

Quem sabe o que é ter e perder alguém
Sente a dor que senti
Quem sabe o que é ver quem se quer partir
E não ter pra onde ir

Faz tanta falta o teu amor e te esperar...
Não sei viver sem te ter
Não dá mais pra ser assim

Quem sabe o que é ter sem querer pra si
Não quer ver outro em mim
Não fala do que eu deveria ser
Pra ser alguém mais feliz

Faz tanta falta o teu amor e te esperar...
Não sei viver sem te ter
Não dá mais pra ser assim

(Marcelo Camelo)

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Cadeia não humaniza ninguém.

Tem gente que acha que cadeia vai humanizar alguém. Que acha que prisão é para que uma pessoa volte a sociedade melhor.
Temos que largar essa idéia. Cadeia é para punir a pessoa.
Sim. Existe uma lei, e sendo esta lei desrespeitada e causando prejuízo à sociedade, a pessoa que transgrediu deve ser punida. Está claro. Desrespeitou, tem a punição.
Os grupos de "direitos humanos" ficam protegendo marginais ao invés de proteger as pessoas que sofreram com os crimes cometidos. Isso é irracional. Temos que punir os criminosos com prisão, para que todos tenham medo de desrespeitar a lei. A prisão tem que ser um isolamento para punir e não uma escola de crime.
Enquanto o governo querer ressocializar um criminoso, as prisões continuarão sendo escolas do crime, onde advogados fazem o que querem, delegados, policiais e carcereiros mal pagos são subornados e o estágio dos prisioneiros nesta escola somente aprimoram as formas de agredir a sociedade.
Enquanto as prisões forem administradas pelo estado, teremos esta bagunça onde os presos queimam colchões, colocam fogo em celas e depois nós, contribuintes e cidadãos de bem, temos que pagar para repor o prejuízo.
Temos que terceirizar o sistema prisional, para que tenhamos prisões à prova de "facilidades" para os presos e seus advogados. Com estrutura boa, gente qualificada e seriedade, teremos um sistema prisional que não será parte do crime, como é atualmente.
Prisões de verdade no Brasil, para punir quem descumpre a lei e fere a sociedade livre.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Tá bom


Senta aqui que hoje quero te falar
Não tem mistério, não, é só teu coração
Que não te deixa amar,
Você precisa reagir,
Não se entregar assim, como quem nada quer...
Não há mulher, irmão, que goste desta vida.
Ela não quer viver as coisas por você.
Me diz, cadê você aí?
E aí não há sequer um par pra dividir.

Senta aqui, espera que eu não terminei
Por onde você foi, que eu não te vejo mais?
Não há ninguém capaz de ser isso o que você quer.
Vencer a luta vã, e ser o campeão!
Pois se é no não que se descobre de verdade.
O que te sobra além das coisas casuais.
Me diz se assim está em paz.
Achando que sofrer, é amar demais.

(Marcelo Camelo)

Novo mundo novo


Vivi muito tempo sem luz
Sem caminho e direção
Pensava que vagar pelo mundo era o destino
Que sobrava pra mim, neste mundo sem tempo
De olhar, de sentir, de saber do outro.

Agarrado em um passado que não houve
Em um turbilhão de sentimentos ruins que me arrastava
A escuridão era a minha companhia
E a insensibilidade minha resposta
A tudo, a todos, ao mundo

Você veio, tomada de uma fúria que não consegui entender
Me arrancou do abismo escuro
Me levou para o mundo real
Para o mundo possivel,
Para um mundo em que você pode sentir,
Pode amar, pode chorar, pode perder, pode ganhar
Que ninguém tem o direito de ser cruel com o outro

Um mundo que você me mostrou
Um mundo real
Que não é idealizado
Mas que também não é tão ruim
E isto por amor!
O amor que me mostrou
um novo mundo novo.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Transformers


Fim de semana com chuva, sem sinal da TV a cabo (nem consegui contato com eles), fiz a locação de alguns filmes: Pegue dois filmes da Disney para minha filha (na décima vez que ela assistiu ela deixou eu ver os meus filmes), "Zodíaco" (bom, apesar de muito arrastado) e depois assisti "Transformers".
Pura diversão (daquela, sem compromisso de ser sério ou de tirar alguma lição). Bons efeitos visuais, muito legal, para assistir sem culpa.
Nunca fui fã destes brinquedos (sim, a Hasbro que é a detentora dos direitos dos bonecos ajudou no financiamento do filme), mas é legal ver um Camaro antigo se tornar um robô alienígena que luta com um carro de polícia que também vira um robô (uau, isto quando eu era criança seria o máximo).
Bom para um domingo a noite de um fim de semana chato.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Amigos...


Marcelo é um cara legal.
Marcelo sempre batalhou muito.
Trabalhou desde adolescente.
Família pobre, pai ausente.
Marcelo veio morar fora de casa.
Estudava, trabalhava, pagava o aluguel.
Buscava oportunidades, um trabalho melhor,
Um dia conseguiu.
Trabalhou muito, porque sempre trabalhou.
Teve sucesso, casou, ganhou dinheiro.
Teve filho, viajou muito.
Arranjou outras mulheres.
Se perdeu nas armadilhas do sucesso.
Separou, quis esquecer a família.
Viajou para muito longe...
Teve tempo pra pensar.
Pediu perdão, quis voltar.
Voltou, sua mulher perdoou, está com seu filho, está muito feliz...
Marcelo é um cara legal.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Querer o amor que merece.


Sofremos muito às vezes por não ter o amor que desejamos.
Sim, aquele amor desprendido, que quer ficar junto, que releva defeitos.
Queremos o amor idealizado, que muitas vezes a pessoa que está conosco não consegue dar...
Queremos o amor que achamos que merecemos.
Ter o amor que merecemos é o mínimo que temos que ter para sermos dignos de amar.
Mas temos que ver sempre se estamos dando o amor que a outra pessoa merece.
De preferência dar mais amor, para que a percepção do outro consiga te enxergar.
Caso isso não ocorra, é melhor abrir espaço para seu coração buscar o amor.
Fale sempre para a outra pessoa que você precisa de amor, em todas as suas formas.
Porque você tem que ter o amor que merece.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Meu mundo e nada mais


Quando eu fui ferido vi tudo mudar
Das verdades que eu sabia
Só sobraram restos que eu não esqueci
Toda aquela paz que eu tinha

Eu que tinha tudo hoje estou mudo, estou mudado
À meia-noite, à meia luz, pensando
Daria tudo por um modo de esquecer

Eu queria tanto estar no escuro do meu quarto
À meia-noite, à meia luz, sonhando
Daria tudo por meu mundo e nada mais

Não estou bem certo se ainda vou sorrir
Sem um traço de amargura
Como ser mais livre, como ser capaz
De enfrentar um novo dia

Eu que tinha tudo hoje estou mudo, estou mudado
À meia-noite, à meia luz, pensando
Daria tudo por um modo de esquecer

Eu queria tanto estar no escuro do meu quarto
À meia-noite, à meia luz, sonhando
Daria tudo por meu mundo e nada mais
(Guilherme Arantes)

Às vezes nos sentimos assim, mas temos que seguir, como almas fortes que somos.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Voltamos ao horário normal

Voltamos ao horário normal.
O fim do horário de verão é legal, você acorda cedo. "Carpem Diem", aproveite o dia.
Sim, você acorda assustado, mas anda é 6:15 da manhã. Não tem como ficar na cama.
Como aproveitar esta hora a mais? Seguem algumas sugestões:
1 - Leia. Pela manhã é muito mais fácil absorver conteúdo, e ao contrário de ler a noite, você absorve a informação e não fica processando ela durante o sono.
2 - Vá caminhar. Pela manhã é uma ótima maneira de despertar os sentidos para o dia de trabalho.
3 - Brinque com seu filho (caso tenha). É uma boa maneira de rir um pouco e ir trabalhar de bom humor.
4 - Caso não tenha filho, vá brincar com seu cachorro. Eles adoram e você relaxa.
5 - No caso de dias de chuva, aproveite para ficar rolando na cama (de preferência com quem você gosta).
Aproveite, pois logo você se acostuma e passa a acordar "no limite" da hora de tomar banho para ir trabalhar (ao menos no meu caso).

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Clube da Luta

Ontem assisti o filme "Clube da Luta". Sou fã deste filme.
Não, não faço apologia à violência, nem sou adepto do "vale tudo".
O filme tem uma mensagem forte contra o consumismo americano. Ao excesso de mensagens que forçam o ser humano a fazer as coisas que não gosta (a trabalhar em áreas que detesta) para ter dinheiro para comprar as coisas que ele não precisa.
Convenhamos, grande parte dos produtos que nos são oferecidos hoje em dia não tem lá muita utilidade (ao menos, sabemos que viveríamos tranquilamente sem eles). São "astro juicers", "slim belts", "ultimate ladders", "bodygrooms", coisas para substituir os práticos (respectivamente) espremedores de frutas, tábua de abdominais, escadas e o velho barbeador, além de outros nomes esdrúxulos para velhas invenções.
Sim, evoluir os produtos é ótimo, desde que a sua utilização melhore a performance do produto anterior (convenhamos, fazer a barba com navalha não é agradável e é perigoso), mas o apelo que é feito para ter estes produtos é grande.
Parece que você irá morrer se não tiver um produto urgente em sua casa. "Sua vida vai mudar", sim, até parece.
Voltando ao filme, ele propões uma quebra no modelo atual de consumo, que o ser humano rompa com o padrão atual e passe a sentir seu instinto natural de obter aquilo de que fato precisa(por isso a luta), Se pensarmos bem, estamos meio que anestesiados com o consumo em excesso, e a mídia colabora para isto.
São mensagens colocadas a todo instante, forçando o consumo, que não nos faz ver que existe uma camada imensa da população que não tem acesso ao mesmo. O que interessa à mídia é o seu dinheiro, e não a sua pessoa.
A sua pessoa que pensa, que vê a miséria ao lado e que se sensibiliza para ajudar a pessoa a entrar no mundo do consumo consciente.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A Primavera nos dentes

Quem tem consciência para ter coragem,
Quem tem a força de saber que existe.
E no centro da própria engrenagem,
Inventa a contra mola que resiste.

Quem não vacila mesmo derrotado,
Quem já perdido nunca desespera.
E envolto em tempestade, decepado,
Entre os dentes, segura a Primavera.

(João Ricardo - Secos e Molhados)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Canción con todos


Salgo a caminar
Por la cintura cósmica del sur
Piso en la región
Más vegetal del tiempo y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de América en mi piel
Y anda en mi sangre un río
Que libera en mi voz Su caudal.
Sol de alto Perú
Rostro Bolivia, estaño y soledad
Un verde Brasil
besa a mi Chile Cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña América y total
Pura raíz de un grito
Destinado a crecer Y a estallar.
Todas las voces, todas
Todas las manos, todas
Toda la sangre puede
Ser canción en el viento.
Canta conmigo, canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz!
(Violeta Parra)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Eu quero é o amor


Eu quero o amor que liberta
Que me faça sentir bem
Eu quero o amor que me prenda
Que me faça querer ficar preso a alguém
Eu quero o amor que me leve ao êxtase
Que me encha de plenitude de vida
Eu quero o amor que me traga dor
Aquela dor que queima sem consumir
Eu quero o amor
O fogo sagrado do amor
O amor que move o mundo
Que move a poesia
Como o mar que bate na praia
Constante, sereno, às vezes ameaçador,
Mas sempre presente.
Eu quero é o amor
Amor de mãe, amor de pai, amor de mulher, amor de amante, amor de filho, amor de amigo, amor desconhecido, amor de Deus, amor de avô, amor de avó, amor de bicho, amor da natureza...
Eu quero é o amor.