quarta-feira, 19 de março de 2008

Páscoa


Sim, estamos na semana santa dos cristãos.
Época de viver a páscoa do senhor, de relembrar os últimos momentos da história de Jesus Cristo, o filho de Deus.
Independente de credo religioso, a figura de Jesus Cristo é alvo de muito mistério criado pelas igrejas.
Na minha opinião, Jesus Cristo era uma pessoa simples, que mostrou a uma comunidade judaica extremamente dura e irrascível (principalmente com crianças, mulheres e doentes) que Deus está mais próximo do homem do que se imaginava.
Deus não estava nas escrituras, nos templos, nos guardiães das leis. Deus estava no coração do homem que trazia a paz, a solidariedade, o conforto aos mais necessitados.
Ele nunca falou que era o filho de Deus, mas que era o filho do homem. Sim, do homem que é imagem e semelhança de Deus. Do homem que vive a verdade, que compartilha o que consegue com os outros, que colhe de seus talentos os frutos e os transforma em benefício de todos. Este é o reino de Deus tão proclamado.
A figura de mártir de Jesus Cristo, criado pelos primeiros cristãos, pode até não ter acontecido de fato. Mas foi a forma encontrada para mostrar ao mundo cada vez mais intolerante que apesar dele punir com a morte quem fala a verdade e vive de maneira diferente (trazendo a paz e tratando a todos como iguais), o que fica é mais forte que morte. E o legado de Jesus Cristo está aí há mais de dois milênios.
Sim, nesta Páscoa quero relembrar do amor de Cristo, da pessoa de Cristo, tão divino ao mostrar ao homem quão divino ele é. E que Deus está tão próximo de nós quanto o nosso coração, e as nossas atitudes, querem.
Uma boa dica de leitura: "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" de José Saramago. Livro muito bem escrito, sem pontuações (como o aramaico - lingua da época de Jesus Cristo - que mostra o quão humano e divino somos).
Feliz Páscoa.

Um comentário:

Débora disse...

Sobre "o Evangelho..." do Saramago, é uma completa quebra de paradigmas. Há que se ter muita fé para não perdê-la depois de ler a his(es)tória. Por outro lado, é um livro libertador. Da minha parte, a excessiva flexibilidade teológica que venho adquirindo nos últimos tempos foi o que manteve a sanidade no final. Mas vale a pena.