sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Da dor de perder...


Vendo uma reportagem na televisão, sobre a enchente na cidade de Jaraguá do Sul, fiquei realmente comovido com o drama de um homem, que em um desmoronamento de encosta perdeu a mulher e três filhas.
Sinceramente, não sou de ficar comovido com dramas que vejo na televisão (até porque nossos telejornais viraram um reporte de desgraças, como se somente a podridão da alma humana fosse digna de notícia), mas esta reportagem em especial me comoveu pois este homem chorava copiosamente e eu, como pai de uma menina, me imaginei na mesma situação.
Ele tentou desesperadamente salvar sua mulher e suas filhas, mas o desmoronamento foi rápido demais, sem dar tempo para que ele pudesse socorrer as filhas e sua mulher no quarto onde estavam.
A dor estampada no choro diante das câmeras foi real. Foi o choro desesperado de quem perdeu tudo: sua casa, sua família, o amor que havia entre eles, toda a base que um homem precisa para se equilibrar e viver.
Chorei com ele. Uma dor que passa adiante é uma coisa impressionante. Derruba todos os muros de indiferença que possamos ter. Tira nossa casca de força (só os fortes sobrevivem neste mundo) e nos faz ter empatia. Se colocar no lugar do outro.
Que Deus (ou uma força superior para os descrentes) esteja junto a este homem. Que a família, seus irmãos e amigos dêem a ele o apoio necessário para que a vida possa seguir, e novas alegrias possam chegar.
Que a desgraça do mundo não seja a única coisa que nos faça ter sensibilidade, e sim a beleza, a poesia e a alegria de viver neste mundo.

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