segunda-feira, 30 de junho de 2008

A cabeça nas alturas, os pés no chão

Algumas pessoas perdem a noção de serem humanos. Nos momentos em que estão em uma boa posição seja em uma empresa, corporação, governo, se esquecem da condição terrena de efemeridade e se despregam do chão. Não percebem o quão vago é o nosso tempo de vida diante da imensidão e do tamanho da existência do planeta. Diz a lenda de Júlio Cesar, quando foi coroado ditador de Roma, pediu a um escravo que dissesse a todo momento: "Lembras de que és um homem", diante do medo de se transformar em algo que fosse além do que podia controlar (algo que acabou acontecendo).
Sim, o poder corrompe, as pessoas perdem seus parâmetros de humanidade e a percepção de fazerem parte da construção do mundo. Acham que obtém a condição de deuses dos destinos do mundo (quando somos apenas deuses da nossa condição terrena, condutores das coisas que nos acontecem, esta pequena construção que é nossa existência junto com a construção de todos faz o mundo mudar e evoluir).
Temos que ter a cabeça nas alturas (sim, ousar, pensar diferente, pensar grande e fazer grandes coisas), mas temos que ter os pés no chão, para que não percamos nossa humanidade, nossa capacidade de ver e entender o outro, de sentir a maneira do outro olhar o mundo com a capacidade de pegar o que cada um tem de bom e fazer o melhor para todos.
A cabeça nas alturas, os pés no chão.

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