sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Tristeza

Estou triste esta semana.
Estão desmatando a pequena mata que eu tinha atrás de minha casa. Um pedacinho da mata atlântica que ainda sobrevivia, com suas árvores e espécies animais (pássaros e sagüis).
Minha filha pergunta, nos seus seis anos de inocência: - Pai, porque estão derrubando as árvores? Tento esclarecer que certamente para derrubar as árvores eles replantaram outras em outro lugar, que onde está nossa casa também era mata, etc., mas apesar dos meus esclarecimentos, dá uma dor imensa na gente ver toda aquela natureza sendo derrubada.
Perderemos o frescor do vento que vinha da pequena floresta, parte do canto dos pássaros, a visita do sagüi no meu telhado, buscando uma fruta, o barulho do vento nas árvores, enfim, perderemos um pouco de vida pulsante que vinha daquele pequeno viveiro natural.
Sei que o progresso é inevitável, mas quando ele chega perto demais da gente é assustador. Confesso que não é este mundo que gostaria de deixar de herança para minhas filhas. Um mundo onde não temos escolha para crescer a não ser destruindo o que é natural.
Não há inspiração para escrever melhor do que isto. A tristeza me impede de ser lírico ou de buscar palavras rebuscadas para explicar minha revolta com o progresso (mesmo fazendo parte dele, me incluo com os que colaboram com a destruição).
Precisamos urgente de algo com muito impacto, para que paremos com esta loucura de destruição do que é belo. Nosso planeta não aguenta mais este tipo de postura do ser humano.

Nenhum comentário: